Após desistir da liderança e ser expulsa de sua matilha, Lupita prefere seguir seu rumo sozinha para descobrir de fora oque realmente alguns lobos escondem.
Czar é da matilha Meia-noite, e além de ser irmão do líder também é seu braço direito, o ent...
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Eu nunca tinha ido para aquelas montanhas cobertas de neve ao norte, já estou com saudades do calor do sul e o principal motivo é por que meu corpo e pelo demoraram para se adaptar ao frio.
Eu já não conseguia mais respirar direito e minhas patas estavam me fazendo bambear, por causa do cansaço.
O meu corpo pesado me fez por segundos deitar um pouco para descansar, mas só de sentir aquela neve fria, despertei de imediato e me levantei do chão em um sobressalto, fazendo-me ativar meus poderes voltando a minha forma humana com uma roupa nada apropriada em um dia de neve.
Voltei de imediato a minha forma lupina e acabei espirrando, fazendo ecoar o som pelas montanhas, olho para trás e vejo o completo branco e minhas pegadas sendo apagadas na neve.
Mas o meu cheironão.
Vou a seguir literalmente sem rumo, mas eu também não podia ficar na minha matilha sem saber oque tanto eles planejam sem me dizer, como eu poderei me considerar uma verdadeira lider sem poder liderar?
Isso não existe, é injusto vindo deles, os suditos do meu pai se rebelaram contra mim assim que ele morreu, o braço direito dele de imediato me propôs um casamento, mas eu não podia aceitar.
Eu não podia aceitar que um homem ficasse a minha frente como assim foi com a minha mãe, ela era filha do líder e se casou com o meu pai antes mesmo do meu avô morrer.
Ah meu avô, se você ainda pudesse estar aqui, iria consertar as coisas como sempre fez, colocar cada um em seu devido lugar e ordena respeito perante a mim, sendo o lider mais respeitado.
Mas assim que ele morreu meu pai demonstrou ser uma pessoa fria e não se importar com nada, tomou poder absoluto e passou minha mãe para trás, não a convidando para mais nenhuma reunião da matilha.
E por causa desse machismo estou aqui, sozinha sem carinho nem a compreensão do meu avô que me apoiaria a lutar pelos meus direitos naquela matilha, eu sou uma fraca!
Mas tudo isso é culpa da minha mãe, ao invés dela me ensinar a lutar pelos meus direitos ela me ensinou a ser uma fraca, uma medrosa, uma covarde como sempre foi!
Não posso negar que meus olhos lacrimejam neste exato momento, mas eu não irei chorar, pois isso não conserta meus problemas, a matilha do Luar está atrás de mim e pelo o que parece, Amarok quer a minha cabeça em uma bandeja de ouro.
Escuto uivos de coiotes não tão longe de mim, me fazendo temer o pior de imediato, com a força do medo corro desesperadamente sem olhar para trás e sigo subindo o mais rápido que posso a estrada incerta que poderia acabar com a minha vida também.
Vejo um pouco distante uma caverna que poderia me ajudar a me esconder, subo ainda mais rápido e pela velocidade, acabo não notando uma pedra a minha frente, e a minha pata deslizar nela.
Seguro firme minha vontade de uivar de dor, me levanto com um pouco de dificuldade, e percebo que não torce a pata, apenas pisei de mal jeito, escuto outro uivo de coiote mais próximo, e volto a subir mesmo sentindo uma leve pontada na pata.
Entro rapidamente na caverna já rolando no chão de cansaço, fico com os olhos fechados apenas respirando fortemente, me deito de bruços e começo a respirar pelo focinho, e foi aí, que eu percebi, que não estava sozinha.
Dou um pulo para trás dando de frente com o ser que estava sentado em uma pedra gigante, tendo em mãos um machado de cristal de gelo, me olhando friamente enquanto eu mantenho meus olhos arregalados.
Yeti, me desculpe por incomodá-lo!!!- Me curvo no chão suplicando perdão.
Então você tá aqui não é...?- Um dos coiotes entra na caverna e fala com ânimo, mas logo após escuto o uivo dele ir para bem longe.
Abro meus olhos e ergo a minha cabeça, vejo o yeti abaixar seu machado devagar após possivelmente ter arremessado o coiote para longe, o outro coiote que se encontrava parado com a boca aberta, fogi de medo da entrada da caverna.
Eu...- Tento falar mas ele me interrompe.
Oque faz aqui?- Perguntou calmo e sério- Por que esses coiotes estão atrás de você? Oque você fez?!
Eu não... não fiz nada- Me levanto do chão e me afasto um pouco para trás.
Então por que foges?!- Ele se levanta erguendo seu machado em minha direção- Quem é você?!- Ele levanta seu machado e eu me preparo para ser atingida fechando os olhos com força.
Tem uns guardas coiotes que estão atrás de mim- Me encolho bem na parede.
Por que eles estão atrás de você?- Sinto o machado em meu pescoço.
Por que eu não aceito me casar com o braço direito do meu pai- Sem conseguir me controlar me tranformo em humana.
Amarok- Ele fala com um dúvida e eu acento com a cabeça, abrindo meus olhos surpresa- Tinha que ser ele.
