∆Eʟᴀ ᴠᴀɪ ᴅᴏʀᴍɪʀ ᴀǫᴜɪ?✓

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✩。:•.───── Abrir os olhos nunca foi tão angustiante, eu não tinha ideia do quê tinha acontecido.

De pronto o foco de minha vista era ele, minha chefe, lalisa manoban tão próximo a mim.

Estava tonta e confusa, demorou um tempo até que me achasse na situação.

Tentei me comunicar, mas ela me interrompeu em todas as vezes. Percebo que ela começou a conversar com a Sra. Miller e parei para prestar atenção, de repente soube que eu era o assunto.

As sensações e o controle de meu corpo voltam aos poucos, estava em seu colo. Como poderia estar no colo de minha chefe?

Então a Sra. Miller pareceu perguntar se eu tinha febre, e do nada recebi um beijo em minha testa com me encarando e eu não entendia.

Meu coração já não batia na ordem, segundo a outro pulando batidas ou trabalhando o dobro.

Então senti o bebê, ela estava tão agitado quanto a mãe e não pude conter o gemido.

- Humm.

Como de costume levei a mão ao ventre, podia sentir a bebê e também foi onde me dei conta de quê estava exposta.

Fora de qualquer atitude que esperava vir dela, sua mão se pôs sobre meu ventre. Não tinha ideia de qual a intenção e agarrei sua mão instintivamente.

- Está tudo bem.

Ouvi-la dizer aquilo não se encaixava nas cenas que meus pesadelos mostravam.

Quando ela começou a acariciar meu ventre, todo os meus nervos entraram em choque. A única coisa da qual tinha certeza era de quê a bebê se acalmava com seu carinho.

Eu o encarava boquiaberta, queria dizer algo mas as palavras não saíam.
Além de meus medos aínda havia outro risco, a cada toque era como se não houvesse oxigênio o suficiente.

Eu não tenho certeza de quando saímos da cozinha, mas tomei consciência já no quarto, ao lado de minha cama ela falava ao telefone.

- Não voltaremos amanhã, cancele minha agenda e não ligue se não for de extrema importância. - Foi a única parte da conversa em quê prestei atenção.

Mas se ela estava dizendo aquilo, significava que passaríamos a noite ali.

- Senhora, quero ir pra casa. - Disse tentando me sentar na cama.

Era difícil, minha cabeça parecia pesada demais.

Ela me olhou, ajudou-me com os travesseiros para me sentar e não seguiu com nenhuma conversa, nem uma resposta.

- Senhora?

- Quieta kim, foi um dia cheio, se quiser assista um vídeo, leia um livro e depois vá dormir. - Suas palavras pareciam secas demais, apesar de ela ainda usar meu primeiro nome.

- Entendi. - Disse apanhando meu celular acima da mesa de cabiceira.

Para um lugar remoto com aquela, a internet até que pegava bem e ao desbloquear o smartphone com minha digital, inúmeras mensagens brotaram no grupo.

Para meu azar, muitas delas eram áudios e não havia trago nenhum fone.

- Senhora, teria fones de ouvido para me emprestar? - Perguntei a ela que andava de um lado a outro também no celular.

Ela parou seu percurso de formiga e voltou sua atenção a mim, logo em seguida tirou do bolso lateral da mala uma caixinha com fones que pareciam ser via bluetooth.

- Pode usar estes. - Ela os entregou em minha mão. Logo se sentou ao meu lado na beira da cama e de frente para mim. - Se usar " senhora" mais uma vez, não garanto nenhuma gentileza a mais. Estamos entendidas?

- Claro. -Disse em um susto.

- Aquela senhora pode parecer boazinha, mas ela presta atenção a cada passo nosso, se continuar dificultando tudo pra mim, dificultarei para você também. - E lá estava minha verdadeira chefe.

A mulher quê não facilita nada pra mim e que ainda exige os cem por cento diários.

Tendo entendido a mensagem, foquei nas mensagens do grupo e comecei a ouvi-las. As meninas estavam preocupadas com meu sumiço no trabalho.

- Não se preocupem, estou bem. Estou fora da cidade, mas chegaremos amanhã. - Disse enviando o áudio.

Elas dispararam com as mensagens e então tive de mandar outro áudio.

- Sim, eu e este menininha sapeca estamos bem. - Disse acariciando meu ventre e em seguida enviando o último áudio.

- O quê foi?

Deixei o celular de volta na mesa de cabiceira e então percebi quê minha chefe me olhava.

- Uma menina? - A pergunta me deixou surpresa.

- Sim. - Respondi me encolhendo na cama.

O dia tinha acabado com pessoas sabendo demais de mim e eu cada vez mais perdida.

- Não vai ligar para seu marido ou o pai da bebê? - Ela disse colocando as mãos nos bolsos da calça, como se a pergunta não fosse intrometida.

- Ele sabe que estamos bem. - Respondi me ajeitando para dormir.

Apaguei a luz do abajur e esperei que ela saísse do quarto, mas nada disso aconteceu.

Ele vai dormir aqui?

ᴇsᴄᴏɴᴅᴇɴᴅᴏ ᴀ ɢʀᴀᴠɪᴅᴇᴢ ᴅᴀ ᴍɪɴʜᴀ ᴄʜᴇғᴇ | ᴊʟOnde histórias criam vida. Descubra agora