Salem - Portgas D. Ace

Capítulo 11

- C-como assim viu a Nami? E-ela desapareceu antes disso, sabia? - Eu falei gaguejando 

- Eu sei, mas eu tenho certeza que era ela! Eu fiquei muito bravo na hora, eu estava muito preocupado e ela estava bem esse tempo todo, então fechei a janela com raiva e a ignorei. Eu me arrependo agora, talvez ela estivesse com algum problema - Luffy comentou, fazendo eu e Ace suspirar aliviados 

Por um momento, pensei que a "Nami" pudesse ter feito algo para ele, nunca pensei que ficaria feliz com a birra de alguém

- Luffy.... você está disposto a acreditar em qualquer coisa que eu ou S/n falar, por mais louco ou impossível  que pareça? - Ace começou

- Ace, tem certeza? Luffy é muito ingênuo, é muito perigoso!

- Eu não sou um gênio - Luffy fez bico - Eu quero ajudar!

- É ingênuo seu idiota, e ser um gênio é algo bom - Ace bateu no topo da cabeça do Luffy, me fazendo rir

Sinto falta da interação dos dois, é tão saudável e fofa que sempre me arranca risadas, sinto saudade de tudo que eu vivi antes desse pesadelo começar 

- Luffy, você acredita em vampiros? - Eu perguntei 

- Sim, são legais! - Ele abriu um sorriso

- Não sei mais se é uma boa idéia - Ace suspirou - Não Luffy, vampiros não são nada legais, mas é isso que seus amigos são agora 

- O QUE? NAMI E USOPP SÃO VAMPIROS? 

Levamos horas para explicar tudo que estava acontecendo a Luffy, embora eu suspeite que ele ainda não tenha entendido tudo. De qualquer forma, Luffy se juntou ao nosso pequeno grupo e fez as buscas junto com Marco, já que resolvemos nos dividir em dupla para chamarmos menos atenção; não tenho certeza se contar tudo a Luffy foi uma boa ideia, ele pode ser impulsivo e descrição não é lá o seu forte, mas pelo menos ele está nas nossas vistas o dia todo.

Terminamos o dia sem bons resultados e já pensando em outro tipo de ação, essa realmente não estava dando certo. Por fim, decidimos nos reunir novamente no dia seguinte, pois já era tarde e estavam todos muito cansados. Dessa vez, Marco foi para a casa de Ace e Luffy com a gente e dormiu por lá também.

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*Jerusalem's Lot 8 A.M*

Acordei ao lado de Ace por volta das 8 da manhã. Não achei nem Marco e nem Luffy em seus quartos e já estava para entrar em pânico, quando resolvi checar as mensagens em meu celular 

Marco: Bom dia! Não se preocupe com minha ausência, tive que ir cedo ao hospital.

Luffy: Fui comprar carne shishishi

Marco tudo bem, mas sério Luffy? Quase me mata de susto por causa de carne?!

Me levantei e fui preparar algo rápido para eu e Ace comermos. Marco já estava no hospital e Luffy provavelmente iria direto para lá, foi quando senti dois braços me rodeando.

- Bom dia - Ouvi a voz de Ace em meu ouvido - Onde estão Luffy e Marco?

- Saíram, vamos encontrar eles no hospital - Ele apenas murmurou em concordância, enquanto apoiava o queixo em meu ombro 

- O que você está fazendo aí? Ta com um cheiro tão  bom...

- Ovos e bacon - Falei enquanto colocava tudo em um prato - Simples, mas minhas habilidades culinárias não me permitem ir muito longe

- Eu não ligo, eu gosto! - Ace pega seu prato e se senta, sorrindo como uma criança

- E tem alguma comida que você não gosta? - Eu dou risada, nunca vi gente para gostar tanto de comer como Ace e Luffy 

- Não, mas eu sei algo que eu gosto mais do que a comida - Ele me olha

- E o que é?

- Algo não, alguém - Ele se levanta e me abraça - Você

- Ace, não me envergonhe - Escondo o rosto em seu peito e ele ri 

- Desculpe, é que eu te amo - Ele segura meu rosto e me beija 

- É, eu também

Chegamos no hospital por volta das 9:30, rezando para que ninguém questionasse o motivo do nosso atraso, mas quando chegamos ao quarto do pai, a pergunta do Marco foi outra: 

- Vocês chegaram-yoi, mas cadê o Luffy? 

- Ele ainda não chegou? Ele saiu bem mais cedo do que nós, e disse a S/n que tinha ido comprar carne - Ace falou

- B-bem, ele deve ter se distraído com algo pelo caminho - Comento esperançosa

Era praticamente impossível o Luffy ainda estar comprando carne. Eu sei que ele gosta de comer muito, mas ele me enviou a mensagem às 6:20, já deu tempo suficiente para ele conseguir uma boa quantidade

- Não se preocupe - Ace percebeu meu nervosismo e segurou meus ombros - Ele deve estar fazendo qualquer coisa irresponsável ou pode ter esquecido 

Eu duvidava da segunda opção, por mais cabeça de vento que fosse, Luffy não se esqueceria de algo tão importante que envolvia a vida de dois de seus amigos. Eu sei que vampiros atacavam durante a noite, mas eu vi Laffite durante o dia, eu vi. 

- É melhor assim, não quero que ele veja esse notícia por agora - O pai se pronunciou, eu tinha ficado tão aflita com Luffy que esqueci de cumprimenta-lo 

- P-pai, bom dia - Olhei para o jornal que ele segurava - De que notícia o senhor está falando?

- O que aconteceu, velho? Acharam o corpo de Nami e Usopp? - Ace perguntou 

- Isso teria sido uma boa notícia garoto, mas na verdade é mais um desaparecimento 

- D-de quem? - Perguntei com muito medo da resposta, seria mais alguém do grupo do Luffy?

- Koby - Ele mostrou a manchete, o rosto do principal policial envolvido no caso estampado na capa 

- Ah não - Suspirei com pesar, foi quando um pensamento me veio a mente - Pai, o senhor acha que eles estão agindo estrategicamente? Quero dizer... m-meu pai desapareceu pouco depois de se envolver no caso, e agora o policial responsável por ele desaparece também

- Você acha que eles descobriram algo? - Ace perguntou surpreso - Acha que eles acreditariam nessa loucura que está acontecendo?  

- é uma hipótese-yoi, temos que levar isso em consideração quando formos pensar em uma nova forma de agir

- Sim. Fale para Luffy se apressar, Ace - O pai olhou para o jornal intensamente, antes de joga-lo de lado e continuar - Precisamos privar aquele garoto impulsivo dessa informação o máximo que pudermos 

- Tudo b.... - Ace foi interrompido pelo toque do celular - Olha só, é ele! - Ele atendeu e ativou o viva-voz

- Alô S/n, Ace? - A voz de Luffy soava agitada do outro lado da linha

- Seu idiota, onde foi que você se meteu? 

- Na mansão Donquixote, vim quebrar a cara desse tal de Laffite, mas...

- O QUE? VOCÊ FICOU MALUCO? - Ace gritou com raiva, mas eu o interrompi 

- Mas o que, Luffy? - Perguntei com a voz trêmula 

- Eu.... acho que o matei