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"A humanidade não se divide em heróis e tiranos. As suas paixões,boas e más,foram-lhe dadas pela sociedade,não pela natureza"-Charles Chaplin.

22 de dezembro,2043

Izuku sabia que sua amiga não resistiu,ele não era burro afinal.

Ele corria pela estrada escura,se sentindo impotente,sua auto-aversão se estalando em seu ser. O menino acreditava que tudo era culpa dele,primeiro a morte de sua mãe e agora atala.

Izuku não sabia por quanto tempo havia corrido,suas pernas imploravam por descanso e,seu estômago rugia de fome.

O garoto olha para trás assustado,esperando que a qualquer momento seu pai aparecesse e o levasse de novo para seu inferno particular.

Depois de andar por mais algumas horas,Izuku avista os primeiros raios solares no céu,não apenas isso mas também uma farmácia 24 horas.

Com toda a sinceridade,Izuku não tinha noção sobre o que iria fazer,provavelmente seu pai espalhou que ele havia "sumido",não restava outra opção se não conseguir dinheiro para pegar um ônibus e ir embora dessa cidade.

Mas a questão era,como...como ele iria conseguir dinheiro. O garoto não havia trazido um iene consigo,e também não tinha nada para vender.

Então,só restou uma opção,uma coisa que ele nunca imaginaria fazer.

—Desculpe por isso mamãe—suas palavras são em um sussurro tristonho.

Sua mente já trabalhava em um plano discreto para conseguir dinheiro suficiente para sua ida.

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Izuku se esgueira perto da vitrine,conhecendo o local e olhando para o único funcionário,ele teria que ser rápido.

Sem mais enrolação,o menor entra timidamente no estabelecimento,tendo ajeitado sua aparência e postura,ele agiu como um garoto rico(que ele era).

—Hum olá senhor—o menino fala de uma forma tímida. O homem parado no balcão parecia ter por volta de uns 50 anos,sua aparência era de alguém grotesca. Sua barba gigante mal cuidada,acompanhada de um físico rechonchudo e gorduroso.

O homem que até então analisava o garoto de perto,abre um sorriso predatório.

—O que um garoto como você está fazendo aqui sozinho no meio do nada—o homem se inclina no balcão.

—Meu pai me trouxe para calçar na floresta,como eu estava muito apertado para ir no banheiro ele me avisou sobre esse lugar—sorrio gentilmente.

—Ora gracinha por que não fez suas necessidades na floresta?—o barbudo levanta uma sobrancelha.

Reviro os olhos mentalmente.

—Eu meio que fiquei com medo de algum bicho picar a minha bunda—falei de um jeito inocente,vendo o homem soltar uma risada enjoada. Isso é humilhante.

—Oh baby eu entendo,você pode usar o meu banheiro se quiser—o homem saiu de sua bancada—vamos,eu te guio até lá gracinha—o homem põe a mão no meu ombro.

—Obrigado senhor gentil—me deixo ser guiado até o banheiro,e a cada passo que eu dava,me sentia mal e sentia vontade de vomitar,por que eu sei o que aconteceria a seguir.

O homem abre a porta do banheiro,era limpo pelo menos.

—Obrigado senhor—sorriu em vergonha fingida—se não for pedir muito,você poderia ficar aqui comigo,sabe eu tenho medo de ficar trancado...um fato que já aconteceu.

Os olhos do homem brilharam em oportunidade e seu sorriso se estendeu.

—Claro jovem—o homem nem se deu o trabalho de se virar,me encarando abaixar o shorts.

O Verdadeiro Tom Do Amor-DekuvilãoOnde histórias criam vida. Descubra agora