Meu Mafioso Irresistível - Livro 01

SEIS

Lorenzo Bertinelli

Foi tudo rápido, rápido até demais, só tive tempo de me abaixar em frente ao seu corpo e segurá-la em meus braços enquanto seu peito jorrava sangue pelo buraco feito de bala. Seus olhos tinham pavor, mas ao mesmo tempo tinha coragem, seu corpo foi ficando leve aos poucos, seus olhos fechando e seu corpo ficando desfalecido em meus braços. Era normal para mim ver pessoas morrerem na minha frente, eu não ligaria se fosse qualquer outra pessoa, eu não ligaria se fosse meus inimigos, mas eu ligo por ser Natasha, por ser a minha Natasha, por ser a minha garota, por ser a quem devo minha vida, por ser a minha estrela do infinito.

— Natasha. — Balanço seu corpo, seus olhos se fecham de vez. — Que caralho. — Praguejo me perdendo no que fazer.

Respiro fundo e fecho meus olhos por um tempo colocando minha cabeça no lugar, eu sou Lorenzo Bertinelli e perder a cabeça agora não vai me ajudar. Pego meu celular no bolso da calça e disco o número de Giovanna, coloco no viva-voz e espero impacientemente minha irmã atender, no quarto toque ouço sua voz de sono.

— Que merda você quer comigo a essa hora Lorenzo? Já acabou com a noite o suficiente não acha?

— Giovanna, cala a boca. — Digo a ela que fique em silêncio por alguns segundos.

— Está com merda na cabeça em me mandar calar a boca? Lorenzo, vai se foder.

— Caralho Giovana é uma emergência. Me diga se está em casa ou não?

— Lógico que estou em casa. O que aconteceu?

— Natasha levou um tiro e estamos no apartamento dela. Não sei quem foi ou de onde foi o tiro, preciso dos meus aqui e agora.

Digo de uma vez e ouço os saltos dela bater do outro lado da linha.

— Estou indo atrás do Enrico, vou avisar a todos, como está Melissa?

— Ela não sabe de nada, estava na sala com Jess. Havia acontecido um incidente alguns minutos antes. Natasha está morrendo Giovanna, não tenho tempo de conversar, manda todo mundo vir e preparem a enfermaria. Ligue para o Vincenzo, quero ele como cirurgião.

— Não pode trazê-la para casa. Natasha é Comandante, iriam desconfiar.

— Droga, vou mandar levá-la ao Presbiteriano. Manda esvaziar o andar.

— Os meninos já estão indo, vou preparar tudo, mantenha ela viva Lorenzo. Viva!

A chamada é desligada, coloco a garota no chão e seu corpo tem sangue, muito sangue, estou sujo do sangue dela não consigo me desesperar, retiro a camisa que uso. Pressiono sobre seu peito e penso apenas no desgraçado que morrerá por ter feito isso, eu vou te procurar até no inferno infeliz e quando eu lhe encontrar. Você vai desejar nunca ter nascido.

— Ah meu deus. — A voz de Jess ocupa o espaço e olho para a ruiva que tem a mão na boca assustada. — O que aconteceu?

— Não sei, chame o Tyler e mantenha Melissa longe da varanda.

— O... OK.

Logo a ruiva vira as costas e vai até a sala avisando algo no ouvido de Tyler, vejo ela caminhar até Melissa e sorri para a garotinha a tirando da sala.

— Do que precisa senhor? — Tyler diz ao se aproximar.

— O prédio do outro lado da rua tem uma altura e visão fácil para a cobertura, vai com seus homens e descubra o que puder. Minha equipe está vindo.