Capítulo VIII

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— Quando poderei levá-la de volta a França, doutor?

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— Quando poderei levá-la de volta a França, doutor?

— Acredite é uma péssima hora, Sr. Leblanc. — Afirmou o doutor Orleans — No momento eu preciso de água. — Corrigiu — Compressas de água, mas é para ontem. — Gritou e sua voz ecoou sobre aquela habitação.

— Ainda insisto em uma resposta, Dr. Louis.

— O senhor ama realmente sua neta? — Ele fitou nos olhos do senhor barão em busca de uma resposta que não fosse a emoção.

O velho Leblanc até responderia, mas ao ver aquela garota deitada sobre aquela cama, dormindo para eles, na verdade, eu podia me observar, era como se estivesse fora desse corpo, acredita, pode soar como tolice, mas não duvide eu vejo perfeitamente uma garota ainda jovem, pele branca levemente rosada, lábios que se assemelham ao morango devido ao seu intenso vermelho, claro, essa audácia devo a minha melhor amiga, enfim, linhos brancos que se eternizavam com glamour a decoração do quarto tendo as roupas frias harmonizando um contraste louco com aquela atmosfera que recordava a morte.

— Aqui está, doutor. — Sussurrou Margot em meio ao mar de preocupação que refletia sobre seus olhos. — Salve-a, — Suplicou — não a deixe morrer. — Eles depositaram uma eternidade de panos úmidos sobre minha testa, claro, eu estava morrendo.

Porque eu lutava, porque resistia e qual o motivo me prendia no mundo dos vivos me questionei. Os olhos fechei, pois, mirar aquelas pessoas me entristecia, eles nem me viam, avistavam apenas uma adormecida que flertava intensamente com a morte e a vida renegava.

— Hoje é o aniversário de sua mãe...

O velho Tristan esperou todos se retirarem daquele quarto e na cadeira aos pés de minha cama tendo um livro em suas mãos, cansadas mãos, barba branca, vista cansada, infelizmente a idade denunciava que a morte tão breve o visitaria, entretanto, sobre a luz de um tolo castiçal e o deleite do luar na janela ele murmurou e a infância que desfrutei no castelo Leblanc resplandeceu em minha memória.

— Infelizmente é o aniversário de um homem que levou sua mãe ao hospício, — Lamentou-se — Perdão! — Sorriu — A senhorita nem que se quer me escuta. — Queixou-se.

Gostaria de lhe dizer o contrário, mas aceito que meu coração está morrendo.

Talvez eu possa compreender o barão de Liverpool, o Sr. George Ward, meu pai. E só agora aquela estranha carta traduz as palavras que jamais compreendi.


Rio de Janeiro, 1831....

Rio de Janeiro, 1831

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Açúcar: O último beijo/ Livro 3 da série Açúcar.Onde histórias criam vida. Descubra agora