Efeito dominó

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Como prometido, mais uma capitulo. 

Espero que gostem e boa leitura, uma vibe bem sofrência. 

***


O clima na casa dos noivos não estava dos melhores, Nico dificilmente ficava em casa, seu pai estava tomando todo o seu tempo na empresa. E estava muito distante de seu noivo, fora o fato de que Nico havia esquecido o aniversário de Will, o que deixou o loiro muito magoado e ressentido.

Já eram praticamente dez da noite e Nico ainda não havia chegado em casa, Will, que ainda o esperava, desistiu e foi se deitar. Afinal, Nico não parecia mais o seu Nico. Dois meses se passaram nesse clima tenso, se conheciam há exatos oito anos e Will sabia que Nico não era uma pessoa fácil, no entanto, amava o moreno assim mesmo. Mais as vezes era difícil aguentar. Principalmente pelo fato de que ele sabia que o pai do noivo fazia aquilo de proposito, ele nunca engoliu bem o fato do filho ser gay e estar noivo.

Will era uma criaturinha alegre, pelo menos as vezes. Já Nico era mais sombrio e por mais que o loiro o amasse, a convivência as vezes se tornava difícil pelo simples fato de que, algumas vezes o loiro tinha a impressão que o moreno não dava valor ao seu amor. E ele sabia que tinha dedo do sogro nisso, mais se sentia tão impotente.

Deitado na cama o loiro remoía seus pensamentos e eles o levavam a um lugar na qual o mesmo sabia que não ia dar certo. Ok, era melhor dormir. Seus pensamentos estavam muito sombrios.

...~...~...

No outro dia Will acordou com um peso em cima de si, cabelos negros espalhados por seu peito. Suspirou, os pensamentos sombrios ainda estavam presentes. E nesse dia ficaria ainda pior, 17 de Fevereiro. O dia em que ele a perdeu, um pedaço da sua vida.

Levantou deixando o moreno na cama e foi banhar, o dia prometia.

Saiu do banheiro vestindo apenas uma cueca box, olhou o relógio e ainda não passara das seis horas e observou o moreno que ainda dormia. Suspirando, foi ao guarda roupa e vestiu uma calça jeans clara e uma de suas camisas de sociais branca. Ia dar uma passada no hospital para ver se estava tudo em ordem e depois iria voltar para casa, e ficaria remoendo o passado como fazia há muito tempo.

Já na cozinha, preparava o café para Nico. Enquanto já começava a mergulhar nas sombras do passado.

--Agora não...—sussurrou, sacudindo a cabeça.

Passados alguns minutos, pôde escutar o caminhar arrastado do Di Ângelo que descia as escadas.

--Bom Dia—aquela voz que sempre o arrepiava, mais agora não sabia exatamente o que causava em seu ser.

--Bom Dia...—disse calmo, colocando o café e as torradas na mesa.

--Vai sair? —o moreno o fitava indiferente, notando as roupas do outro.

--Sim, vou dar uma passada no hospital e depois volto para casa. —Will respondeu distante, aquele realmente não era seu Nico.

--Hm...—ele resmungou, novamente desinteressado. Sem aguentar mais aquele clima, Will que havia se sentado para tomar café, se levantou da mesa sem nem tocar no café e foi em direção a sala.

--Não vai tomar café? —o menor perguntou com a testa franzida.

--Não, estou sem fome. —E por mais que detestasse aquilo tudo, foi em direção ao moreno e deu um beijo em sua testa e sem falar mais nada saiu de casa.

...~...~...

--Filho? Você está muito desligado hoje. Aconteceu alguma coisa? —perguntou o homem de face sempre séria. Hades, seu pai. Pelo menos enquanto está na empresa. Esse pensamento deixou com um gosto desagradável na boca.

Uma Segunda Chance Para AmarOnde histórias criam vida. Descubra agora