Valentine Leblanc Ward é filha do horripilante barão George Ward. A jovem garota é neta do barão da Normandia, mas fora criada em um convento na França e sem a figura de uma família seu coração se encheu de mágoas. Porém, após ser dada em casamento...
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Imagine a cena, então descreverei uma convencida mulher subindo as escadarias daquela centenária casa, a mesma sentia-se a mais perfeita e divina de todas, ao seu lado, o homem que conhecera anos atrás, claro, se a ama já não sei, enfim, a sua face de alegria verei ruir como um cristal, pois quando ela me fitar será como se tiveste visto uma assombração.
— Não sei o motivo que o traz a essa casa? — Indagou a nojenta voz feminina, a meu ver, no corredor daquele antigo casarão colonial.
— Eu preciso, vê-la. — Insistiu o cavalheiro.
— Se insiste, assim seja... — Tola mulher, posso desenhar sua cara de nojo apenas escutando sua enjoada voz.
Quando há linda mulher de pele negra, bela, olhos mentolados quase dourados, cabelos compridos, diria cacheados e tão negros como o céu da meia-noite irradiou naquele quarto, sua face ficou tão pálida como as estatuas vivas da antiga cidade de Pompeia. Surpresa ela estava, outrora imagine eu que até poucos segundos dormia o sono da morte. Entretanto, minhas visões foram tão reais que ao avistar a sonsa mulher assenti que sempre estive acordada, pois, de alguma forma já o conhecia e sabia que essa donzela veste a máscara de cordeiro sobre sua face de lobo das trevas.
— Seria essa a sua santa adormecida, Sr. Jackson. — Disse ela aos pés de seus ouvidos, a qual tão surpreso como ela não imaginava que um dia essa santa adormecida acordaria.
— Valentine... — Ele se aproximou e afastou suas mãos da desconhecida senhorita. — Comunique a todos que Valentine acordou! — Ordenou — Agora, Teodora.
Seria gratificante se todos soubessem que a Srta. Teodora Vilar também é uma assassina, imaginei, porque não?
— Senti tanto sua falta. — Disse ele assentando-se ao lado de minha cama. — Imaginei, pensei, — Ele gaguejou — supus que nunca mais acordaria.
Quanta falsidade Elijah, a dias, semanas, meses, anos que não me visita, contudo acredita que irei me derreter com palavras vinda de sua boca? Quem ele acha que sou, uma idiota, uma criança mimada e apaixonada talvez?
—Fico triste por frustrar seus planos.
— Jamais, Velentine. — Ele até ousou sorrir — Me alegro em saber que está bem.
— Bem? Olhe para mim, Elijah, e diga se realmente está tudo bem. Acredite Sr. Jackson, nada está bem.
— Eu compreendo.
— Compreende? Diga-me como vossa senhoria compreende? Por favor, eu tenho muito tempo, afinal dormi sete anos.
— Como sabe de tudo isso? — Ele me olhava como se eu fosse uma mulher que a ciência ou a igreja devesse estudar.
