Um casamento

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Pov's Emeraude


Era sempre bom acordar e sentir que eu não estava sozinha na cama, sabendo que o Dominic e o Matthew estavam ali comigo. Os dois dormiam de forma serena, me fazendo até ter vontade de ficar ali entre eles e dormir novamente, mas naquele momento minha fome falava mais alto. Estar com eles na maioria das vezes me fazia acordar faminta no outro dia, devido a todas energias que gastei. E dessa vez não era diferente, só de me lembrar de ontem eu me sentia exausta, ainda precisava de mais horas de sonos. Mas além disso, também tinha o fato do casamento da Lindsey ser hoje e eu precisava estar com ela mais cedo, por causa de eu ser uma das madrinhas. Assim como também queria ver e ter certeza se ela iria a frente com aquilo, já que ontem não consegui descobrir se ela estava mesmo receosa com o casamento ou não.

Me levantei da cama com cuidado sentindo minhas pernas um pouco doloridas. Com certeza usar aquele vibrador ajudou bastante em me deixar dessa forma, mas eu já estava um pouco acostumada quando transava com os dois. Saí do quarto e fui até o corredor, suspirando ao olhar a escada a minha frente, estava cansada até para descer mas mesmo assim fiz isso. Quando cheguei na metade, vi minha mãe aparecer ali me fazendo ver que ela já estava acordada, ela me encarou com certa preocupação.

- O que houve? Por que está andando assim? - Ela pergunta. 

- Assim como? Estou normal. - Eu digo descendo mais um degrau daquela escada, tentando disfarçar minha dificuldade.

- Quando era mais nova você descia essa escada pulando, Emeraude, consegue fazer isso até de olhos fechados. Por que está descendo assim então?

- É... Bom... É que eu caí.

Infelizmente eu não tinha uma desculpa melhor para aquilo, eu não me sentia muito confortável em dizer a verdade, dizer a minha mãe que estava assim porque estava transando ontem como uma cadela no cio. 

- Caiu? Onde? - Ela pergunta parecendo desacreditada.

- Caí no... No... No banheiro! Isso, no banheiro. Fui tomar banho e escorreguei.

Ela cruzou os braços como se ainda não acreditasse, acho que no lugar dela eu também não acreditaria, pois a minha desculpa não era muito convincente.

- E que horas que foi isso que eu não ouvi? - Ela pergunta.

Por um segundo me questiono também se ela não poderia ter ouvido algo vindo do meu quarto ontem. Eu me controlei o máximo que pude, mas era impossível de não deixar ao menos um gemido escapar quando eu estava com os dois.

- Foi de madrugada. - Eu digo esperando que ela acreditasse.

- Conta outra, Emeraude. Sei porque está assim.

- Sabe?

- Não é óbvio? Acho que você devia tomar mais cuidado quando vai fazer sexo.

Eu suspiro escutando ela dizer isso, um assunto com que eu com certeza não queria conversar, principalmente por ela ter acertado em cheio sobre o que se tratava minha forma estranha de andar.

- Não é nada demais, mãe. - Eu digo tentando soar despreocupada.

- Sabe, eu também fui jovem como você e...

- Eu não quero ouvir sobre sua vida sexual. - Eu digo a interrompendo.

- E quem disse que eu ia falar sobre isso? - Ela pergunta e eu apenas me calo, esperando pelo o que ela falaria. - O que eu ia dizer é que entendo que às vezes é bom ousar um pouco, mas você devia tomar cuidado mesmo assim, olha o seu estado, por acaso você dormiu?

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