03.

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PRESENTE

PRESENTE

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03 — melanie

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03 — melanie

      Ouço a conversa distante entre Timothée e Heidi e as risadas que ambos trocavam entre si enquanto minha mente corria por lugares que nem mesmo eu conhecia. Sou trazida de volta para o mundo ao meu redor quando sinto alguém tocando meu braço e perguntando algo.

— Melly, aquele não é seu ex? — Zoe, irmã de Heidi, aponta para a TV onde passava uma reportagem sobre um show recente de uma boyband recém-famosa em Los Angeles.

— Corbyn? — Hed reconhece o garoto que cantava. — Wow, ele finalmente tirou aquele loiro do cabelo. No terceiro ano ele parecia a Piu-Piu de Looney Toones.

— Espera, esse é o garoto que partiu seu coração? — Thimothée pergunta.

— Podemos não falar disso? — tento mudar o assunto.

— Desculpa, Melly. Fui indelicado — ele demonstra culpa no olhar.

— Não, tudo bem, Tim. Só não tô com muito ânimo agora. Eu vou pro quarto estuda o roteiro, ok? — me levanto do sofá, me despedindo de meus amigos.

Não faço o que disse que iria fazer e me sento no parapeito da janela de meu quarto com o celular em mãos. A vista do nosso apartamento – que eu e Mock compartilhávamos – era extremamente espetacular. A visão de Nova York, onde eu morava e também estrelaria dois grandes projetos, era magnífica.

Desbloqueio a tela de meu celular e abro meu Instagram privado, o qual somente meus mais íntimos sabiam da existência. Na barra de pesquisar uma voz me diz para não procurar aquele perfil e não se permitir lembrar daquilo, mas eu, sendo a imbecil que sou, não a escutei.

Assim que abro o perfil de Corbyn Besson desço para sua foto mais recente e o vejo com seus antigos – e atuais – parceiros de banda que continuavam com aquele nome que surgiu de uma conversa aleatória entre os meninos: Why Don't We.

Na imagem os garotos pareciam estar extremamente felizes e orgulhosos.

Resisti a tentação de curtir a foto e bloqueei a tela do aparelho, logo me pondo a apenas observar a vista da janela

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Resisti a tentação de curtir a foto e bloqueei a tela do aparelho, logo me pondo a apenas observar a vista da janela.

Toc-toc. Ouço as batidas na porta.

— Melanie, você tá bem? — vejo Timothée enfiar sua cabeça pela abertura da porta. — Posso entrar?

Assinto com um movimento e ele se senta no pequeno espaço ao meu lado, me abraçando, logo repouso a cabeça em seu ombro.

Eu sentia paz e tranquilidade descansando ao seu lado.

— Me desculpe por falar do seu ex daquela forma — ele pede com sua voz calma e reconfortante.

— Tudo bem, Timmy. É só que... Eu não tô no meu melhor dia.

— Você sabe que pode conversar sobre qualquer coisa comigo, né? — ele olha nos meus olhos e acaricia meu rosto.

— Sim — ele deixa um beijo na minha cabeça e me abraça novamente.

— Por que você está tão desanimada hoje?

— Hoje é aniversário dele.

— Seu ex...

— Corbyn — lhe falo, sentindo o gosto do conjunto de consoantes e vogais a muito evitada saindo de meus lábios.

Corbyn — ele repete, aprendendo o nome. — Como vocês se conheceram mesmo?

— Éramos vizinhos. Nos odiávamos. Tipo, pra valer. Só que aí, aconteceram algumas coisas.

Uma explosão de memórias passa por minha mente como um filme. Consigo ouvir o som de sua risada, o cheiro de seu perfume, o calor de seu moletom favorito e o gosto do sorvete que compartilhamos em uma tarde de verão quente. Meus olhos começaram a marejar com a saudade.

— Não chora, amor. Só me fale se estiver confortável. Não se sinta obrigada a me contar.

— Não, não. Eu preciso — abro um sorriso e limpo o redor de meus olhos. — Sabe aquela música da Taylor Swift, The Way I Loved You?

Duh! Claro — ele revira os olhos e eu rio.

— Era bem isso. Mas eu sinto falta de gritar e brigar, e beijar na chuva. São três da manhã e eu estou amaldiçoando seu nome. Tão apaixonada que você age como louca, e essa foi a forma que te amei — cantarolo o trecho da canção.

— Então você o amava?

— Ah, com certeza, Timothée! Foi um pouco difícil pra admitir isso pra ele, mas principalmente pra mim. Com você não foi difícil.

— Own. Também te amo — ele franze o nariz, achando a situação fofa e deposita um beijo na minha bochecha.

— Eu literalmente odiava Corbyn. Juro. Com todas as minhas forças!

— E quando isso começou a mudar?

— Foi na semana final do prazo...

HAPPILY ━ CORBYN!   ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora