Capítulo 01: Início do jogo

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𝙅𝙤𝙖𝙡𝙞𝙣 𝙇𝙤𝙪𝙠𝙖𝙢𝙖𝙖 𝙋𝙤𝙞𝙣𝙩 𝙊𝙛 𝙑𝙞𝙚𝙬

Mount Vernon 09:42Pm

A brisa fria daquela noite fez todos os pelos do meu corpo arrepiar. Esfreguei as mãos em meus braços cobertos pelo grosso casaco preto em busca de calor. Já era tarde e eu ainda estava presa aquela delegacia.

Neguei com a cabeça e retirei as luvas de minhas mãos para capturar a minha pequena caixinha onde continha meus cigarros. Precisava daquilo para acabar com minha ansiedade.

Estávamos no inverno, Nova lorque estava coberta por uma grossa e fria camada de neve. Até que tudo estava bonito daquele jeito, eu particularmente amava essa época do ano. Eu ainda poderia ver alguns jovens brincando de guerra no meio daquele gelo todo na casa da vizinha ao lado.

Piter o menor me avistou de longe e acenou animado.

— Oi Joalin! — Gritou o loirinho.

Eu sorri para ele e acenei. O menino voltou sua atenção aos amigos e a brincadeira na qual estava.

Peguei um cigarro para colocá-lo entre os labios, capturando meu pequeno isqueiro desenhado com a bandeira dos Estados Unidos. Via faísca se ascender quando pressionei o pequeno botão, até ver o fogo por completo.

Ássim que o cigarro ascendeu, coloquei o isqueiro de volta no bolso. Traguei o mesmo de forma intensa, sentindo automaticamente meu corpo melhor.

Maldito vicio.

Soltei à fumaça que se desenhou no ar frio daquela noite. Eu precisava sair dali. Tive um dia extremamente exaustivo na delegacia. Naquele momento eu tinha uma pilha de papeis com inúmeros casos para resolver.

Assaltos, mortes, agressões tudo muito pouco e nada satisfatorio. Eu era delegada em Mount Vernon, uma pequena cidade do estado de Nova lorque, amava o que fazia, mas nos últimos anos todos os casos pareciam pequenos demais. Eu amava ser desafiada, amava correr atrás de situações que pareciam ser impossíveis de resolver e isso não estava acontecendo, não em minhas mãos. 

— Delegada, Loukamaa?

— Sim Hidalgo?

— Deixei todos os casos arquivados em sua mesa, a moça de hoje mais cedo está aqui novamente e quer retirar a queixa do marido.

— Você está brincando, não é? — Perguntei a fitando.

Sabina Hidalgo negou com a cabeça, dando de ombros.

— Essa mulher não percebe o que está fazendo com a própria vida? Vou prender seu marido, e nunca mais soltar. Ela pode chorar lagrimas de sangue. — Resmunguei irritada fazendo a oficial rir.

— Vou apoiar você, Joalin.

Eu sorri para ela, e traguei novamente um pouco de meu cigarro. Entregando para que ela fizesse o mesmo. Ela se aproximou e se encostou na parede fria onde eu estava, pegando o pequeno cigarro de minha mão para colocar entre seus labios. Ela não demorou a soltar a cortina de fumaça entre os labios.

Sabina Hidalgo ou simplesmente Saby era minha melhor amiga, trabalhava comigo como escrivã e investigadora, ela era quase uma irmã desde os tempos do colegial no qual nos conhecemos. Estávamos sempre juntas para tudo que houvesse nessa vida.

— O que houve? — Perguntou me encarando com o as sobrancelhas arqueadas.

— Mandei nossas fichas para Nova lorque hoje, estou um pouco ansiosa para saber se vamos ou não ser chamadas.

— Você e sua sede de casos grandes. — Sussurrou com o cigarro ainda na boca

— Ainda bem que sabe, eu não aguento mais isso aqui.

𝙓𝙚𝙦𝙪𝙚-𝙈𝙖𝙩𝙚 = 𝙎𝙝𝙞𝙫𝙡𝙞𝙣 𝙑𝙚𝙧𝙨𝙞𝙤𝙣Onde histórias criam vida. Descubra agora