Capítulo 5

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Me arrumo correndo enquanto ligo para Ace em busca de informações, ele não quis falar nada sobre a mensagem e apenas pediu que eu fosse até sua casa o mais rápido possível. Eu saio correndo, mal falando com meu pai e sem me preocupar com café da manhã.

Quando finalmente chego a porta de Ace, bato freneticamente antes de ele abrir e me puxar para dentro, me abraçando.

- Ace- retribuo o abraço - O que era aquela mensagem? Como assim o Thatch desapareceu?

- Ele sumiu, não fazemos ideia de onde ele está - Ele me aperta com força

- Me explique isso direito, por Deus!

- Ele não apareceu na minha casa ontem -Izo fala se aproximando de nós, eu nem tinha reparado que ele estava aqui - Tínhamos combinado de virar a madrugada jogando, mas quando deu meia noite e ele não apareceu, fiquei preocupado e liguei para ele 

- Ele atendeu? - Pergunto e ele balança a cabeça negativamente 

- Eu fiquei realmente preocupado e fui até a casa dele, mas ele não estava lá. Vim até aqui na esperança dele estar com o Ace, mas ele não via o Thatch desde de manhã, então começamos a procurar por contra própria. Não encontramos nenhum rastro dele S/n, nenhuma pista de onde ele possa estar - A voz de Izo falha por um momento, mas ele continua - A policia não vai começar as buscas antes das 24 horas e eu não sei mais o que fazer 

- Izo, por favor se acalme - Solto Ace apenas para abraça-lo - Essa cidade é pequena, todo mundo se conhece e Thatch não pode ter ido muito longe. Vocês tem certeza que foram em todos os lugares? Até mesmo na floresta? 

- Não deu para fazer muito progresso, estava muito escuro... - Ace murmura

- Vamos vasculhar cada local dessa cidade, mesmo os que vocês já passaram; o comércio agora está aberto e aproveitaremos para perguntar a todos se eles o viram, vamos conseguir acha-lo. - Eu falo e eles concordam 

Saímos rapidamente e passamos por todos os lugares possíveis, perguntamos a todas as pessoas possíveis e procurando todas as pistas possíveis; foi quando paramos em frente a mansão e vimos Laffite em frente a ela, tomei coragem e fui até ele

- Com licença senhor Laffite, eu.... sinto muito por não me apresentar naquela noite, meu nome é S/n e eu queria te perguntar algo

- Muito bem S/n - ele abre aquele sorriso - pode perguntar

- O senhor não teria visto um menino chamado Thatch? Ele usa cabelos castanhos e um topete e está sempre de bom humor. Ele é meu amigo e está meio...sumido

- Ah senhorita, creio que vi alguém com essa aparência juntamente com aqueles dois rapazes - ele aponta para Izo e Ace - Mas isso foi ontem de manhã, creio que você já tenha essa informação

- Sim... obrigada mesmo assim - Eu me viro, mas ele me chama 

- Eu avisarei se vê-lo novamente, até lá lembrem-se de que vocês são bem vindos aqui

- S-sim, obrigada senhor - Saímos rapidamente de lá, não me sinto confortável perto desse homem

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*Jerusalem's Lot, 6 P.M*

Já era perto das 7 da noite e não tivemos nenhuma notícia do Thatch. Nesse momento, estamos os três na casa do Ace já sem saber o que fazer ou onde procurar, passamos o dia inteiro indo para todos os lugares da cidade juntando informações, ou pelo menos tentando, pois não conseguimos absolutamente nada. Ao longo do dia tivemos a ajuda dos amigos de Luffy e outros colegas, mas não adiantou nada; a policia começou a agir há pouco e a nossa única opção é esperar 

Eu estava no sofá, ao lado de Izo e abraçada a Ace enquanto tentava consolar os dois. O desaparecimento de Thatch me abalou muito e nos conhecemos há pouco mais de um mês, nem imagino o desespero de Izo e Ace, seus amigos de infância. Uns minutos depois, ouvimos uma batida na porta e Ace corre para atender, com Izo e eu vindo logo depois. 

- Olá garotos, quero conversar com vocês - era o Sr. Newgate, ele parecia muito sério e um pouco irritado 

Abrimos espaço para que ele entrasse, enquanto nos entreolhávamos meio surpresos.

- Fiquei sabendo do Thatch, procurei pela cidade e não encontrei nada que levasse a ele. Vocês tem alguma informação?

- Não senhor. Ele deveria ter ido a casa do Izo ontem a noite, mas não deu mais notícia desde então - Eu falei ainda surpresa, ele realmente passou o dia procurando o Thatch?

é claro que o pai não era um professor comum, tínhamos com ele uma intimidade e afeição familiar e parecíamos realmente uma grande família, mas não esperava que ele assumisse uma responsabilidade da polícia por um de seus alunos.

- Entendi - Ele suspirou - Vocês não chegaram perto daquela casa recentemente, não é garotos? 

- Bem... demos uma olhada por curiosidade sobre os novos habitantes ,mas não entramos nem nada parecido - Izo falou 

- Sim, mas pai... - Ace me olhou antes de continuar - Eu e S/n encontramos um dos novos proprietários na sexta, estávamos na praça sexta de noite quando ele apareceu sorrateiramente. Já era tarde e ele alegou ter acabado de chegar

Izo nos lançou um olhar surpreso, antes de trocá-lo por um sorriso malicioso. O pai, porém, assumiu uma expressão grave 

- Eles já estão aqui? Eu tinha visto apenas os carregadores transitando pela casa, mas não sabia que eles tinham chegado, é muita coincidência

- Você acha que eles estão envolvidos no desaparecimento do Thatch, pai? Eu realmente não me senti confortável perto daquele cara, e aposto que S/n também não

- Ele realmente tinha uma aura macabra....- Eu concluo

O envolvimento de Laffite foi algo que passou pela minha cabeça o dia todo, mas eu não tinha nenhuma prova que o incriminasse, e não queria usar seu sorriso e jeito estranho como argumento.

- Vocês sabem o que viram naquele dia crianças, aquela casa atrai coisas ruins e tenho certeza que os novos moradores são uma delas. Minha vontade é ir até lá e vasculhar cada canto daquela casa, tenho certeza que alguma coisa do meu filho eu irei encontrar- O pai cerra os punhos - Mas eu vou ao menos esperar a policia dar notícias. Não acredito que aqueles jovens achem algo, mas vou tentar ser ético.

Nem meio minuto depois, ouvimos uma batida na porta. Quando Ace abriu, o oficial Coby entrou; ele era um extremamente jovem para um policial, era baixo e com cabelos rosas. Ele olhou para todos na sala, estremecendo ao olhar o pai

- B-boa noite, e-eu tenho notícias de Thatch

Todos nós nos endireitamos no sofá, esperando que ele prosseguisse; por um momento eu tive aquela sensação de paz e de que tudo voltaria a ficar bem, mas então ele respirou fundo e falou uma das frases mais difíceis que eu já ouvi:

- Thatch está morto   

Salem - Portgas D. AceOnde histórias criam vida. Descubra agora