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Clarifying Actions
and Discovering Betrayals

Acordei com a claridade beijando meu rosto. Eu estava deitada em um chão frio, de barriga pra cima, provavelmente, ainda na cadeia.

Olhei para meu corpo, e vi o estrago.

Meu seio esquerdo estava em carne viva e sangrando bastante, o desgraçado não marcou apenas acima do seio, mas arrastou o ferro até perto da minha costela, o V sangrento e queimado estava ao redor de meu mamilo, o adornando, ficaria uma cicatriz horrível ali. Puxei meu vestido pra cima, cobrindo isso.

Comecei a olhar para o teto, e pensando comigo mesma, eu estava acabada, ferrada e quebrada.

Ouvi a porta sendo aberta, e um policial entrando por ela e vindo até mim.

- Levanta! Vieram te buscar. - Eu me levantei com dificuldade, minhas pernas doíam, estavam trêmulas, fui praticamente me arrastando, e o policial não me ajudou, apenas me empurrava pra ir mais rápido. Quando a porta se abriu, vi Polly me esperando, ela estava chorando e com uma coberta em mãos, quando me viu o choro aumentou, e veio correndo em minha direção, colocando o cobertor sobre os meus ombros.

- Ah, querida, o que fizeram com você? - Me abraçou, eu apenas levantei meu braço direito e passei sobre seus ombros, não respondi nada. - Vamos pra casa. - Ela estava com o carro da família, fomos em silêncio o caminho inteiro, eu estava quase dormindo quando o carro parou na porta de nossa casa. - Venha, vamos cuidar dos ferimentos, tomar um banho morno pra relaxar, comer e depois descansar. - Ela me ajudou a descer do carro, entramos dentro de casa e vi Finn conversando com Arthur, o pequeno me percebeu primeiro, e tentou correr para me abraçar, mas tia Polly não deixou, - Agora não! ela está debilitada, e precisa de cuidados, se quer ajudar, esquente a água pra ela, Finn.- Ele afirmou com a cabeça e saiu, Arthur levantou e me olhou com as mãos em punho - Pegue ela, Arthur. Ela não tem condições de subir as escadas.

Ele afirmou e me pegou no colo, quase adormeci com isso, me lembrei de quando eu era criança e Arthur me colocava pra dormir, ele me carregava desse jeito.

- Amy, não dorme, ainda não, aguenta firme. - Me colocou deitada na cama e me observou, passou a mão na minha cabeça, e fez carinho.

- Vou acabar dormindo se continuar assim. - Falei sonolenta, ele riu e continuou com o carinho. O olhei e percebi algo que me deixou curiosa - Arthur, o que é isso no seu pescoço?

- Não precisa se preocupar com isso agora, prometo te contar e conversar sobre isso depois. - Ele falou sério, enquanto tentava esconder uma marca enorme em seu pescoço.

Tia Polly e Finn entraram no quarto.

- Voltei. - Ela trazia uma bacia com diversas coisas dentro e Finn um balde com água quente. Ela se aproximou de mim, e pegou um pano molhado, logo começou a passar em meu rosto.

- Cadê o Thommy? - Eu perguntei enquanto fazia careta, estava ardendo demais.

- Não sabemos, é melhor assim. - Polly disse - O importante agora é cuidar de você, Thomas está escondido e seguro.

- Harry disse que Grace levou ele pra casa dela. - Finn falou, me fazendo arregalar os olhos.

- Então ele não está seguro! - Tentei me levantar, mas Polly me segurou. - Tia, você sabe que eu não confio nela.

- Querida, se fosse ela a espiã, Thomas já estaria preso.

- Mas não faz sentindo, Polly, eles estão com as armas, só quem sabia aonde elas estavam, éramos nós. - Arthur franziu o cenho. - Eu e você não contamos pra ninguém, Finn também não, porque estamos sempre de olho nele, John não sai de casa a não ser pra trabalhar desde que se casou, o que sobra duas pessoas... - Olhei pra Arthur. - Você e Thomas.

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