Conto nove : O caderno de desenhos

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Era um dia de outono frio e pintado em tons dourados e eu estava na minha segunda aula do dia, que para a minha infelicidade era química com o Prof.Robins. Hoje Londres amanheceu mais fria mas sem neve, estava -5 graus e eu vestia um par de botas pretas , o meu cachecol , meu casaco, e uma camisola verde, que destacava muita a minha beleza. Eu tenho cabelos ruivos, sardas, olhos verdes, tenho uns incríveis 1,67 de altura e sou a única menina de cinco irmãos. A minha família é cheia de médicos e empresários, mas eu prefiro o desenho e é isso que quero seguir na faculdade.

Vocês devem se perguntar quem é esta que está aqui a falar. Bem, eu sou a Charlotte James, sou londrina e tenho 17 anos. Estou no 11º ano de escolaridade. Mas vou começar a contar a história que deu nome ao conto, antes que a autora me bata por demorar muito.

Assim que tocou a campainha, eu arrumei as minhas coisas, agradeci ao Prof.Robins pela aula e fui para o pátio da escola, para desenhar alguém. Na verdade, apenas uma única pessoa. Desde que tenho 11 anos sonho com um rapaz de cabelos negros como o carvão, pele palida e um olhar azul frio. Mas no ano passado entrou um rapaz com essa mesma descrição aqui na escola. Ele não fala com ninguém e todos dizem que ele é um ótimo aluno, e hoje tomei coragem de ir falar com ele. Então reuni todas as forças que eu tinha e fui até a árvore onde ele sempre estava sentado.

Posso sentar-me ?- perguntei com voz tímida.

Sim.- respondeu o rapaz num tom arrogante .

Prazer eu sou a Charlotte. - apresentei-me

Eu sou o Andrew. Tu és a rapariga que me desenha todos os dias, não é ?

Pera, calma , respira como é que ele sabe? Com toda a certeza que foi a Julieta aquela boca de trapos. E agora? Charlotte calma, calma!

Sou sim, como é que sabes?- perguntei vermelha como um tomate

Já vi os teus desenhos, quando perdeste o teu caderno fui eu que o encontrei.- ele respondeu com um sorriso fofo e depois levantou-se.

O Andrew despediu-se de mim e saiu a andar, e eu bem fiquei atordoada com o sorriso dele.

Apenas alguns contos aleatóriosOnde histórias criam vida. Descubra agora