Capítulo VI

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Há momentos na vida que desejo ocultar nas profundezas da terra, selar, esquecer e com uma borracha apagar para sempre todos os fracassos de minha vida, contudo alegro-me em poder amar

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Há momentos na vida que desejo ocultar nas profundezas da terra, selar, esquecer e com uma borracha apagar para sempre todos os fracassos de minha vida, contudo alegro-me em poder amar.

Quando voltei para casa e quando no galopar do cavalo me deixaste na companhia desta linda estrela amarela que arde sobre minha cabeça tendo o anilado céu como companhia tive a honra de me banhar no perfume da rosa-vermelha que colheste no jardim e, consequentemente me entregaste, seu sabor, sua fragrância com louvor se eternizaram em minha memória.

Quando adentrei e pus meus olhos sobre a madeira cor de brasa que adornava o piano, encontrei a quem me manteve viva por muitos anos não fosse tal objeto temo que teria cruzado um caminho sem volta. 

— Encontraste minha joia ou estou delirando, Srta. Margot? — Indaguei mergulhada sobre uma mare de sentimentos das quais temo não ter uma simples definição.

A linda moça de olhos tão azul como mais azul do céu e do mar não me respondeu, e a delicada pele refletiu as cores vermelhas, em resposta a sua vergonha.

— Margot! — Reprimi com os olhos — Não me obrigue a clamar por vosso nome senhorita?

— Recuperei sua joia — Respondeu de certa forma indignada — contente-se em saber o que lhe permito. — Disse ela um tanto frustrada.

— Como fora seu passeio ao teatro?

— Não se assemelha aos eventos do velho mundo, — Ela esboçou um leve sorriso e o livro que trazia consigo fora seu companheiro ou uma desculpa para limitar-se as minhas perguntas — contudo fora de grande valor. — Acrescentou ela.

Algumas semanas depois...

Um medo que detinha a força de mil cavalos, a ira de mil feras da natureza e precinto que a morte também faz se presente, contudo, o resgate do Sr. Laitano é um caminho sem volta. Quando os relâmpagos propagaram pelo horizonte era como se vossa fuga fosse anunciada pelos deuses, não esqueci dos trovões e tampouco que o dia ocupara o lugar da noite e ambos brincaram de se esconder.

— Vai mesmo acreditar nesse homem? Está certa que o coronel é de confiança? Acredita que ele é mesmo vosso amigo, Valentine? — Indagou Margot.

A carruagem de fronte para a taverna, Náufragos e Degradados, soou ser um trunfo perfeito o que provava atentar contra minha paciência era as inúmeras perguntas de Margot.

— Acredite, confiarei no coronel na mesma intensidade em que depositaste sua confiança em mim.

— Afinal, a senhorita refere-se a essa joia que adorna vosso decote?

— Devo mesmo lhe responder?

— Não! — Seus olhos cuspiam fogo — Seu amor resume-se em objetos e não há sentimentos, Srta. coração de pedra. — Provida de palavras que afirmo trouxeram tamanha tristeza jamais sentida

Açúcar: O último beijo/ Livro 3 da série Açúcar.Onde histórias criam vida. Descubra agora