Depois de vários e vários minutos tentando entender o que estava acontecendo com Ellen, chego a uma conclusão: precisaríamos ir ao médico.
Não era fralda suja, nem fome e muito menos cólica. Ela só poderia estar sentindo alguma dor ou incômodo em algum lugar. Respiro fundo diversas vezes assim que termino de colocar Hévora na cadeirinha, coloco a chupeta marrom em sua boca e ela resmunga a cuspindo, fecho a porta de meu carro e dou a volta entrando no banco do motorista, coloco o cinto e olho Hévora para ter certeza que ela não choraria fazendo com que eu parasse de dirigir e estacionasse.
Vou para o hospital que ficava localizado perto do meu prédio, depois de achar uma vaga, saio do carro e abro a porta do banco de trás para poder tirar Hévora da cadeirinha e pegar a bolsa pesada de Hévora. Depois de trancar o carro com facilidade, vou para dentro do hospital e como previsto, assim que Hévora olha para o enorme prédio, ela começa a chorar.
Passo por todo o prédio com Hévora chorando desesperadamente em meus braços até a pediatria, converso com a enfermeira que ficava atrás do balcão e ela explicar que a Doutora Kimberly havia se aposentado e outra mulher havia entrado em seu lugar. Ela não me da muitos detalhes sobre isso, apenas pede para que eu preencha um formulário e assim eu faço — ainda com Hévora chorando em meus braços.
Preencho o formulário com dificuldade já que Hévora não sabia se chorava ou se tentava pegar a caneta da minha mão, entrego para a recepcionista que vai para dentro de uma sala no fim do corredor e Hévora volta a chorar atraindo a atenção das outras mulheres com bebês de todas as idades.
- Hévora, olha para a mamãe. - coloco Hévora sentada no meu colo e vejo seu rostinho vermelho pelo choro - Olha só, o ursinho poof veio te ver. - pego o urso de pelúcia que estava pendurado em sua bolsa e com dificuldade, consigo colocar sua atenção sobre o ursinho e ela o agarra. Coloco a chupeta em sua boca e ela fica mexendo na orelha do urso amarelo.
Sorrio satisfeita ao ver que ela havia parado de chorar, passo a mão por seu rosto limpando as lágrimas que haviam escorrido e beijo sua cabeça com poucos cabelos.
- Ela tem medo de hospitais? - uma mulher com um bebê aparentemente uns meses mais velho que Ellen pergunta sentada ao meu lado.
- Ela morre de medo. - digo ainda sem jeito pelo show que Hévora havia dado e olho para o bebê que parecia encantado pelo ursinho de Hévora - Oi gracinha. - brinco com o menino que sorri para mim.
- Noah tinha medo também... Ele reagia da mesma forma que sua filha reagiu. - explica aparentemente querendo me mostrar que eu não era a única que passava tal vergonha em público.
- Vejo que ele superou esse medo.
- Ele só superou depois que começou a vir nas consultas com a Doutora Topaz, eu acho que ela é alguma santa. - diz em um tom brincalhão.
- A nova Doutora se chama Topaz?
- Antoniette Topaz. - da de ombros arrumando Noah em seu colo - Agora o Noah fica super feliz apenas por ver o hospital. - ri olhando para o menino.
- Espero que essa Doutora seja uma milagreira... Por que para pegar a confiança dessa garotinha esquentadinha, é difícil. - dou uns tapinhas leve na perna de Hévora que parece não se importar.
- Acredite, ela é.
- Noah Leonel? - ouço uma voz doce logo depois que a porta é aberta e uma mulher com uma estatura mediana, com uma roupa toda branca, um jaleco cheio de bichinhos, o cabelo solto com umas mexas coloridas evidentemente falsas e um pouco de glitter no rosto aparece com uma prancheta em mãos.
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Adorável Hévora - Choni
Fanfiction[Finalizada] A vida de Cheryl vira de cabeça para baixo quando Hévora chega a sua vida trazendo consigo chupetas, fraldas sujas e muitas, muitas noites em claro. Cheryl se vê entrando em uma nova jornada quando sua filha completa três meses, ficand...