Capítulo V

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Quando o relógio anunciou que já se aproxima do meio-dia então assenti que estava na hora de permitir enfrentar meus problemas e mais vergonhoso seria não vencer esses horripilantes preconceitos

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Quando o relógio anunciou que já se aproxima do meio-dia então assenti que estava na hora de permitir enfrentar meus problemas e mais vergonhoso seria não vencer esses horripilantes preconceitos.

— Degustando um chá antes das cinco, Milady?

— Desde quando sou inglesa, querida amiga?

— Não seja indelicada, Valentine. — Reprendeu Margot coberta em suas estampas berrantes, a meu ver, o vestido lembrava um verde intensamente limão broxando ao amarelo primaveril. — O quê? — Ela abdicou da xícara de chá instantaneamente.

— Nada! — Fitei para a janela que se iluminava com o quente sol da tarde tendo as palmeiras a refrescar o ambiente.

— Não me diga que minha roupa lhe incomoda, Valentine?

— Incomoda-a, Srta. Margot?

— Eu até lhe contaria, mas prefiro manter segredo. — Reclamou, chantagem era o seu sobrenome.

— Agora que iniciou termine. — Provoquei — Eu insisto! — Até desisti daquela xícara de chá.

Como desejei Margot entregou-me uma carta e a mesma detinha o selo em letras gregas com os dizeres, ômega e beta, pertencente ao bom senhor que ao longo desses últimos anos envia-me cartas de meu falecido pai e de certa forma mantém ele vivo, embora nem que seja apenas em meu quebrantado coração.

— Então? — Indagou curiosa — É de seu pai ou ele, o Sr. Ômega e beta é quem redige?

— Não seja inconveniente, Margot. — Reprendi — Hoje tu irás ao teatro e eu irei ao encontro desse senhor. — Um toque do chá de frutas vermelhas levei a boca e afirmo estar precioso.

— Está convicta, Valentine?

— Logo afirmo cara amiga que está bebida está divina — Revirei os olhos — Srta. Margot. — Sorri — Acredito que deva provar antes que esfrie.

— Já que minha presença não lhe agrada, irei ao teatro.

— Faz muito bem, outrora, eu irei conhecer as imperiais instalações, — Debochei, medo senti. — Taverna, náufragos e degradados.

— Que o bom cocheiro lhe ilumine e não a leve ao quilombo, assim como aconteceu com a primeira esposa de seu pai. — Disse a esnobe Margot se afastando de minha presença. — Qual era o nome dela mesmo, — Ela fingiu uma amnésia. — Victoria Ward. Duquesa de Madrid e amante do primeiro imperador do Brasil, não é?

— Acredito que deva se preparar para logo mais a noite, aproveite que nutro uma simpatia por vossa excelência.

— Majestade! — Ela zombou e até entoou reverencias.

Açúcar: O último beijo/ Livro 3 da série Açúcar.Onde histórias criam vida. Descubra agora