CHRISTOPHER UCKERMANN
Agora que eu e Dulce estávamos oficialmente juntos, não queria adiar o encontro dela com meus pais. Decidi que estava na hora de contar para eles que estou namorando. Não vou mentir que não tenho receio sobre a reação deles, mas espero que seja apenas algo de primeiro momento e que depois eles aceitem. Não quero maiores problemas.
Entro na casa de meus pais e sigo até a cozinha, onde sei que minha mãe está preparando um café com um bolo de laranja em cima da mesa para mim. Sempre que venho preciso avisá-la antes para que ela faça o meu bolo preferido, ela faz questão e eu não sou louco de contrariar.
Como de costume, ela está colocando a garrafa térmica sob a mesa e sorri ao me ver. As xícaras já estão posicionadas em cima do pratinho que é para colocar o pedaço de bolo.
Minha mãe teve problemas para engravidar, foram muitos anos de tentativas. Ela pensou que nunca conseguiria realizar o sonho de ter um filho, até que após muitas novenas e uma fé inabalável de meu pai, ela engravidou de mim. Ou seja, sou filho único e devido às circunstâncias ela gosta muito de me mimar, ainda mais agora que estou morando sozinho.
- Oi, mãe - sorrio ao vê-la e me aproximo para abraçá-la.
- Oi, meu Chris. - ela sorri e beija minha bochecha.
- O cheiro está maravilhoso, dona Alexandra - fecho os olhos para poder sentir o cheiro do bolo mesclado com o de café. Volto a olhá-la e ela está com aquele mesmo sorriso bobo de todas as vezes - Como você está?
- Estou bem, meu filho. E você?
- Também. Estou um pouco cansado porque hoje o serviço foi um pouco puxado. - nos sentamos à mesa - E o papai, está aqui?
- Sim. Deve estar terminando de tomar banho.
- Quero contar algo para vocês, mas quero que os dois estejam juntos para ouvir - pisco para ela.
- Sério? - ela sorri - Agora fiquei curiosa.
- Eu também fiquei, hein? - meu pai entra na cozinha e como de costume bagunça meu cabelo.
- E aí, como você está, pai? - sorrio.
- Estou bem, meu filho. Graças a Deus. E você?
- Bem também.
- Qual é a novidade que você tem para nos contar? - ele diz se sentando ao meu lado.
- Estou namorando! - digo animado e ele sorriem.
- Que legal, meu filho! - minha mãe bate palmas animada.
- Como ela se chama? - meu pai pergunta.
- Se chama Dulce. Ela é incrível, tenho certeza que vocês irão amá-la.
- Ela é da sua faculdade? - minha mãe pergunta.
Eu sabia que assim que contasse que estou em um relacionamento, minha mãe faria um questionário sobre a pessoa e isso era justamente o que me preocupava. Tinha medo de que ela julgasse Dulce sem conhecer, porque nessas situações é difícil saber qual será a sua reação. Respiro fundo antes de responder e peço a Deus que ela seja compreensível
- Não - respondo simplesmente.
- E onde vocês se conheceram, então? - ela pergunta apoiando seu queixo em sua mão.
- Ela é mãe do Henrique. A conheci por meio dele.
Percebo a expressão da minha mãe mudar assim que respondo e meu pai se mexe na cadeira sabendo o que vem a seguir, mas se mantém em silêncio esperando a próxima pergunta de minha mãe.
- Quantos anos essa mulher tem? - franze o cenho.
- Trinta e cinco.
- Meu filho... - sei que ela está iniciando um sermão, mas para a minha sorte meu pai a interrompe.
- Estou feliz por você, meu filho. O importante é vocês estarem felizes - ele coloca a mão em meu ombro, demonstrando apoio -, é apenas isso o que realmente importa né, Alexandra? - ele sorri para minha mãe que dá um pequeno sorriso que deixa claro que ela não está concordando com isso realmente - Convide ela para vir almoçar aqui no domingo, meu filho. Quero muito conhecê-la e tenho certeza que sua mãe também.
- Com certeza, meu filho. - ela força mais o sorriso - Chame o Henrique também.
- Farei o convite - sorrio.
Acho que foi a tarde que menos comi. Mesmo bebendo o suco após comer o bolo, parecia que ele simplesmente não queria descer direito. Meu pai até tentava me distrair com alguns assuntos aleatórios e brincadeiras, mas eu não conseguia deixar de prestar atenção em minha mãe, que estava visivelmente pensativa.
Fico feliz por ter o apoio do meu pai, mas também me sinto preocupado com a reação da minha mãe. Ela não é uma pessoa controladora, mas acho que a situação é um pouco inesperada para ela e o problema é que ela não sabe disfarçar quando fica cismada com algo ou quando não gosta. A única coisa que me resta é torcer para que se Dulce aceitar conhecer meus pais no domingo, que tudo dê certo. Sei que meu pai vai querer conhecê-la de coração e cabeça abertos, mas minha mãe é o que me preocupa.
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Inevitable (CONCLUÍDA)
FanfictionDulce Maria não imaginava que se sentiria tão atraída pelo melhor amigo de seu filho, 15 anos mais novo do que ela. Desde quando conheceu Christopher se sente completamente atraída por ele, mesmo que se sinta culpada, a vontade parece não acabar e s...