CINQUENTA NOVE

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Horas mais tarde

Lorenzo Bertinelli

O tribunal foi fechado, sem público, sem jornalistas, sem júri. As vantagens do dinheiro comprar tudo são essas. A audiência já começou a algum tempo e algumas testemunhas já deporam. Bem, pelo o que vi o FBI franquejou em umas testemunhas, muitos comerciantes, mas poucos civis, os parâmetros dessa audiência não batem.

— A defesa assumi. — O juiz ordenou e Lancaster se levantou.

O próximo a depor é o irmão de Joshua, Dylan.

— Senhor Thompson, o senhor é o irmão mais velho de Joshua, certo?

— Sim, nossa diferença era de dois anos.

— Bem, o Joshua e você já haviam se desentendido alguma vez? Depois de adultos, quando as questões da empresa começaram a cair sobre vocês?

— Como irmãos, sim. Sempre brigávamos, mas nunca pensei em se quer matar meu irmão. E nunca brigamos por questões da empresa, Josh estava conformado que por eu ser o mais velho eu seria o sucessor do papai.

— Entendo. E seu pai? Vocês já se desentenderam alguma vez por questões pessoais ou até empresariais?

— Protesto meretidsimo. Argumentativo demais. — A advogada dos federais se levanta.

— Aceito. Senhorita Lancaster, onde quer chegar?

— Estou apresentando fatos meritíssimo, mas terminei por aqui.

Lancaster voltou à mesa. Olhei para ela que escondia um sorriso vitorioso no rosto e desconfio dela, mas confio em seu potencial como advogada.

— Você sabe que será o próximo a depor certo? — Hugo perguntou e confirmei com a cabeça. — Se prepare meu amigo, eles usarão todos os seus pontos fracos para te derrubar.

— Meritíssimo gostaria de chamar para depor o réu. Lorenzo Bertinelli.

A advogada me chamou e me levantei sem nenhum resquício de medo. Evitar sentimentos, controlar as emoções são as maiores prioridades nesse momento. Me sentei no banco de testemunhas e a advogada do FBI se aproximou.

— Sr. Bertinelli, onde o senhor estava na noite do dia vinte e quatro de Agosto? — A advogada me perguntou.

— Em uma reunião na minha empresa.

— E tem alguém para confirmar isso?

— Sim, todos os membros do meu conselho. Minha diretora de marketing, meus seguranças, a recepcionista e as câmeras de vigilância do escritório e do prédio.

— Senhor Bertinelli, teve uma época em que as ações da sua empresa estavam extremamente baixas e o senhor estava tentando vendê-las por um preço bem abaixo do mercado para os altos escalões, correto?

— Correto. Mas não sabia que era ilegal vender ações de empresa por um preso abaixo do valor quando se é um bilionário.

— E não é. — O juiz responde. — Continue, Dr.

— O Embaixador Frederik Thompson foi uma das pessoas que o senhor ofereceu as ações várias e várias vezes, mas ele sempre as negou. Por que senhor Bertinelli?

— Frederik era amigo do meu pai de longa data. Não só o seu cargo de embaixador mas como sua empresa poderia ser um crédito para alavancar a Expo novamente.

— O senhor teria sido motivado a matar o embaixador por conta dele negar suas ofertas?

— Jamais. Sou uma pessoa que sei perder doutora e a última vez que vi o embaixador foi um mês antes dele ser morto, quando estávamos em uma conferência fazendo negócios. — Sorrio para a advogada que fecha a cara.

— Toda de pé. — O oficial ordenou.

Nós levantamos e esperamos o juiz entrar e se sentar, nos sentamos logo em seguida. A audiência correu bem, ninguém quis matar ninguém. Hugo e Jade apresentaram, fatos, fotos, provas, áudios e imagens de segurança que me tiravam do local da morte de Joshua e Frederik, resumindo eu não tinha culpa de nada. O juiz irá dar a decisão final e estou louco para ver a agente Talysa Cortez ficar ainda mais vermelha que o cabelo dela.

— Senhores, essa audiência foi imposta para darmos encerramento no caso de homicídio envolvendo o embaixador Frederik Thompson e seu filho Joshua Thomas Thompson. Após ouvir ambas as partes de acusação e defesa, cheguei a conclusão de que o senhor Lorenzo Anthony Bertinelli não é o culpado.

— MERITÍSSIMO. — A agente gritou para o juiz que a repreendeu com o olhar.

— Agente Talysa. Li as declarações dos julgamentos anteriores e na minha visão como juiz federal, alego que o próprio FBI tentou incriminar o senhor Bertinelli para provar um assassinato que ele não cometeu, estou desapontado com a agência.

— Protesto Meritíssimo, esse caso não pode se encerrar assim. Este homem é culpado.

— A decisão está tomada e ponto final. O senhor Bertinelli é considerado um homem livre, todas as acusações serão retiradas e o Estado pede desculpas por essa importunação. Audiência encerrada. — Ele bateu o martelo antes mesmo das advogados do FBI protestar.

— Sua vadia louca. — A advogada de Talysa grita para Jade que não liga. — Você ainda vai cair Bertinelli! — Talysa me ameaça.

— Talysa, eu sou um cidadão comum como todos vocês, tenho o visto em dia, pago os meus impostos, voto e mantenho minha ficha o mais limpa possível. Não me envolvo em escândalos e muito menos briga. Você como uma federal deveria sair em busca dos verdadeiros bandidos agente.

— Você é o verdadeiro bandido, só que se esconde atrás dos advogados do diabo.

— Não esqueça agente. Uma acusação por importunação, difamação e falso testemunho seria terrível para sua carreira. — Hugo ameaçou.

— Boa tarde, senhores! — Sorri e segui para fora do tribunal com os meus advogados.

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Meu Mafioso Irresistível - Livro 01Onde histórias criam vida. Descubra agora