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EM UM PASSADO NÃO TÃO DISTANTE

EM UM PASSADO NÃO TÃO DISTANTE

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15 — melanie

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15 — melanie

Era aniversário de um dos amigos de elenco de Heidi e eles haviam me convidado para ir junto com ela. O que eu não esperava, era que assim que eu chegasse no evento, encontrasse Corbyn Besson.

Ele estava no bar conversando com uma garota que eu não conhecia, e parecia estar se dando bem com a mesma.

Heidi e Thimothée haviam desaparecido no meio de tanta de gente que havia ali, então fui cumprimentar alguns conhecidos. De pouco em pouco, me aproximei do bar. E com desconfiança, me sentei ali, pedindo logo uma taça com champanhe.

Corbyn logo me notou e se aproximou.

— Melanie! Que coincidência te ver por aqui. Não sabia que era amiga de Austin — ele diz, se sentando no banco ao meu lado com um copo de whisky na mão.

— Corbyn, oi — o cumprimentei. — Na verdade, não sou. Mas Hed não queria me deixar sozinha em casa e arranjou um jeito de me fazer ter um convite em mãos. Você sabe como ela é.

— Mas, meu Deus! Há quanto tempo, não é?

— Pois é. O que anda fazendo?

— Eu e os meninos acabamos de voltar da turnê. Passamos três meses fora de casa. Nosso último show foi semana passada. Daí eu resolvi vir visitar Nova York por um tempo.

— Ah, claro.

— E você, como vai?

— Ah. Estou bem. Na correria. Estamos gravando um grande filme aqui na cidade.

— Acho que ouvi falar disso. Mas, e aí... O que acha de sairmos qualquer dia desses?

— Claro. Por que não? — concordo, porém um pouco insegura sobre. — Corbyn, queria pedir desculpas por nunca mais ter falo com você desde aquilo.

— Não, eu entendo. Vamos esquecer isso. É passado. Já fazem uns seis anos?

— Quatro — corrijo.

— Enfim. Vamos esquecer isso, ok? — seus olhos tem uma chama de esperança que acende algo dentro de mim.

— Ok.

🎸

Já haviam três meses que eu e Besson nos reencontramos, e dois que havíamos resolvido tentar um relacionamento de novo.

Os fãs já desconfiavam desde o início, já que alguns paparazzis haviam tirado fotos nossas juntos e havíamos publicado uma foto nossa no instagram, certo dia.

Na verdade, nós não tentamos esconder isso. Apenas preferimos viver do que dar rótulos a nossa relação. E posso ser sincera? Depois de quatro anos, esses três últimos meses foram os que me senti mais viva e feliz.

E, meu Deus. Dormir ao lado de Corbyn depois de dias cansativos de trabalho me trazia uma sensação de conforto. Era a melhor parte do meu dia.

Em algumas semanas ele tinha de voltar para Los Angeles e resolver assuntos com a banda. Mas sempre que tinha uma folguinha, vinha me ver.

Meu passatempo favorito era ficar observando-o tocar nas pausas das gravações em dias que ele ia para o set comigo.

Certa noite, Corbyn e eu estávamos aconchegados em minha cama após um dia cheio de trabalho.

— Melanie. Obrigado — ele disse enrolando mechas do meu cabelo em seu dedo.

— Pelo o quê? — perguntei, deitada em seu peito nu.

— Pelos melhores dias da minha vida. Eles sempre são ao seu lado — ele deposita um beijo em meus lábios e sorri. — Eu te amo.

Fico tensa. Não sabia o que falar. A memória daquela noite antes de rompermos veio a minha mente. Não sabia o que dizer. Não sabia o que sentia.

— Tá tudo bem? — ele notou.

— Tá. É só que... não é nada.

— Por que você nunca diz de volta? — ele me questiona depois de alguns minutos ponderando.

— Corbyn...

— Parece que só eu me importo, as vezes.

— Não é isso...

— Você não me ama, então, Melanie — ele se levanta da cama e veste uma blusa, um pouco frustado.

— Não mude minhas palavras!

— COMO EU VOU MUDAR SE VOCÊ NUNCA FALA O QUE VOCÊ SENTE EM RELAÇÃO A MIM? — ele explode.

— Eu não quero mentir pra você. Eu ainda não tô pronta.

— Você acha que foi fácil pra mim te superar durante aqueles quatro anos?

— E eu? — meus olhos marejam. — Como você acha que eu me senti depois daquilo. Mesmo sendo uma maldita mentira. Acha que eu consegui confiar meu amor e carinho a alguém da mesma maneira? Sabe como foi difícil?

— Melanie...

— Não. Agora eu falo — levanto a voz. — Sabe como é acordar todos os dias tendo a sensação que não pode se apaixonar nunca mais por medo de se machucar novamente? De carregar o peso de achar que arruinei tudo?

— Eu tentei consertar. Mas você nem mesmo queria falar comigo!

— Um ano depois eu te procurei. E advinha só? Você já tava com outra. Tudo isso para "ajudar a banda" — gesticulo aspas e respiro profundamente. — Você não tem o direito de dizer que eu não tentei consertar nossa relação.

— Você sabe o porque eu não te procurei? Porque tinha a sensação que você não ia conseguir voar comigo por perto. E que eu iria atrapalhar sua carreira. Que depois daquela merda eu não seria suficiente pra você — ele praticamente cospe as palavras. E aquele garoto que antes se fazia de forte, agora desabava em minha frente. — Esse sentimento de insuficiência me perseguia todos os dias. Quer saber? Eu não mereço alguém que não confie em mim depois de tudo que eu tenho passado.

Corbyn bate a porta do quarto com força e logo ouço a porta de meu apartamento sendo aberta e em seguida fechada.

Naquele momento eu fecho os olhos. Nunca havia parado pra pensar em como era a gestão da banda. Das coisas que eles tinham que passar para trazer alegria a tantos outros. Tendo as vezes que até mesmo desistir da sua própria felicidade.

HAPPILY ━ CORBYN!   ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora