Ametista Garcia é uma pianista apaixonada pelo seu trabalho e, é essa paixão que a leva até Nova York. Ela quer ganhar o mundo com o seu talento e não vai medir os esforços para que isso aconteça, só que no seu caminho havia um Hush e ele pode facil...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
-Ele ligou outra vez Hush -a voz da minha assistente me fez levantar os olhos do meu computador pra olhá-la. Karen era uma ótima funcionária e estava comigo a muito.. Tempo de mais para saber que eu não tinha o menor interesse em saber daquilo.
-Mande-o a merda da próxima vez -falei com um tom arrogante, a loira de meia idade arregalou os olhos -Você sabe que eu não tenho menor interesse, em saber de algo que eu já descartei.
-Eu sei disso.. Sinto muito, mas é que ele insisti em dizer que os garotos são bons - ela falou como se aquele fosse um divisor de águas.
-São garotos Karen.. Ele deveria estar preocupado em procurar escola para eles, não os levando de um lado a outro atrás de fazer fortuna em cima do talento dele. - eu vi que os garotos realmente são bons, só que não é assim que as coisas devem proceder. O mais velho não deve nem ter treze anos de idade e isso não é justo com eles e nem com que o miserável pretende fazer com o seu futuro. -Eu já vi muitas histórias como a deles.. E acho que eles devem aproveitar mais a infância - decretei enquanto ela me olhava.
-As vezes eu esqueço o porquê de trabalhar tanto tempo pra você, mas aí você me lembra disso - ela falou com um sorriso maroto nos lábios.
-Um homem pode ganhar o mundo, mas no momento que ele esquece a sua humanidade e empatia ele perde tudo - falei e ela me deu o seu melhor sorriso.
-Você é o melhor! -apertei os meus olhos em sua direção.
-Eu não vou liberar um aumento pra você, Karen - falei e ela murmurou um "merda" em tom decepcionado, aquilo me fez rir. Eu sabia que ela não estava falando aquilo por causa de aumento, existia uma admiração e respeito mútuo entre nós. -volte ao trabalho, sim -ela bateu uma continência e saiu da minha sala com um riso insolente no rosto.
Aquela sala no meu escritório era muitas vezes o meu lugar favorito, dali eu via todo o fluxo de Nova York. Ali também eu passava as noites algumas vezes e me sentia bem fazendo aquilo, estar perto do meu trabalho e das minhas coisas me deixavam mais centrado... Você não constrói uma carreira e fama de um dos homens mais bem sucedido, fazendo os outros trabalhar por você. Eu sempre gostei do trabalho e faço isso desde os quinze anos e hoje com trinta e quatro anos, sou bem recompensado colhendo os frutos.
