tartaglia, conhecido também como childe. cabelo ruivo, olhos azuis e um físico saudável, seu elemento era hydro. alto, possuía um sorriso contagiante e uma personalidade inabalável, sempre se oferecendo para ajudar as pessoas, um ser humano gentil.
por outro lado havia um mensageiro fatui, o que enganou lumine, a machucou por dentro e por fora, fez ela perceber que não podia confiar em todos ao seu redor. o rapaz que a provocava dentro daquela enorme mansão e sentia-se extasiado ao vê-la lutar mesmo depois de ter sua confiança quebrada. a admirava mais do que qualquer outra pessoa, contudo, era orgulhoso demais para dizer isso a ela.
lumine era forte, boa em combate, uma ótima cozinheira e a melhor companhia que uma pessoa poderia ter, porém, era ingênua. ingênua até demais.
e ela sabia disso, repetia e julgava o quão inocente era enquanto caminhava de volta para a mansão dourada, queria reencontrar o garoto ou até mesmo dar um fim naquela vida medíocre, mesmo não tendo certeza de seu paradeiro, iria caçá-lo como um caçador de monstros.
lumine parou em frente a grande porta, teria continuado seu caminho se não fosse por zhongli que a parou com um pequeno toque no ombro.
– por que voltou? – indagou o maior, com um tom de voz sutil.
– quero reencontrá-lo... – murmurou.
– ele não está mais aqui.
a loira desviou o olhar para a porta e respirou fundo, voltando a encarar zhongli que a olhava de maneira pacífica. se perguntava mentalmente como o homem conseguia ser tão calmo, em qualquer situação ele sempre mantinha a postura. o admirava.
– ele não é uma pessoa confiável, lumine. – falou assim que viu uma feição triste se formar no rosto alheio.
o silêncio fez-se presente novamente, zhongli sabia quem era o childe de verdade mas não podia deixar com que a viajante tivesse contato com ele, afinal, ambos os times poderiam se intrigar caso descobrissem que entre os dois não havia rivalidade. o arconte priorizava o bem estar de seus amigos como também priorizava o "correto"/"certo", e agora estava dividido entre essas duas opções, completamente opostas.
– tudo bem... – ela se afastou, acenou para o rapaz e andou em direção a saída. – você tem razão, não há o que fazer.
estava de cabeça baixa, sabia que zhongli tinha um ponto fraco e naquele exato momento lumine estava tentando atingi-lo. por mais ingênua que fosse, era esperta.
– espere! – o olhou confusa, virando seu corpo para encara-lo melhor. – me dê um bom motivo para revê-lo, posso repensar nas minhas futuras ações.
ela sorriu.
