16

5 0 0
                                    

Por acaso você tá falando das pessoas que se submetem viver debaixo dos seus pés?- Me transformo em humana e fico de frente para aquele grande lobo- Eu sei dá lei que vocês matam quem invade ou tenta invadir as suas propriedades, pois então me mate, eu não vou deixar de ser quem eu sou por sua causa...

Messa as palavras que iram sair da sua boca garota...- Rosna pronto pra realmente me atacar.

Eu sou uma Luar, e se os meus precisarem do meu sacrifício para viverem como bem entendem, eu me entrego a Amarok por eles...- Terminei de falar quase em um grito, não levei um susto pois já esperava aquela reação dele.

Eregon pulou em cima de mim como se eu fosse uma presa fácil para ele, e me derrubou no chão, se transformou em humano e olhou dentro dos meus olhos ferozmente.

Cala essa boca, cala a maldita dessa boca!!- Mesmo em forma humana era audível os rosnados dele.

Ohh, ficou bravinho por que eu falei de Amarok, foi?- Me apoiei com os braços para trás e me ergo ficando com o rosto a centímetros do dele- Más línguas me disseram que ele é muito bom de cama, se for assim, eu não vou sair perdendo nada- Nego com a cabeça sorrindo.

Você não sabe do que tá falando!!- Gritou novamente e eu pude sentir sua respiração ainda mais forte- Você não sabe quem ele é de verdade, para de falar essas merdas!

Saber que ele gosta de mim, torna essa tarefa de irrita-lo, muito mais excitante.

Ah, mas porquê?- Me aproximo do seu ouvido para sussurrar- Só queria te contar que eu tenho certeza que ele me levaria ao delírio em segundos...

Eu já mandei você ficar quieta!!- Me empurrou com força pelo ombro e o apertou contra o chão- Eu te proíbo de falar no nome dele, eu te PROÍBO, e se você voltar a falar sobre esse assunto novamente eu sou capaz de te matar- Disse rígido mais baixo- Vamos ver o que você vai fazer quando eu mesmo entregar os traidores ou até mesmo, fugitivos nas mãos deles.

Você não seria capaz- Nego com a cabeça tentando me levantar- Sai de cima de mim!

Me desafie se você for mulher de verdade- Sussurrou no meu ouvido.

Eu acho que sai de mim depois daquela frase, aquilo já era demais, me desafiar de uma maneira tão menosprezavel, eu não aguentaria.

Voltei a mim quando ele começou a gritar o meu nome tentando chamar a minha atenção, mas do mesmo jeito eu prosseguia sentindo algo.

Sentia uma irá em mim que nunca tinha sentido antes, a minha visão estava em infravermelho, tudo que eu queria era levar minha mão na cara dele.

Até que um flash forte passou em meus olhos, uma luz branca seguida de sussurros, eu fechei os olhos com força e tentei sair daquele transe.

Não conseguia ver nada, apenas ouvia gritos, muitos gritos, consegui compreender algumas pessoas falando, parecia que elas falavam comigo.

"Cuidado, cuidado!", "Fala que não!", "Diga não!", "Seja forte!", "Você vai conseguir sozinha, Guadalupe!", "Não deixa isso acontecer!".

A última frase daquela mulher era de doer a garganta, mas parecia que era a minha garganta que estava doendo, era eu quem tinha gritado.

Depois daquele clarão se apagar eu pude ouvir uivos, sentia energia de vários ao meu lado, isso, do meu lado, ao meu lado tinha uma presença incrível.

Algo que eu nunca tinha sentido antes, era tão forte, tão ágil, e mesmo com os olhos fechados eu podia sentir a velocidade de seus movimentos perto de mim.

Eu queria muito ver quem era, forcei, forcei, até que consegui abrir meus olhos, mas dessa vez, eu estava em um campo.

Ele era enorme, com as gramas altas, margaridas amarelas que ajudavam a colorir aquela linda paisagem iluminada pelo por do sol. Eu lembrava daquele campo.

Eu sentia uma alegria imensa junto com a vontade de correr ali, igual eu fazia com a minha mãe, isso, esse é o campo do acampamento do Lua.

Só que ele parecia mais límpido, muito mais bonito, ou era por que eu estava feliz? Não sei, só sei que eu corria alegremente indo em direção ao sol.

Até que eu vi uma mulher embaixo de uma árvore, minha mãe, pensei assim que vi uma criancinha pequenina ao seu lado.

Mãe!- Gritei sentindo o ânimo e as lágrimas me consumirem.

Eu nunca havia sonhado com a minha mãe, antes mesmo da morte dela eu nunca tinha sonhado com ela, aquilo era mágico e eu não iria perder a oportunidade.

Lupita, para!- A voz suplicante de alguém que eu conhecia me fez parar.

Parei de correr enquanto as lágrimas que agora pareciam escorrer por motivo de tristeza encharcava meu rosto por inteiro.

Meu mundo se desmoronou, parecia que eu tinha feito algo ruim, pós as mãos na cabeça e ajeito meus cabelos para trás enquanto eu me virava frenética.

Essa... é a direção certa, vem comigo- Aquele homem falou trêmulo para mim e eu dei alguns passos a frente pronta para segui-lo.

O que você pensa que está fazendo?!- Pegou forte em meu braço e me fez virar para encará-lo- Eu te dei tanta educação pra você no final de tudo não entender que quando se torna Alpha, a sua matilha vem em primeiro lugar!?

Mas pai, eu não quero ficar com ele- Falei com lágrimas nos olhos e em um instante não estávamos no campo, estávamos em um local escuro.

Então você tá desistindo da gente?- Olhei por cima de seu ombro para...- Eu acho melhor você dormir, e deixar que a Lupita seja controlada por mim!- Disse firme e confiante.

Era eu, uma versão minha muito interessante, com um vestido branco que ia até os joelhos, cabelos solto e alinhados para trás com gentileza.

Olhei mais a baixo e tinha um garotinho segurando sua mão, poderia ter no mínimo uns dois anos aquele garoto, cabelos cor de mel, em forma de tigela.

Olhos azuis, não parecia ter um estilo brincalhão, era quieto de mais para ser travesso, olhos profundos, sério demais para uma criança, parecia até mesmo comigo.

Eu fui criada desse jeito, lembro-me bem que eu não costumava brincar, meus pais não deixavam, no caso meu pai não deixava, mas eu prometi que não daria a mesma educação severa a meu filho.

Ele não poderia ser meu filho, mas estava com a mão agarrada a minha, a minha versão cujo sorriso forçado fazia parte, seus olhos transmitiam infelicidade.

Você vai fazer pelo bem da sua matilha, entendeu?!- Meu pai segurou firme meu braço- Não me faça passar vergonha na frente de milhões de servos, seja mulher!

Por favor Hell, solta ela!- Minha mãe implorava do lado de fora do quarto.

Você me entendeu garota!?- Apertou ainda mais meu braço, ergueu a mão e deduzi que pretendia me bater novamente.

Meus cabelos cobriam meu rosto, enquanto eu respirava ofegante pelo medo, talvez, ele me dava medo, aquele homem me dava medo.

Me solta, se não...- Tento fazer com que ele solte meu braço.

Se não, o que?- Me puxou para mais perto e sussurrou no meu ouvido- Me desafiei se você for mulher de verdade, você não passa de uma garotinha mima...

Lobos- Saga| The Seven Days IIOnde histórias criam vida. Descubra agora