Como Se Livrar de um Vampiro Apaixonado

14- Efeito Camarão (parte 1)

Olá, acho q essa deve ser a segunda vez q eu falo antes de começar os caps kkkk
Mas a razão disso é pq eu sinceramente abandonei a fic aqui e me desculpem de vdd por isso. Postei um cap ontem so pra eu descarregar minha consciência e uma leitora me agradeceu como se eu estivesse fazendo algo super importante. Isso me cativou muito de vdd<3
Vou postar o resto dos caps como forma de redenção aqui kkkk
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Eu tenho várias memórias boas com a minha mãe. Uma delas é de quando xingaram minha aparência pela primeira vez, eu tinha 15 anos. Eu tava um caco, senti vergonha de mim mesma e não queria mais sair pra nenhum lugar. Até que ela me encontrou e perguntou o que estava acontecendo, e eu mesmo relutante acabei desabafando, depois ela me abraçou e começou a dizer o quanto eu era especial.

De repente, eu esqueci do que haviam me xingado ou quem me xingou, era só eu e ela. Então eu descobri o quanto amava minha mãe, mas do que eu podia falar ou demonstrar. E disse a mim mesma que tentaria ser uma mãe tão boa quanto ela um dia.

Pois é, só que o que eu não sabia é que seria mãe agora.

Engoli em seco. Eu senti minha garganta doer e minha visão embaçar. Não sei o que estou sentindo, confusão e um choque talvez. A única certeza que eu tinha, é que eu iria ter essa criança com ou sem o consentimento de Evan. Mesmo que eu não quisesse ter o bebê e tentasse abortar, é impossível. Uma criança vampira dentro de uma mãe humana é quase mortal, se tentarem abortar ele eu morro junto. Ou seja, não há aborto. De qualquer forma, eu não quero tirar a vida dele.

Me levanto do chão com as pernas ainda bambas. Nem lembro como vim parar aqui no chão, acho que o choque fez isso. Olho meu reflexo no espelho e tento respirar fundo. Agora eu preciso ter calma e cautela.

Eu jogo o exame fora e tranquilamente saio do banheiro para o meu quarto, ou melhor o de Evan. Ainda que eu esteja sem reação, tenho que tentar me esforçar ao máximo para ele não notar. Quando chego, Evan não está na cama e aparentemente nem no quarto. Oque me dá uma vantagem, porque aí não preciso atuar nem mentir.
Aliviada eu me deito na cama, porém não consigo pegar no sono. Tudo o que aconteceu me atormenta e deixa impossível pregar os olhos. Sento na cama, encarando a parede do quarto. Enfrento o dilema se devo contar agora ou não para Evan. De alguma forma eu ainda não me sinto uma grávida, me sinto apenas como eu mesma, talvez faça parte. Estou me levantando para beber um chá na cozinha e vejo Evan na varanda.

Ele está de costas pra mim e se apoia do parapeito, admirando sem preocupações a noite lá fora. Evan deve enfrentar seus dilemas diários tanto quanto eu.
Me levanto para ir à cozinha, mas quando vejo na verdade estou indo rumo à varanda. Entro lentamente, mas é bem óbvio que Evan percebe a minha presença, porém não se mexe, permanece da mesma forma. É um pouco estranho para mim estar aqui agora, com uma pessoa que não sei o que sinto, mas acabei de beijar faz quinze minutos.

Fico observando também por um tempo a noite, um pouco fria até, mesmo assim perfeita para ser contemplada. A presença de Evan já não me incomoda mais, eu não sinto um estranho do meu lado, sinto um amigo, alguém que eu possa confiar.

-Você está bem?- Percebo pelo canto do olho que ele está me olhando.

-Estou. Por que não estaria?- Tento sorrir para mostrar que é verdade.

-Não sei, mas você chegou aqui calada demais e um pouco estranha. Pensei que tivesse acontecido alguma coisa.

Em tão pouco tempo você me conhece tão bem Vaughan, pensei. Mas ao invés de falar algo bacana ou emotivo, eu resolvi que a melhor opção era simplesmente dar de ombros e voltar a encarar a noite. Comecei a pensar em formas das quais eu posso informar Evan sobre o bebê. Eu posso dizer agora, mas talvez seja cedo demais, nem eu mesma estou sabendo lidar com isso. Sei que Evan iria pirar, e com certeza eu não quero isso agora.