Conto treze: Os vidros da vida

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A muitos anos em 1900 e uns trocos, havia um chalé bem pequeno, com janelas pequenas, uma pequena porta, e um pequeno jardim com gnomos de jardim e um carvalho, nos grandes himalaias, onde vivia uma anciã mais velha que as fronteiras de muitos países. O seu poder de cura por poucos era conhecido, mas era enorme assim como o monte Everest ou então como a estrela mais alta no céu.

Certo dia, por volta das 16h00 já na hora do lanche a Anciã estava a tirar uma tarte de mirtilos, e umas bolachas com pepitas de chocolate do forno, quando lhe bateram a porta com a força de um urso. E a idosa caminhou e abriu a porta sem absolutamente nenhuma pressa, e quando viu o que estava na sua porta assustou-se, era um guerreiro que estava ferido e quase num estado de hipotermia. Ele pedia com a voz falha ajuda e a velha anciã com pena do jovem guerreiro deixou-o entrar e deitou-o no pequeno sofá para poder limpar as suas feridas.

Obrigado por me ajudar, se não fosse a senhora eu creio que morreria congelado. - o jovem agradeceu enquanto tremia de frio.

Não tens de agradecer, é o meu dever.- A anciã afirmou com uma voz amável enquanto limpava as feridas com água morna.m

Antes que o guerreiro dissesse algo, a idosa levantou-se e foi até um armário de onde tirou uma caixa de madeira quadrada e voltou a sentar-se perto do jovem. A anciã abriu a caixa e uma luz branca encheu o pequeno chalé no cimo das montanhas, de lá de dentro saíram vários pequenos vidros, que foram parar às mãos rugosas da idosa. Os vidros eram tão brilhantes que acabaram por ofuscar os olhos escuros do jovem guerreiro.

O que é isso? A senhora vai cortar-me ? - o jovem perguntou muito assustado.

Não, não te preocupes. Eles são mágicos e existem há milênios, porque são feitos de pó de estrelas e têm poder de cura. Eles vão ajudar-te a ficar melhor.- A velha idosa explicou com todo o cuidado.

O jovem fechou os olhos e deixou-se relaxar enquanto a idosa começou a fazer um feitiço de cura para curar todas as feridas internas e externas, e durante alguns minutos o pequeno chalé ficou em silêncio de palavras só com o barulho dos pequenos vidros mágicos. Assim que os barulhinhos mágicos cessaram, o jovem abriu os olhos e olhou para o seu corpo agora desnudo e viu que todas as feridas tinham desaparecido. Alegre e com um sorriso no rosto, o jovem levantou e prontamente agradeceu a idosa que o convidou para lanchar. E assim o fizeram, ambos comeram tarte, bolachas e beberam chá quente. Conversaram imenso e o guerreiro explicou o motivo de estar sozinho naquele lugar. Ele fugirá do seu país pq a era perseguido por ser judeu e quando chegou perto das montanhas havia sido atacado por um urso, com medo de não conseguir voltar para casa desidiu pedir ajuda naquele chalé. Assim que o chá da caleira acabou, o jovem guerreiro vestiu as suas roupas, despediu-se da velha anciã que havia salvado a sua vida, e deixou o pequeno chalé, deixando a idosa sozinha no seu eterno repouso. Quando o guerreiro já estava longe o suficiente a anciã cessou o feitiço e levou o seu chalé para outro lugar onde mais alguém precisava da sua ajuda.

Apenas alguns contos aleatóriosOnde histórias criam vida. Descubra agora