Capítulo 4

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Ace e eu nos entreolhamos espantados; encarei o estranho novamente sem saber o que dizer ou fazer, ele tinha um ar sinistro e eu estava ficando com medo.

- É meio rude não responder a apresentação de alguém, sabe... - O estranho finalmente se pronuncia - Mas tudo bem, acabei desembarcando no porto um pouco tarde e cheguei por aqui agora. Se me dão licença, vou me instalar em minha nova casa, vejo vocês por aí...

Ele vai embora sapateando, deixando eu e Ace estupefatos para trás. Depois de alguns minutos, decido quebrar o silêncio tenso que se instalou entre a gente.

- Eu realmente vou ter pesadelos essa noite... - Olho para ele - Podemos ir?

- Claro, vou te levar para casa - Ele segura minha mão e começa a me guiar 

Eu podia sentir a tensão de Ace durante todo o percurso, enquanto eu estava tão assustada que nem parei para surtar internamente por nossas mãos entrelaçadas. Quando finalmente chegamos a porta da minha casa, percebo a situação e rapidamente afasto minha mão.

- E-então.... - Rio nervosamente - Obrigada pela noite Ace, tirando esse último encontro, eu achei tudo perfeito

- Eu fico feliz - Ele finalmente relaxa, abrindo um sorriso - Eu também gostei, deveríamos sair mais vezes

- Claro, eu adoraria 

Terminamos de nos despedir e Ace vai embora. Vou direto para o quarto tomar banho e dormir, hoje foi um dia realmente cheio e tudo que eu precisava era de uma boa noite de sono, mesmo sabendo que eu não iria ter.

Eu realmente não consegui dormir direito, tive diversos pesadelos seguidos com barulhos de tiro e sangue, além do sorriso macabro daquele estranho. Essa é a verdadeira razão de eu temer esse tipo de história, eu sempre tenho pesadelos acompanhados de paralisia do sono depois de ouvi-las. Quando finalmente peguei no sono, o dia já estava amanhecendo, estarei destruída quando acordar.

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*Jerusalem's Lot, 1 P.M*

Acordo extremamente cansada e custo a levantar, sendo vencida apenas pela fome. Depois de um bom banho, um pouco de maquiagem para esconder as olheiras recentes e uma boa refeição, eu estava finalmente pronta para passar uma tarde tranquila na praça.

- Acho engraçado você se arrumar tanto para supostamente ler na praça, você não precisa esconder que está indo encontrar seu namorado - Meu pai ri maliciosamente

- Sério pai, nunca mais te conto nada - reviro os olhos antes de sair de casa, deixando meu pai ainda rindo 

É claro que meu pai sabia da minha queda por Ace; sem mãe ou amigos físicos, ele sempre foi meu amigo e confidente. Felizmente meu pai não era do tipo severo com garotos, mas ele realmente gostava de usar minhas paixões para me provocar. 

Me sento no banco da praça, abrindo meu livro e relaxando, mas não dura muito tempo 

- S/NNNNNN! - A voz altamente reconhecível de Luffy ecoa pelos meus ouvidos

- Luffy, oi! - Me viro para ele e vejo Ace logo atrás, essa cena parece familiar 

- Eu já desisti de te dar um pouco de educação - Ace suspira - Oi S/n, vamos passear? 

- Claro - Ele estende a mão para mim, e eu a pego com um sorriso

- Certo, para onde vamos? - Luffy caminha atrás da gente 

- Nós vamos para a entrada da floresta, você eu não sei - Ace da de ombros 

- Eu vou junto então - Ace olha fixamente para ele, ele começa a rir - shishishishi, você finalmente vai falar que.... 

Salem - Portgas D. AceOnde histórias criam vida. Descubra agora