o dia ainda estava claro. lumine se despediu de xiangling e começou a caminhar em direção ao lugar marcado, chegaria com antecedência, conhecia o local e sabia que era perfeito para colocar os pensamentos em ordem.
próxima ao lago de luhua, a loira se abaixou e molhou as mãos na água, jogando um pouco do líquido em seu rosto para que pudesse refrescar o corpo e a alma. sentou-se próxima a lagoa e começou seu julgamento diário, nada do que havia planejado para o dia tinha sido feito. ficava irritada quando as coisas saíam de seus planos e aquela intriga em relação ao ruivo piorava tudo.
e isso era só o começo.
– decidiu chegar mais cedo? – ouviu a voz de longe, olhou para o lado e reparou no rapaz andando em sua direção, cansado.
– eu estava sem nada para fazer.
childe não respondeu. sentou ao lado dela e tentou recuperar o fôlego.
– esse lugar é bem calmo... tirando os slimes que ficam pelo caminho. eles me cansam. – desabafou, virando seu olhar para a garota.
– slimes te cansam?
– não me machucam mas demoram para morrer.
a loira riu, por algum motivo achou aquela situação engraçada. por mais que childe estivesse se sentindo um pouco fraco, riu junto só de bobeira. o clima era agradável.
– você não me falou nada sobre você, mine. – o maior quebrou o silêncio que fora instaurado pouco tempo antes.
– eu deveria?
ele olhou para a loira com a resposta formada em sua expressão facial, como se aquilo fosse óbvio. ela queria conhecê-lo melhor, porquê ele não poderia fazer o mesmo?
– tudo bem. – ela começou – nada mais justo do que contar um pouco sobre mim. – ficou em silêncio, não falaria nada que pudesse ser usado contra sua própria pessoa, muito menos segredos – o meu nome você sabe. tenho dezoito anos e estou em teyvat de passagem, até reencontrar o meu irmão.
– zhongli me contou.
ela o encarou e respirou fundo.
– o que mais ele te falou?
– que eu estava proibido de ver você.
o silêncio se fez presente novamente. dessa vez, o ruivo nem ousou falar alguma coisa. ao contrário de lumine que, agora, encheu sua cabeça de perguntas e queria indagar todas ao garoto.
– você não tem medo dele? – ela se virou em sua direção.
– claro que tenho. – riu irônico.
– então por quê está aqui comigo?
– porquê eu não tenho más intenções e quero provar isso a ele. – sorriu de maneira gentil e se aproximou um pouquinho mais de lumine. – a organização fatui omitiu seu caso, definitivamente não é prioridade e tem coisas piores acontecendo por aí. coisas que podem acabar com eles.
a garota não sabia o que falar. ficava tranquila em saber que não era o foco principal, pelo menos não naquele momento. mas sabia que se fosse a prioridade, era bem provável que aquela conversa com childe não estivesse acontecendo.
– enquanto os mensageiros não mandam me matar. quais são suas intenções comigo, então?
– muitas. mas cabe a você decidir se são boas ou não. – aquele sorriso de canto se fez presente e o rosto da garota ficou vermelho, levou como um flerte mas não sabia bem se era aquilo que estava pensando.