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Estou com o coração acelerado desde de que sai de casa eu realmente disse a ele mas também não disse, na verdade não expliquei, queria tanto conseguir falar sobre meus sentimentos conseguir dizer o que eu sinto por ele... mesmo não sabendo o que sinto de fato.

-Gulf seu paciente chegou e também os exames dele. -Um enfermeiro me avisa.

-Ok obrigado e pode mandar ele entrar. -Pego os exames e olho.

-Bom dia. -Boo entra sozinho.

-Bom dia Boo como passou a noite? -Pergunto.

-Bem... Bem melhor do que antes. -Ele fala e me parece nervoso.

-Isso é ótimo... bom... o senhor tem... leucemia. -Falo olhando para o papel.

-Como assim? -Boo pergunta um pouco desesperado.

-É o que os exames estão falando... o sangramento nasal é um sintoma comum nesses casos... A leucemia é o câncer dos tecidos formadores de sangue, incluindo a medula óssea. -Explico.

-Eu... eu não tenho muito costume de fazer exames... isso não ajudou muito. -Ele parece triste com isso.

-É o senhor deveria ter pensado mais no seu bem estar mas agora temos que fazer o tratamento a tempo, pode ser perigoso ainda mais que o senhor já tem uma idade avançada. -Falo com segurança.

-Ok... doutor pode ser... fatal? -Ele pergunta com medo na voz.

-Nao posso mentir pode ser sim fatal mas a do senhor ainda está em um estágio inicial indo para o segundo... uma transfusão de sangue pode te ajudar e curar o senhor. -Falo.

-Mas... eu não tenho parentes próximos... acho que o único nem deve saber de mim. -Ele ri quando fala do único parente.

-Eu posso te falar uma coisa? -Pergunto.

-Claro. -Ele presta atenção em mim.

-O senhor tem um filho certo?... ele está vivo... e eu sei onde ele está. -Boo fica parado. -Parece ser besteira ou o senhor pode estar me chamando de stalker mas por uma obra do destino eu cuido dele faz um tempo... ele se chama Mew... Mew Suppasit Jongcheveevat. -Falo.

-Me leva até ele? -Ele pergunta.

-Claro mas primeiro o senhor precisa refazer os exames quero ter certeza que só isso está te afetando e também para outros fins... -Explico e ele só concorda.

Levo ele até a sala de exames e consigo achar um colega que pode me substituir até eu voltar. Pego meu carro e levo Boo até em casa.

-Como ele está? -Ele pergunta.

-Bem, no começo ele tinha quebrado um braço e um dedo... mas agora está bem só estou cuidando dele para outras pessoas com más intenções não fazer mal com ele. -Explico.

-Obrigado... e a mãe dele? ela está bem? sinto falta dela. -Ele sorri quando fala dela.

-Ela... morreu... faz um tempo. -Falo e o sorriso dele morre.

-Ah... agora só tenho meu filho... meu filho. -Ele fala feliz.

-Sim. -Respondo.

Ouço a porta abrindo e ouço a voz de Gulf mas parece que ele não está sozinho.

-Mew... olha eu trouxe alguém que queria muito te ver. -Gulf fala com um sorriso no rosto.

-Quem? -Pergunto curioso.

-Pode entrar. -Ele fala com a pessoa.

Um senhor, não muito velho, entra e me olha e parece feliz ou emocionados em me ver... ele é aquele senhor que eu vi quando pesquisei meu sobrenome... o senhor me abraça sem falar nada, me sinto confortável no abraço dele, não sei o que fazer só abraço ele de volta.

Cuidando de um híbridoOnde histórias criam vida. Descubra agora