os dias fluíam rapidamente, e os encontros escondidos de lumine e childe tornavam-se cada vez mais frequentes. na maioria das vezes, saíam para explorar os recantos de teyvat e, à medida que o tempo passava, eles se conheciam melhor; revelando segredos que, no fundo, não eram tão secretos assim.
zhongli já não avistava lumine por liyue como antes. tartaglia começou a abandonar várias missões entre os fatui, pois passar o tempo com ela tornara-se mais interessante e significativo do que qualquer outra tarefa que lhe fosse designada.
ambos sabiam que era arriscado. sentimento recíproco; lumine sentia-se incrivelmente confortável ao lado dele, mas, ao mesmo tempo, havia um medo latente de que o sentimento não fosse mútuo e que pudesse estar sendo enganada novamente. eles compartilhavam essa inquietação, essa vulnerabilidade.
em um de seus encontros, a chuva começou como uma suave melodia, as gotas pequenas dançavam nos ramos das árvores. lumine e childe, que estavam perdidos em suas próprias companhias, notaram o suave murmúrio da chuva se aproximando. o céu, uma vez claro e azul, agora estava sendo engolido pelas nuvens escuras, pintando o horizonte com tons de cinza.
- uma vez você disse que queria me conhecer melhor... - a garota murmurou suavemente, com seus olhos fixos nas primeiras gotas de chuva que caíam sobre o chão e molhavam a enorme flora local. virou-se para o rapaz com um sorriso tímido nos lábios. - você não deve saber, mas eu amo a chuva.
o ruivo sorriu em resposta, seu olhar comunicando mais do que palavras poderiam expressar. de alguma forma, o silêncio dele não constrangeu lumine. ela sentia-se estranhamente à vontade ao seu lado.
[...] ambos decidiram se abrigar sob uma grande árvore próxima; as folhas forneciam uma proteção parcial contra a chuva. sentados lado a lado, eles observavam o mundo ao seu redor se transformar à medida que a chuva caía, lavando a poeira e trazendo um frescor renovado ao ar.
- sempre que chover, vou te procurar por teyvat. - childe falou baixinho, quase como um segredo compartilhado apenas entre os dois. não disse em voz alta, mas a partir daquele dia, a chuva tornou sua desculpa favorita para ver lumine.
"então eu vou torcer para que chova muitas vezes..." - os pensamentos intrusivos no consciente de lumine eram cada vez mais frequentes. seu rosto ficava cada vez mais rubro e não demorou muito para que o ruivo notasse.
na verdade, ele sempre notou.