Capítulo 07 - O Penhasco

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Ao final da aula entrei em meu carro e dirigi até em casa, sabendo que em breve Edward chegaria ali também.

O espero na varanda, sentada nos degraus, lendo um livro até ouvir seu carro se aproximar. Me levanto assim que seu carro para na entrada da propriedade. Rápido demais ele já está a meu lado.

-muito curioso o fato de você nunca ter perguntado meu endereço e mesmo assim ter conseguido chegar aqui facilmente. -comento sorrindo e erguendo uma sobrancelha.

-o fedor daqueles cachorros está por esse lugar inteiro. -fala Edward fugindo do assunto.

-ninguém sabe meu endereço. -comento. -exeto por Sarah, mas ela não teria falado pra você.

-posso ter seguido seu cheiro. -fala ele casualmente.

-de carro? Com os vidros fechados? -pergunto ainda sorrindo.

-talvez eu já tenha te seguido. -fala ele e eu reviro os olhos. -não vai me convidar para entrar?

-vampiros podem entrar em casas sem serem convidados. -falo fazendo graça.

Estar perto de vampiros é fácil demais e eu não gosto disso. Entramos na casa e o levo até a biblioteca, me sento em um sofá num canto e ele se senta ao meu lado. Próximo demais.

-por onde você quer começar? -questiono me recostando.

-muito bem, temos muito tempo para fazer o trabalho, que tal uma pequena brincadeira? -propõe ele.

-que tipo de brincadeira? -questiono virando-me para ele também.

-uma pergunta por uma pergunta, pode escolher não responder a pergunta, mas se escolher responder terá que ser de sincera. -fala ele sorrindo sedutoramente para mim.

-certo. E como você vai saber se estou sendo sincera? -questiono desconfiada, mas curiosa sobre seus planos.

-sou bom em ler as pessoas. Certo, eu começo: qual sua relação com os Quileutes? -pergunta Edward.

-sou filha adotiva de Billy Black, membro do conselho da tribo e descendente de Ephariam Black. -respondo. -vocês Cullens realmente se consideram uma família ou é apenas um teatrinho?

-somos uma família de verdade e protegemos uns aos outros, nada disso é encenação. -responde ele sem hesitar. -onde você nasceu?

-Forks. E você?

-Chicago. Quantos anos você tem?

- 17. Você?

-17 também. -fala Edward e o olho com o canto do olho.

-a quanto tempo você tem 17 anos? -pergunto rapidamente antes que ele me pergunte mais algo.

-nasci em 1914. -fala ele simplesmente e dá de ombros. -você fez duas perguntas, então tenho direito a duas também.

-você é velho ein. Está um idoso. Não sei como não começou a esfarelar. -falo fazendo graça e ele sorri.

-cuidado com o que fala, posso ser velho, mas posso acabar com você facilmente. -ameaça ele em tom de brincadeira.

-não teria tanta certeza se fosse você. -falo e o encaro, pronta para um ataque, me inclinando ligeiramente para frente. Ele faz o mesmo.

Nos encaramos. Uma tensão se espalha na sala. Faíscas passam entre nós dois. Nos encaramos, medimos e então eu me inclino pra trás, gargalhando. Edward me acompanha.

-isso foi interessante. -falo.

Edward ainda me encara de um jeito estranho, ele levanta a mão e toca em uma mecha teimosa do meu cabelo que insiste em cair em frente ao meu rosto, ele a pega delicadamente e coloca atrás de minha orelha, mas sua mão não se afasta dali. Ele me olha nos olhos e por um momento posso jurar que ele está vendo toda a confusão que há dentro de mim.

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