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Lorenzo Ernest
O tempo passa tão rápido quando estamos cheios de trabalho, é incrível. Já se passou um mês que não tenho feito outra coisa além de ler pilhas e mais pilhas de papeis, minha cabeça borbulha de tanta informação e não lembro a última vez que tive uma noite de sono decente. Ainda mais, pelo motivo da minha mente não colaborar com isso, sempre me trazendo a cena de Violet cozinhando em minha cozinha, e que Deus me perdoe por imaginar ela apenas com um pano de prato no ombro enquanto faz bacon com ovos novamente.
Céus eu sou um idiota pervertido.
Balanço a cabeça afastando esses pensamentos idiotas, não quero ficar com o pau visível no meio da rua.
Meus ombros estão cansados e meu pescoço doí, acho que preciso de uma bebida, talvez bêbado eu durma de uma vez sem minha cabeça me trair criando cenas que não deveria.
Caminho para fora da empresa sabendo que Miranda comerá meu fígado cru por chegar tão tarde, não se engane se acha que ela está se importando comigo, ela se importa mesmo com a sua irmã, desde que começou a trabalhar na lanchonete aqui perto, fui obrigado a ser motorista de Violet, não que ela tenha ficado contente com a ideia de ter que leva-la todo dia de volta, mas contra Miranda nenhum de nós dois foi capaz de argumentar, além de sua valentia ela consegue persuadir qualquer um a fazer o que quiser, quer dizer, com amigos e família já é mais difícil, as vezes pelo menos.
Olho para a lanchonete do outro lado da rua e a vejo fechada, mas nenhum sinal de Violet estar na frente me esperando como de costume. Ótimo, ela foi embora sem mim, Miranda irá me matar.
O som de pessoas eufóricas chama minha atenção, olhei para a esquerda vendo uma certa multidão em volta do que parecia ser uma apresentação de rua, caminhei até lá começando a ouvir a música eletrônica sair das caixas de som.
__ A garota é boa, ela ganhou de novo. - Ouvi um rapaz falar para o amigo quando me aproximei mais da multidão.
__ DE NOVO, DE NOVO. - A multidão gritava para a pessoa no centro.
Me aproximei mais desviando de algumas pessoas, ao chegar na frente só tive tempo de ver um garoto moreno ir para o centro começando a dar passos rápidos junto com a nova música que começou a tocar. Olhei para a outra pessoa e fiquei surpreso ao ver Violet em seu oniforme de garçonete observando a dança com um grande sorriso no rosto, se já estava chocado em apenas vê-la ali, meu queixo caiu ao vê-la ser a próxima a dançar.
Era surpreendente como ela conseguia fazer cada movimento seguindo o ritmo acelerado da música, será que Miranda têm conhecimento de que sua irmã sabe dançar tão bem assim?
Encarava cada dançarino em sua vez, mas não contive a vontade de focar minha total atenção na garota de cabelos ondulados, ela sorria abertamente se divertindo com aquilo, não parecia que queria ganhar, mas sim continuar se divertindo, era fácil de ver nos brilhos dos seus olhos, ela seguia o coração dela, seguia um único ritmo.Teve um momento que não me contive e tirei o celular do bolso focando a câmera nela que dançava alegremente, ao tirar a foto pude ver como ficou perfeita, ficaria ainda melhor se eu estivesse com a minha câmera fotográfica.
Eles pararão de dançar e vi o rapaz chegar perto levantando o braço dela como se anunciasse que ela havia ganhado, todos aplaudiram gritando em volta e fiz o mesmo com animo. Ela sorria olhando para todo mundo, até que seus olhos azuis se cruzaram com os meus, ela parecia surpresa por me ver ali aplaudindo, mas sorriu em minha direção, e com aquele simples movimento senti um arrepio na espinha. Certo, eu preciso ver ela sorrindo assim mais vezes, foda-se.
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Um Único Ritmo
RomanceViolet Morales, uma garota guerreira, onde por muito tempo trabalhou para poder apenas reencontrar sua irmã que fizera a proposta de morar com ela. Em Nova York ela encontrou não somente sua irmã, mas também o sócio da empresa dela, um homem fechado...