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Niall foi o único a não apagar por conta das ações de Louis, conscientes ou não, ainda não sabiam, arrastou todos os outros quatro para a sala, os deixando deitados no chão para que acordassem e soubessem onde estão e onde seus parceiros estão, desceu para o porão para saber de Cole e ele ainda estava lá, desacordado do mesmo modo que os demais. Nos outros andares, começou a retirar os corpos dos mortos, jogando pela janela ou arrastando até a porta, nos lugares onde o sangue escorreu, jogou sal e álcool, para que nem o cheiro ou a mancha ficassem no chão.

Saindo da casa, encontrou Harry em pé de frente a pequena pilha de corpos, ele estava com uma expressão mais pálida, cansada, respirando com dificuldade, olhava os corpos com um olhar sério e amedrontador.

— Tem cerca de 37 mortos — Niall contou a ele, parando ao seu lado.

— 37 seres entraram nas minha terras, chegaram a minha casa, mexeram com o meu grupo e eu não os senti — Harry murmurou, sua voz tão baixa e lenta que Niall quase não o ouviu.

— Eu acho que está pensando o mesmo que eu.

— Que eles vieram por causa de Louis? Sim, estou — Harry respondeu contando o que pensava — Agora, isso abre um leque de perguntas.

— O que eles querem, quem os manda, porque agora e não antes, porque só Louis os escutou e o principal, o que ele é — Listou todos os questionamentos.

— O que eles querem, não sabemos e mesmo que tivéssemos deixando um vivo, eles não são conscientes para responder — Harry respondeu a primeira — Quem mandou foi alguém mais forte do que eu, para me driblar, só sendo mais forte. Antes, eu tenho uma pequena teoria e isso vem de um filme de terror, já assistiu A freira?

— Já — Afirmou sem entender.

— A freira vivia presa naquela igreja e não conseguia sair, quando começou a sair, muitas coisas começaram a acontecer, minha teoria é que a cidade era a igreja de Louis — Contou sua pequena dedução — Cheguei a essa conclusão porquê tudo começou assim que ele saiu de lá, não tem outra explicação.

— Poderia ser por que ele se aproximou de nós? — Niall pensou em outra.

— Ok, valida também, mas, o que teria acontecido? Por sermos demônios despertamos um mal maior dentro dele?

— É, é sim — Concordou com ele, isso não era impossível.

— Legal, está certo — Harry apenas aceitou — Acho que só Louis os escutou porquê ele era o seu alvo e o que ele é, é a pergunta do momento.

O cheiro que pairava no ar não era apenas dos corpos podres, Niall reconhecia aquele cheiro e isso o fez recuar alguns passos para trás, Harry começara a entrar em um dos seus surtos de raiva, o resultado nunca é bom e seria estranho se ele não surtasse. Sua casa invadida, seu território desrespeitado, Louis machucado, ele estando totalmente às cegas em uma situação que parece querer tomar a única pessoa pela qual ele tem um carinho no momento.

Louis acordava na sala, dolorido, grunhindo baixo, sua visão turva ainda se acostumando a estar acordado, seu corpo se forçava a levantar devagar mas, parecia que tudo ia contra, sua mente dizia para se sentar e seu corpo dizia para deitar. Ficando de pé apoiando nas coisas, foi se arrastando pela casa em busca de pessoas acordadas, parou escorado na porta, Niall recuando cada vez para mais perto dele e Harry ajoelhado perto de uma pilha de corpos.

— O que está acontecendo? — Louis perguntou fraco, saindo da entrada caminhando para perto de Niall.

— Não, Louis, entra! — Niall mandou nervoso, o empurrando para trás.

Reflection of Evil // LSOnde histórias criam vida. Descubra agora