Nossos lábios ainda estavam colados, o mundo ao redor parecia estar longe. Para a minha infelicidade, Lysandre rompe o contato entre nossas bocas, mas coloca a sua testa contra a minha, ofegante:
- Eu não havia previsto isso...
- Há cinco anos você disse exatamente a mesma coisa após me beijar pela primeira vez. - Sorrio, nostálgica.
- O que eu posso fazer se você sempre me faz fugir do roteiro? - Lysandre volta os lábios aos meus em um selinho lento e demorado.
- ACHEI O MEU GASAL FAVORITO! - Rosa aparece, cambaleando. O garçom à segurava sem jeito, impendindo-a de cair.
- Meu Deus! - com muito custo (muuuito mesmo) eu me desgrudo do Lysandre e vou até a minha amiga. - Caramba, Rosa, você exagerou mesmo.
Lysandre vem em nossa direção e me ajuda a segurar a Rosa. Ele agradece o garçom com uma gorjeta bem generosa (merecido, o coitado parecia estar traumatizado depois de ter cuidado da alcoolizada).
- VOCÊSTAVAM SE BEIJANDO - Rosa caia na gargalhada. - FOI BEM MAIS RÁPIDO DO QUE A GENTE ACHOU, NÃO É MINHA AMIGA?
- Xiii, agora não. - Eu a apoio ao meu lado esquerdo e coloco o seu braço ao redor do meu pescoço. Lysandre repete o meu gesto ao lado direito dela. Nós a carregamos em direção ao carro.
- ELA QUERIA TANTO VOCÊ, LYS-FOFO. - Rosa segura um soluço.
- Rosa, eu disse que agora não. - Franzo a testa, um pouco constrangida. Quer dizer, o Lysandre e eu não "voltamos" só por termos nos beijado. Tudo bem que ele pareceu tão urgente quanto eu, mas isso não significa tudo.
Ao chegarmos no Jeep, colocamos a Rosa no banco de trás e eu me sentei ao seu lado, para garantir que nenhum incidente infeliz pudesse ocorrer. O Lysandre se sentou no banco do motorista e se endireitou para dar a partida.- Acha que eu deveria ligar para o Leigh e avisar a situação dela? - Lys me interrogou olhando-me através do reflexo do retrovisor.
- O LEIGH NÃO É MINHA BABÁ. - Rosa continuava a falar alto. Eu lancei um olhar de "liga logo" para Lysandre e instantaneamente ele pegou o celular para ligar para o irmão.
- Alô? Leigh? Estou com a Rosa. Não, ela está bem, só extrapolou algumas doses. - enquanto Lysandre explicava o caso, Rosa pendia de um lado para o outro no banco do carro.
- Dani, peça para o Lysandre desacelerar.
- Rosalya, o carro nem está em movimento.
- Lys-fofo, vá mais devagar senão eu... - sua frase foi subitamente interrompida por um vomito em minha direção.
- Oh céus!!! - Minha roupa e o estofado do carro agradecemos os vestígios de batata e vodka. Eu levantei a cabeça da minha amiga novamente e limpei os vestígios sua bochecha. Eu sei que não foi intencional. - Acho que já passou da hora de irmos. Os demais detalhes do estado dela o Leigh vai saber quando chegarmos. - Lysandre assentiu e desligou o celular. Ele pisou no acelerador e saímos rumo ao apartamento do casal. Ao logo do trajeto eu levei mais dois pequenos "banhos" da Rosa enquanto segurava o seu rosto, impedindo-a de se machucar.
A interminável viagem chegou ao fim, Lys desceu do carro e me ajudou a levar nossa amiga debilitada. Tocamos o interfone e não levaram segundos para o Leigh nos encontrar no térreo.
- Meu Deus. Rosa, o que deu em você hoje? - ele a pegou em seus braços.
- Comemoração... - a voz alta e aguda de alguns minutos atrás sumiu e deu lugar à uma voz baixa e cansada.
- Comemoração? Comemoração do que?
- Do amor - Rosa sorria enquanto mal conseguia parar em pé. Na verdade ela já estaria no chão se não fossem os braços do Leigh segurando-a.
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Um amor de Universidade
Fiksi Penggemar"- [...] A medida que eu a quero de volta, eu a quero longe, bem longe de mim. Eu sinto medo de me entregar por inteiro novamente e ser despedaçado como da última vez. Estou perdido."