Lembranças dolorosas (Parte 2)

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O primeiro encontro dos dois tinha sido irônico até, ele era novo na cidade. Após a morte da mãe e de sua irmã, seu pai havia decidido mudar de cidade o que para ele veio em boa hora, por que não estava mais aguentando o modo como as pessoas o olhavam, com pena. Detestava aquilo. Por sorte ou não, a cidade que seu pai decidiu morar era a mesma que sua melhor amiga e prima morava Thalia Grace e decidida a comemorar a chegada do primo na cidade decidiram ir para um show de rock dois dias após a sua chegada.

E lá estava o moreno tomando um drink enquanto as batidas do rock pesavam, sua prima já tinha se mandado com alguma criatura que ela achou por ali. Suspirando, ele agradeceu mentalmente. Pelo menos a música prestava, apesar de ser uma banda cover.

Sua cabeça balançava no ritmo da música até que estava bem cheio para um show de rock, tinha figura de todo jeito ali. O espaço era enorme, a banda tocava bem no canto e o resto do espaço era ocupado por várias pessoas que pulavam e gritavam em plenos pulmões. Assim que os acordes da nova música começaram ele não resistiu e teve que cantar também, claro que não pulou como um louco, mais acreditava que a bebida estava fazendo efeito, pois era muito difícil se segurar.

Tinha uma criatura que cantava em plenos pulmões ao seu lado, loiro, alto e que segurava uma garrafa suspeita, que vinha diretamente em sua direção.

--Merda!!!—quem devia ter gritado isso era ele, o loiro tinha acabado de derrubar a garrafa na sua cabeça. – Me desculpa!!!—ele gritou para poder ser escutado.

Ele apenas acenou com a cabeça, aquela porcaria pesava um tonelada. E sem que percebesse estava sendo arrastado pelo braço. O que diabos ele estava fazendo? Aquilo era o banheiro? Até que estava bem vago.

--Sua cabeça está sangrando.

--Está? ...aí, mais cuidado!!!—ele bateu instintivamente na mão do garoto, aquilo estava doendo.

--Vem deixa eu ver isso direito—o loiro praticamente tinha puxado o moreno e colado os corpos. Ele tinha o cheiro de vodca e verão. Quê? É, a bebida realmente estava fazendo efeito. –Hm...foi só um corte leve, você precisa molhar isso.

--Não, está tudo bem--Nico se afastou rapidamente, quem esse loiro pensa que é pra ir agarrando os outros assim?

--Desculpe de novo, aquela nem é minha garrafa é da louca da minha amiga que me arrastou pra cá. –ele falava rápido.

--EI! Dá pra calar a boca?

--Desculpe...—falou meio encolhido. Nico simplesmente bufou.

--Você só sabe se desculpar? —disse se direcionando a pia e passando um pouco de água na testa vermelha.

--Foi mal—o moreno revirou os olhos, detestava quando ficavam se desculpando.

--Então...qual é o seu nome? —os olhos negros miraram a figura loira a sua frente, vestindo uma calça jeans clara e uma regata azul com um casaco xadrez que se encontrava amarrado na cintura.

--Nico—que estranho, o sorriso que o loiro abriu nos lábios transmitiu um calor estranho por seu corpo. Acho que bebi demais...

--É um prazer conhece-lo Nico, me chamo Will...

--Não posso dizer que é um prazer conhece-lo por que você derrubou uma garrafa na minha cabeça—resmungou o mais baixo.

--Foi mal ...a garrafa...Meu Deus! A garrafa, droga! Desculpa de novo—e simplesmente saiu correndo do banheiro. Nico apenas ficou olhando a porta.

Que garoto estranho...

~...~...~...~...

--Olha só o que encontrei aqui, vejo que encontrou a garrafa—aquela voz, Will virou automaticamente, o moreno usava uma toca cinza e calça preta. A camisa do SOAD fechava o look.

Uma Segunda Chance Para AmarOnde histórias criam vida. Descubra agora