∆Dɪɢɴᴀ ᴅᴇ Osᴄᴀʀ✓

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✩。:•.───── Nunca consegui dormir por tanto tempo e tão bem em toda a minha vida. Sem embargo, naquele dia foi diferente e acordei pela tarde, abraçada minha chefe quê me encarava sem expressão alguma em seu rosto.

- Descansou bem?

Eu não conseguia acreditar na pergunta dela.

Saltei da cama, não devia estar tão próximo de minha chefe, não devia esquecer de me proteger dela.

- Sim. Obrigada. - Respondi.

Abri minha mala no canto do quarto, retirei algumas peças de roupas para tomar um banho e percebi uma sacola com peças minhas dentro.

- Eu... eu estava vestindo essas daqui ontem, agora me lembro.

- A Sra. Miller disse que era melhor dar um banho em você para abaixar a febre, por isso não está usando as mesmas. - Ela respondeu saindo da cama.

- Pobre senhora, como ela conseguiu me dar banho sozinha.

- Não foi ela que te deu banho, fui eu... - Ela disse pouco antes de cruzar a porta do quarto e me deixar em choque.

- O quê?!

[...]

Passei um tempo só, e quando terminei minha higiene o Sra. Manoban apareceu no quarto.

- Se estiver pronta, vamos. - Ela disse fria, o mesmo de antes eu diria.

E pensar que já começava a vê-la de forma diferente.

- Sim, estou. - Disse fechando a mala sobre a cama. - Mas e a Sra. Miller?

- Ela já assinou a venda da propriedade, então já podemos ir.

Então por isso ela já não era a mulher atenciosa, por quê já não tínhamos que mostrar nenhuma gentileza entre nós. O quê ela queria, já havia conseguido.

Torci os lábios, como sempre o fazia quando me sentia irada.

- Claro, já não tenho mais o senhora bonzinha ao meu lado... - Murmurei lamentando.

Ela agarrou a minha mala e antes que eu pudesse dizer algo, segurou-me ao redor da cintura.

- Para, não preciso disso. - Disse me afastando dela.

- Quer cair? - Ele perguntou e voltou a me apoiar pela cintura.

- Eu não sou um saco de batatas, posso andar.

- Claro... - Ela pareceu duvidar. - Você ainda não parece nada bem, quer arriscar a saúde da bebê?

De pronto me senti mal, era como se ela tivesse razão e eu fosse a idiota da história toda.

- Você se importa? - Deixei ela no quarto e sai andando sozinha.

Percebi que não conhecia a casa, não conhecia a saída. No tempo quê passei ali, foi do quarto para sala e da sala para o quarto, o banheiro também ficava no quarto e sendo assim não saí muito.

- Droga... - Murmurei sentando em um banco no corredor.

- E aí está ela. - A Sra. Miller parou frente a mim. - O quê faz aqui desacompanhada minha filha?

- Eu ...

- Ela precisava de um copo d'água, falei para esperar, mas ela saiu na frente. - Ela surgiu atrás de nós, tinha o dom para atuar.

- Ah, claro. - A senhorinha disparou mais a frente e um minuto depois voltou com o copo d'água.

- Obrigada Sra. Miller. - Ele a agradeceu. Voltou sua atenção para mim do nada e ajoelhou. - Tome isso, é para o enjôo.

Boquiaberta aceitei o copo d'água e o comprimido. Não conseguia acreditar em tamanha atuação, ela merecia o Oscar, nenhuma esposa de verdade chegava aos pés dela naquele momento.

- Nosso menininha vai se comportar. - Ela disse acariciando minha barriga, o que me fez quase cuspir toda a água.

- Então é um menina? Parabéns. - A senhora pareceu feliz por nós.

Levantei-me, não queria mais um minuto estar perto da salafrária que era ela.

- Já estamos indo então, muito obrigado mesmo Sra. Miller. - Ela disse beijando a mão da idosa quê sorriu para nós em despedida.

Voltou-se para mim, pegou em minha mão e praticamente saiu me arrastando para fora.

Céus, aquela mulher conseguia ser terrível.

ᴇsᴄᴏɴᴅᴇɴᴅᴏ ᴀ ɢʀᴀᴠɪᴅᴇᴢ ᴅᴀ ᴍɪɴʜᴀ ᴄʜᴇғᴇ | ᴊʟOnde histórias criam vida. Descubra agora