⌜ 𝘄𝗲 𝗰𝗮𝗻'𝘁 𝗯𝗲 𝗳𝗿𝗶𝗲𝗻𝗱𝘀 ⌟
𝖻𝗍𝗌 𝖿𝖺𝗇𝖿𝗂𝖼𝗍𝗂𝗈𝗇 | 𝗲𝘀𝘁𝗼́𝗿𝗶𝗮 𝗰𝗼𝗻𝗰𝗹𝘂𝗶́𝗱𝗮
𝗢𝗡𝗗𝗘 Jeongguk é um cantor famoso
e recebeu uma proposta para estrear
como ator em um filme. No entanto,
o que ele não sabia é que seu...
DIRIJO O MAIS RÁPIDO POSSÍVEL ATÉ O HOSPITAL onde fui informado que Maisie estaria. Nem sequer troquei minhas roupas, estou usando o mesmo conjunto de moletom que estava vestindo em casa, apenas me preocupei em calçar um par de tênis para vir até aqui. O tempo continua ruim, ainda chove bastante e, apesar de ter me assustado muito com a notícia sobre o acidente, Noah me garantiu que Monteith está bem. Seu irmão me contou que, por milagre, ela não se machucou, no entanto, pela gravidade do acidente, veio até o hospital para ser examinada.
Ainda que aparentemente ela não tenha se ferido, ela precisou vir até o hospital para ser submetida a alguns exames médicos para verificarem se há algum trauma interno. Isso porque algumas lesões internas podem não ser imediatamente aparentes e é possível que se manifestem mais tarde. Maisie deverá ser submetida a exames como radiografias, tomografias computadorizadas ou ressonâncias magnéticas. Noah também me contou que relataram a ele que Monteith acabou tendo uma grande crise de ansiedade ao constatar que o motorista que bateu em seu carro estava em estado grave. Ainda que a culpa pelo acidente não tenha sido dela, Maisie entrou em pânico e se culpou pelo acontecido.
Deixo meu carro no estacionamento e entro dentro do prédio do hospital. Antes de subir ao piso onde os leitos dos pacientes se localizam, vou até a recepção para me identificar e me informar sobre qual quarto Monteith se encontra. Subo pelas escadas e caminho rápido pelo edifício. Ao adentrar o cômodo, percebo que cheguei até aqui antes de seus familiares e encontro Maisie com uma expressão pensativa, vestindo um pijama hospitalar e sentada sobre a cama, coberta com um cobertor. Noto que ela parece um pouco apreensiva e, ainda que já tenha sido medicada com um calmante, está notavelmente estarrecida. Ao notar minha presença, a ruiva vagarosamente ergue seu rosto e nossos olhares se cruzam.
Nem eu, nem ela dizemos sequer uma palavra e caminho até ela em passos rápidos, mas em silêncio e ao chegar perto o bastante eu lhe puxo para um abraço, envolvendo seus ombros finos com meus braços. Delicadamente puxo-a para mim e carinhosamente aninho sua cabeça contra meu peito e sob o meu queixo. Neste momento, mesmo sem ver seu rosto, sou capaz de sentir quando ela começa a chorar, também sou levado pelo momento e não consigo conter as emoções. Rapidamente, lágrimas começam a correr pela minha face, por inúmeros motivos, dentre eles: alívio em ver com meus próprios olhos que ela está bem fisicamente, preocupação por perceber o quanto minha melhor amiga está horrorizada pelo acontecimento e medo porque ainda não sei como ajudá-la sobre isso.
