Capítulo 25: Consequência

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Bailey Thomas point of view.

Me remexi sobre a cama macia, sentindo meu corpo mais pesado que o normal. A claridade vinda das frestas oferecidas pela cortina estavam exatamente sobre meu rosto, fazendo-me bufar de forma impaciente. Inclinei meu corpo para o lado, sentindo o corpo de minha esposa tocar o meu.

Abri os olhos com certa dificuldade, as pálpebras pareciam pesar mais do que o normal, quase me impedindo de despertar. Vi minha esposa deitada ao meu lado, com uma expressão serena, como se estivesse tendo uma das melhores noites de sono da vida.

Levei as mãos até meu rosto, enquanto resmungava sobre o cansaço que eu estava sentindo. Nos últimos tempos aquilo estava piorando, tinha a sensação de que quanto mais eu dormia, mais cansado eu ficava. Isso seria possível?

Olhei para o relógio sobre o criado, e o mesmo indicava que já passava da hora de levantar. Sentei sobre o colchão, enquanto pegava meu aparelho celular ao lado. Franzi o cenho assim que visualizei dezoito ligações perdidas.

Algumas de Simon, outras de John. Por uma fração de segundos senti que uma bomba estouraria sobre minha cabeça, como uma espécie de pressentimento.

Fechei os olhos e respirei fundo, para em seguida olhar para minha bela esposa que repousava sobre os lençóis de nossa cama. Disquei o numero de Simon, depois de alguns segundos, ouvi sua voz temerosa do outro lado da linha.

- Bom dia, Bailey.

- Bom dia, Comissário. Algum problema?

Ele ficou em silencio por alguns instantes que fizeram meu coração acelerar. Calcei os chinelos posicionados ao lado de minha cama, e segui em passos lentos até a varanda de meu quarto. O dia estava nublado, o céu fechado pelas grossas camadas de nuvens escuras. Um temporal viria.

- Você pode comparecer na delegacia. Temos uma ocorrência.

- Diga o que aconteceu.

- Bailey...

- Fale de uma vez, Simon! – Exclamei nervoso.

- A Thomas Enterprise foi violada novamente. E dessa vez temos uma situação mais delicada. Por favor, compareça aqui.

Não dei chance para que ele continuasse a falar. Abaixei o celular devagar, sentindo meus dedos doerem ao redor do mesmo, que estava sendo apertado com o maximo de força que possuía naquele instante.

- Maldito...

Eu poderia ouvir o som baixo da voz do comissário chamando pelo meu nome no telefone, até que a ligação chegou ao fim. Meu corpo inteiro vibrava de raiva, ou melhor, de ódio. Os roubos não parariam até me deixar na miséria, eu sentia isso.

Era como ter uma fortuna amaldiçoada, que nunca seria totalmente minha. Nunca me deixariam em paz. Infelizes! Custava-me acreditar que Lamar seria tão inteligente aquele ponto, era apenas um mero peão em um jogo pesado.

Invadir um sistema tão bom quanto o meu não era para um simples iniciante, muito menos para um amador. Seja lá quem for, não estava disposto a brincar, e eu não poderia mais aliviar aquela situação. Eu jogaria pesado, descobriria quem realmente estava por trás desse maldito inferno que se tornou a minha vida.

- Merda! – bati com força no batente da varanda. – Você vai conseguir, Thomas. Você sempre conseguiu. Não fez tudo aquilo para cair desse jeito. – sussurrei para mim mesmo, enquanto respirava fundo.

𝙓𝙚𝙦𝙪𝙚-𝙈𝙖𝙩𝙚 = 𝙎𝙝𝙞𝙫𝙡𝙞𝙣 𝙑𝙚𝙧𝙨𝙞𝙤𝙣Onde histórias criam vida. Descubra agora