O Leão de Daemon e os Sete Pecados é apenas mais uma história situada na Pauliceia Desvairada, também conhecida como São Paulo, onde um bebê prestes sentir o sopro da morte, foi escolhido por Daemon para abrigar a alma de um de seus Quatro Cavaleiro...
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Quem era? Calma, ainda tem muita coisa para ser explicada, aliás precisamos regressar para horas antes do incidente na mansão em São Paulo, pois os rumos dessa história nos levam ao Rio de Janeiro, para a vida de Carolina Valentin, uma jovem atriz que parecia estar no que seria mais um dia normal de gravação, era sua primeira novela das nove, “A Arte da Guerra”, onde ela interpretava uma recruta do exército que vive um caso amoroso com seu superior, não era a protagonista, mas novela das nove é o horário nobre e ela adorava fazer aquela novela.
As gravações começaram de manhã, era uma cena romântica entre o Capitão Márcio e a Soldada Valquíria, papéis do grande galã da novela Álvaro Cabrini e Carolina naquela novela, a jovem atriz de 20 anos estava muito empolgada, era natural, pois ela amava o que fazia, ser atriz fazia parte dela, da sua essência, do seu ser.
Álvaro chegou um pouco depois dela, ele era muito bonito, branco, cabelo da moda, barba por fazer em prol do papel, olhos verdes, corpo bem definido, rosto de príncipe e um sorriso encantador, ele já veio com as vestes militares de seu personagem, como de costume, ela o cumprimentou:
— Bom dia, Álvaro…
Mas ele, que geralmente a cumprimentava toda que vez que os dois iriam gravar, ignorou a jovem naquele dia, eles logo começaram à gravar, mas Álvaro errava suas falas constantemente à ponto de sair do set ofendendo a tudo e a todos, algo que ele jamais havia feito, todos estavam atônitos, dos outros atores até os cinegrafistas e o diretor, como era a única amiga próxima dele, Carolina decidiu chamar a responsabilidade para si:
— Não se preocupem, eu falo com ele!
Depois disso, ela seguiu Álvaro até o camarim dele, lá haviam garrafas vazias de bebida, meio cigarro encostado ao cinzeiro, dois saquinhos com cocaína dentro e mais cocaína pela mesa, Álvaro estava deitado no sofá, assustada com aquilo, Carolina foi até ele e questionou:
— Você está bem? — Vá embora, vadia! — Álvaro, você não maltrata as pessoas desse jeito! — Foda-se, agora some daqui, porra! — Álvaro, me diga o que houve… — Olha novata, estamos aqui para trabalhar, você não é a porra da minha psicóloga para questionar meus problemas, ponha-se no seu lugar, palhacinha de reality show!
