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The man, in my dreams

- Você já tinha convidado? - Perguntei desconfiada, enquanto estava deitada na minha cama, abraçada á Thomas.

- Sim, eu tinha falado com a Grace sobre a corrida, desmarcar em cima da hora não seria legal. - Thomas respondeu fumando um cigarro - Ela é nosso plano B, caso ele se desinteresse por você, então ela entra em ação.

- Ela sabe desse seu plano? - Perguntei sonolenta.

- Não, ela acha que vai apenas sair comigo - Ele percebeu meus olhos se fechando, então me apertou mais em seu abraço, e me colocou em uma posição mais confortável nos seus braços - É melhor você dormir, amanhã é um longo dia.

- Eu sei, mas ainda tenho mais uma pergunta... - Abri meus olhos, e o olhei - Você está confortável com isso? - Ele me olhou confuso, mas depois entendeu o que eu quis dizer.

- Porquê não estaria? Ela é só uma garçonete... - Falou olhando pro teto.

- Thomas, você gosta dela. - Eu disse afirmando.

- Ficou maluca? - Ele falou um pouco mais alto - Não sinto nada por ela! - Dei uma risada irônica.

- Não faz mal admitir, todo mundo precisa de carinho as vezes - O olhei sincera - Até você. - Ele ficou calado, eu já estava acostumada, Thommy se sentia confortável com a família, mas isso não significava que ele era carinhoso todo tempo. Não havia palavras amáveis constantemente vindas dele para conosco, eram suas ações que diziam isso. O fato dele se preocupar com a gente, sempre de olho no que acontecia com Ada, conversando com Arthur quando ele estava deprimido, aconselhando John, brincando com Finn e o tirando de confusões que o mesmo se metia, ajudando a mim e tia Polly com a carga horária pesada do trabalho... Ele não precisava dizer. Nós entendiamos, e ainda tem outro ponto, ele nunca foi embora. Não é fácil ter que ficar de olho em cinco irmãos, Thomas não é o mais velho, mas age como um, é ele o patriarca da família, o chefe dos negócios legais e quem comanda as atividades ilegais. Apesar de eu o ver cansado as vezes, dormindo no sofá por estar com as pernas pesadas demais para subir pro quarto, depois de passar muito tempo trabalhando, ele nunca reclamou. Apenas suspirava, e voltava a rotina - Não estou dizendo pra você se casar com ela, mas não tem problema trocar uns beijos ou coisas mais adultas, Thommy - Falei risonha.

Apesar de eu ainda não confiar totalmente nela, minha intuição não sentia algo cem por cento verdadeiro nela, mas eu queria que Thomas se divertisse, relaxasse e se sentisse desejado por alguém, óbvio que não falta isso aqui, boa parte das mulheres querem o líder dos Blinders, mas a maioria é interesseira, e mesmo que Thomas se faça de difícil, eu sei que ele ainda tem esperança de ser amado por alguém de novo, como foi com Greta, sua noiva que faleceu antes da guerra.

- Para de falar besteira, Amélia. - Ele disse ainda pensativo, mas eu notei um sorrisinho de canto, porém logo depois ele diminuiu, e ele ficou sério - Se fosse uma escolha, entre deixar ela ou você, nas mãos do Billy Kimber - Ele olhou pra mim - Eu escolho deixar ela, você é minha irmã, meu dever é com você, não com uma garota bonita que eu mal conheço.

- Ok, apesar das belas palavras no final - Fechei meus olhos, e o abracei mais forte - Ela vai ficar magoada com você por isso, mas como você não quer nada, então não faz diferença, não é?! - Falei irônica.

- Cala a boca, e dorme pirralha! - Ri com o tom zangado dele, logo adormeci. por algum tempo não havia nada, mas uma nuvem de fumaça apareceu, e com ela um cenário que só poderia ser fruto de um sonho intrigante e misterioso.

Era um campo florido, olhei ao meu redor, e vi que estava perto de uma árvore, notei que estava sem sapatos e meias, eu sentia as rosas beijando a minha pele, elas eram brancas, e pareciam brilhar sob a luz do sol. Tudo parecia ser calmo, pacífico e até mesmo divino. Notei que eu estava vestida de branco, era um vestido leve e solto, eu via a mim mesma com o cabelo longo, ele ia até a minha cintura, e ao redor da minha cabeça, havia uma coroa de flores brancas, eu estava simples, mas ao mesmo tempo tão linda.

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