Epílogo

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- Vamos Eva, escolhe um bolinho. - Toni diz animada empurrando dois cupcakes que continuam um "falso" e "verdadeiro" em uma etiqueta em baixo. Eles iriam revelar o sexo do bebê.

- Opa, bolinhos. - Hévora fala no mesmo tom estendendo as mãos para pegar um dos bolinhos, tira o papel e da uma mordida.

- Qual foi a cor? - pergunto e os olhinhos azuis de Hévora caem sobre a massa do pequeno bolo. Um enorme bico chorão se forma em seus lábios e ela empurra o bolinho para longe revelando uma massa rosa.

Em segundos, Hévora já chorava e seguro a rosada ao pegar o bolinho e ver que estava escrito "falso" de baixo do mesmo.

- Não quero uma irmãzinha. - Hévora fala enquanto chorava e Toni se inclina ao meu lado vendo a etiqueta e então ri.

- Eva, o que está escrito aqui? - Toni pergunta pegando gentilmente o bolo de minhas mãos e mostra para Hévora.

- Falso. - fala limpando as lágrimas que rolavam por sua bochecha com as costas de sua mão.

- E o que significa falso? - pergunto.

- Que não é... - Toni a olha esperando que ela complete a frase.

- Verdade? - pergunta em tom de dúvida e afirmamos com a cabeça.

- Que tal você comer esse. - empurro o outro em sua direção e ela rapidamente o pega, da uma enorme mordida e arregala os olhos ao ver a massa azul.

- É AZUL, MAMÃE. - vira para nós duas e um enorme sorriso nasce naquele rosto que revelava o choro recente.

- É um menino, amor. - concluo e Hévora se mexe na cadeira risonha antes de dar uma nova mordida.

- Você vai ter um irmãozinho. - Toni diz com uma entonação animada fazendo a menina de quatro anos e meio rir.

- Ainda bem, eu não queria uma irmãzinha. - passa a mão por sua testa demonstrando alívio.

- Percebemos. - cruzo os braços fazendo as duas rirem.

- Mamãe, posso ir para o meu quarto? - Hévora pergunta e afirmamos com a cabeça.

- Coloque chinelo, está frio. - Toni avisa e Hévora afirma com a cabeça colocando o cupcake sobre a mesa, descer e o pegar antes de sair correndo para fora da cozinha.

- Eu não acredito que ela chorou. - minha grávida favorita se vira para mim com um sorriso divertido e leva o cupcake rosa até sua boca dando uma mordida.

- Somos péssimas mães por estarmos rindo disso. - digo afirmando com a cabeça e Toni ri antes de passar um braço por meus ombros, aproximar seus lábios dos meus e me dar um selinho.

- Somos. - afirma com a cabeça e pouso minhas mãos por sua cintura - Por que eu sinto que ela iria dizer: "mamãe, volta ela para a sua barriga" quando o bebê nascesse e fosse menina?

Toni junta as sobrancelhas e leva o resto do cupcake até sua boca. A olho com atenção e rio acariciando sua cintura.

- Por que é a cara dela dizer isso. - falo segurando a risada.

- MAMÃES, EU NÃO ESTOU ACHANDO OS MEUS CHINELOS. - ouço o grito de Hévora e em seguida seus pisados demonstrando que ela estava correndo.

- Estão perto do sofá. - Toni vira o pescoço em direção a Hévora que aponta a cabeça para dentro da cozinha.

- Obrigada. - grita para então voltar a correr.

- Pare de gritar, Hévora. - minha voz sai em um tom de repreensão e ouço minha filha dizer um "desculpa" da sala.

Adorável Hévora - ChoniOnde histórias criam vida. Descubra agora