Reflection of Evil // LS

04

2 Dias

Mãos grandes estavam por cima das mãos de Louis, com os dedos entrelaçados o permitindo afundar as curtas unhas no dorso das mãos da outra pessoa enquanto sentia suas pernas em um emaranhado com outras duas, gemia baixo e abafado dessa vez, abafado por lábios levemente grossos e quentes, aqueles lábios de antes, um beijo forte, molhado, com desejo, tão desesperado, a outra língua praticamente dominava a do menor.

Seu corpo nu em atrito com outro corpo maior que o seu, que o dominava, seu pênis ereto roçando em outro que estava coberto pelo tecido da cueca, os dois corpos se mexendo em uma perfeita sincronia, aquele corpo quente deixando o de Louis mais excitado, quente, quente, era a palavra que mais repetia em sua mente, quente, era a melhor palavra para o definir.

Os beijos, tão bons, tão profundos, nunca foi beijado assim em toda sua vida, as mãos deslizavam por todo o seu corpo o apertando por completo, enquanto Louis envolveu o grande corpo com seus braços, apertões e tapas fortes eram despejados em sua bunda, aumentando a força toda vez que Louis procurava por mais atrito do maior, uma mordida forte foi deixada no lábio de Louis ao ponto de arrancar sangue, pois sentiu o gosto durante o beijo.

— Quando chegar a hora, irei fodê-lo com tanta força — A voz rouca dizia em seu ouvido, fazendo o corpo de Louis se arrepiar por completo.

Não mudando da última vez, Louis ainda tinha dificuldade para falar e não conseguia abrir os olhos.

— Eu preciso de ajuda — Louis disse assim que viu o seu pastor.

— O que houve, meu filho? — O homem de terno preto e que segurava uma bíblia perguntou a Louis.

— Preciso conversar com o senhor, preciso de ajuda, é um problema muito sério — Ele dizia constrangido.

— Querido? Seus pais estão nos esperando para irmos à pizzaria — Nancy falou parando ao seu lado.

— Eu vou já, só preciso conversar com o pastor — A respondeu sorrindo nervoso.

— Aconteceu algo? — Seu olhar foi de preocupação.

— Nada que precise se preocupar, vão na frente que eu já chego — Deixou um beijo em seu rosto.

Viu a mulher se afastando e voltou a olhar para o pastor, que examinou Louis por uns segundos antes de o chamar para o seu escritório, uma mancha nova nasceu e isso o deixou mais assustado.

— Entre e feche a porta — Mandou se sentando em sua cadeira.

Louis fez o que foi pedido, se aproximando da mesa do pastor logo depois se sentando a frente dele, respirou fundo abaixando a cabeça pensando em como contar isso, era tão embaraçoso.

— Pode dizer — O pastou pediu.

— Bem, é que, eu ando tendo uns sonhos estranhos — Foi procurando palavras para dizer — Sonhos esses que, eu não deveria ter e isso está acabando comigo — Falou de começo.

— Louis, você está perto de se casar, falta basicamente uma semana para o seu casamento, obviamente que o inimigo irá lhe tentar para você pecar, para subir no altar coberto de pecados, mas não pode deixar isso acontecer — Ele foi dizendo e Louis prestando atenção — É normal também que chegue perto desse tempo o nosso corpo e nossa mente crie cenários... ruins — Procurou palavras — Mas é nosso dever dizer não a isso.

— Meus sonhos, pesadelos — Se corrigiu — São mais que apenas cenários ruins, no sonho eu caio na tentação — Contou.

— Você está prestes a se casar, logo isso, essa prática, não vai ser um pecado e o diabo quer que você peque, você é um dos mais fortes na fé que eu conheço, não se abale e nem caia, está tão perto — Louis negou com a cabeça bufando.

— Mas é aí que está, não é com a minha noiva — Negou vendo o pastor estranhar.

— E com quem é? — Questiona.

— Eu não sei — Confessa — Só sei que, é um homem.

— Olha, vamos fazer assim — O pastor se levantou indo até o armário — Isso aqui — Mostrou um frasco — É água ungida dos montes, antes de dormi, molhe a ponta dos seus dedos na água e coloque na cabeça, como de costume faça sua oração, se não der certo, então iremos mais afundo e expulsar esse demônio da sua vida — Entregou para Louis.

— Obrigado senhor — Agradeceu se levantando.