UM AMIGO

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Ivana acorda ao amanhecer com o som de carruagens e o sol batendo direto em seu rosto.
Ela tenta levantar sem estresse e move as cortinas, deixando o quarto com a iluminação mais leve.
Com um vestido longo da cor roxa, Ivana desce as escadas do apartamento.

— Bom dia dona Ivana! — Diz o senhor responsável pela recepção do local.

— Bom dia senhor...

— Valois, Charles Valois senhorita. — Diz ele sorrindo e entregando um cartão de boas vindas, já que na noite anterior ele havia se esquecido de tal detalhe.

— Obrigada Sr.Valois! — Ela sorri agradecida e sai do apartamento em direção ao serviço, que não fica mais que duas quadras dalí.

Ela confere a rua e o número, parando de frente com um prédio de dois andares que aponta ser o respectivo lugar descrito no papel em suas mãos.
Ivana pega a chave dentro de sua pequena bolsa de mão e encaixa na fechadura da porta amadeirada em sua frente.
Duas vezes ela gira a chave e então a porta se abre.
Ivana arqueia suas sobrancelhas em vislumbre pelo belo lugar.
A sua esquerda um espaço de leitura e a direita a recepção.
Em seu molho contem três chaves, e ao lado da recepção tem uma porta.
Ivana fecha a porta atrás de si e vai até a outra a fim de explorar o lugar onde ficará metade dos seus dias daquele dia em diante.
Ela abre a porta e um espaço enorme aparece a sua vista; vitrines de interior cheias de vestidos, peças masculinas e entre outras roupas de alta qualidade.
Ao meio uma mesa redonda com sofás para receber os clientes.

- uaaall!! - ela diz para si mesma impressionada com o tamanho do comodo.

Ela termina de conferir algumas coisas no ambiente e sai, deixando a ala de roupas para ir a biblioteca.
Quando ela abre o comodo seus olhos brilham de amor por cada livro nas estantes.
Ivana amava ler, e tinha certeza que levaria alguns para ler em casa.

Disposta a começar seu primeiro dia de trabalho, ela vira a placa de "fechado" para "aberto", ageita a vitrine que mostra as roupas em promoção, o canto de leitura e vai até a recepção ajeitar o lugar com intuído de ficar confortável como se estivesse em casa.
Não demora muito e uma cliente chega.
Ivana coloca a sua melhor expressão de atendente e recepciona a senhora que aparentava ter uns 60 anos.

- Bom dia! - ela diz indo até a senhora.

- Bom dia! - a mesma retribui.

- Prazer, Ivana! Em que posso ajuda-la?

- Prazer, Olsen. Melissa Olsen. Onde está o  Jones? - Ela sai andando a procura do pai de Alana.

- Me desculpe senhora Olsen, mas ele não está e não tem data prevista para voltar a loja. As coisas andam bem corridas para ele e acabou me contratando.

- Entendi, Entendi.... Pode me ajudar a escolher um vestido então?

-Claro! É para algum evento especial?

-Sim, Sim. Uma comemoração, e jantar de negócios. Preciso de algo confortável e sério ao mesmo tempo, mesmo sendo uma festa a roupa precisa ser elegante! - a senhora sai falando e articulando de modo culto e eficaz, parecia ter estudado cada jesto.

Ivana ajudou a senhora e mais muitos tantos clientes que apareceram durante o dia.
No final de seu expediente ela estava exausta, mas sabia que iria valer a pena cada esforço.

Ela coloca a loja com a placa "fechado" e começa a organizar algumas coisas para que não precisasse fazer novamente pela manhã.
De repente alguém bate na porta.
Ela olha e ve um moço que parecia apavorado.
Sem pensar duas vezes abriu a porta.

- Fecha, fecha! - e começou a baixar as cortinas da loja, cobrindo tudo. - tranque-a! - Ele aponta para a fechadura e ela obedece apavorada.

De repente ela ouve alguns homens do lado de fora, a luz da rua deu contraste revelando serem dois.

- Onde ele foi Dankan?

- Eu vou lá saber!? Ele corre rápido de mais.

- Merda Dankan! Ele irá falar para o General. Ótima idéia "Vamos pegar a filha do advogado e ameaçar ela que não da em nada"; "Não da em nada" é a expulsão linda que levaremos do Jared também.
Eu pego esse Pirralho ou não me chamo Valek.

- Prazer Alice! - Diz o comparsa brincando com a situação.

Valek atinge Dankan com um tabefe na cabeça e continuam andando.

O desconhecido que continuava intacto na frente de Ivana, vai até a cortina e puxa uma fresta para ver se os supostos ameaçadores se foram.
Ivana não pensa duas vezes e pega um guarda chuva e aponta para ele afim de se proteger, pois não o conhecia.

- Quem é você e porque estava fugindo desses homens? - Ela pergunta em um tom estável, quase um sussuro.

- Eeeeeepa, calmai moca. Não vou te roubar, só precisava me esconder!

- Você não me respondeu! - Ela avança afim de ataca-lo.
Infelizmente ele puxa o guarda-chuva e logo em seguida seus braços na tentativa de segura-la.
Ela revida e o imobiliza no chão.

- Se acha esperta de mais né?

- Da pra me responder? - Ela diz com mais firmeza e força o braço do moço.

- Ok, Ok. - Ele da três tapas no chão avisando que estava doendo. Ivana afrouxa. - Meu nome é Aidam, e peguei esses caras na tentativa de abuso com uma vizinha minha. Logo que os vi eles notaram minha presença e viram atrás de mim. Corri até a loja do Sr.Jones e encontrei você, Fim.

Ivana pensa por alguns segundos e o solta.

- Hm, e vai contar a alguém né?

- Que idiota não faria isso?- Ele diz batendo em suas roupas a vim de tirar a poeira que insistia impregnar sua roupa já que tinha se espatifado no chão logo antes de chegar a loja do Sr.Jones.

- Não sei, mas já vi muitos. - Ela balança os ombros e continua a organizar o local como estava fazendo antes de Aidam aparecer.

- E o Sr.Jones, onde está? - Ele a observa.

- Esta bem ocupado ultimamente e me contratou para cuidar da loja. - Ela termina de ajeitar as coisas e vai até ele. - Prazer, Ivana!

Eles se cumprimentam com um aperto de mão.

- Bom Aidam, eu preciso ir em bora. Acredito que os homens estejam bem longe agora.

- Tem como me ajudar a encontrar um livro antes? - ele a interrompe antes de abrira porta.

- Tudo bem. - Ela sorri mesmo cansada.

Eles adentram a ala de livros.
E ele exemplifica o tipo de livro que procurava.

- Aqui está, estes três são os melhores que posso te oferecer de acordo com o meu conhecimento sobre arte.

- Aposto que são ótimos. -Ele sorri galanteador mas Ivana nem percebe.

Ela passa por ele a fim de ir em bora pois esta, realmente muito, exausta.
Aidam percebe.

- Gostaria de uma companhia? - Ele pergunta enquanto Ivana termina de trancar a loja.

- Não precisa se incomodar, eu me viro.

- Te devo uma vai, não iria me perdoar!

- Tudo bem! - Ivana aceita e já vai andando.

- Ei, calma senhorita apressada. -Ele a alcança e os dois caminham até o apartamento em que Ivana esta hospedada.

Durante o caminho eles conversam de coisas aleatórias.
Não se passa muito tempo e logo chegam.

- Pronto! Muito obrigada pela companhia.

- Que isso, eu que agradeço! - Ele sorri de canto.

Ivana retribui o jesto da mesma forma e adentra o edifício.
Toma um banho, janta e se deita para dormir.

1225 palavras.

Por Muitos Vales [Em Andamento]Onde histórias criam vida. Descubra agora