O Leão de Daemon e os Sete Pecados é apenas mais uma história situada na Pauliceia Desvairada, também conhecida como São Paulo, onde um bebê prestes sentir o sopro da morte, foi escolhido por Daemon para abrigar a alma de um de seus Quatro Cavaleiro...
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- Precisamos fazer um parto de emergência...
Santo André, janeiro de 1996, era uma noite de verão muito chuvosa, mas o hospital estava movimentado, um bebê prematuro precisava nascer, a jovem mãe logo foi levada para a Sala de Parto, acompanhada do jovem pai da criança de 27 semanas que estava prestes a nascer, e à espreita deles, em meio às sombras noite e da chuva, um velho homem que não era deste mundo, seu nome? Daemon, o Monsenhor do Inferno.
Na sala de parto, a jovem mãe sofria, enquanto os médicos se esforçavam para salvar mãe e bebê, enquanto isso, lá estava Daemon, como uma sombra, uma raposa observando atentamente o galinheiro, se preparando para dar o bote. Horas se passaram até que, às 23:04, o garoto finalmente nasceu, pesando apenas 500 gramas e com muita dificuldade de respirar, sendo levado às pressas para a UTI neonatal:
- O que está acontecendo? Pra onde estão levando o meu bebê?- Questionava a jovem mãe, cansada e apreensiva.
Mas os médicos agiram tão rápido que ouviram nem sequer o questionamento da jovem mãe, era a brecha perfeita que o tinhoso esperava, e ele não desperdiçou:
- É uma lástima ver uma criança tão pequena morrer dessa forma!- Afirmou. - Quem é você?- Questionou a jovem mãe, muito assustada. - Ninguém, apenas um negociante!
Espantados, o casal ficou sem reação vendo aquela presença diante deles, mas isso logo passou, pois, impaciente, o jovem pai logo questionou o Monsenhor do Inferno de uma maneira bem hostil:
- E-e o quer de nós? Não vê que estamos querendo saber do nosso filho? - Ah! O filho de vocês... o garoto de 500 gramas, o pequenino Ricardo Jorge Carvalho Guimarães, é uma pena, ele não vai sobreviver, seus pulmões estão muito comprometidos, pobre menino, não vai suportar mais que duas horas... os médicos não podem fazer nada, mas eu posso... - Como? - Isso mesmo, que tal fazermos um pacto? Eu salvo o seu filho e ele será forte e saudável, ele será tão incrível quanto nenhum humano normal jamais foi, ele será um dos meus leões, mas...
Nenhum dos dois escutaram o alerta do homem, eram jovens namorados e buscavam de toda maneira salvar a vida do primeiro filho, para eles essa era a prioridade, salvar seu filho, quanto às consequências... eles lidariam com elas depois, sendo assim, só havia espaço para uma resposta:
