ᴇsᴄᴏɴᴅᴇɴᴅᴏ ᴀ ɢʀᴀᴠɪᴅᴇᴢ ᴅᴀ ᴍɪɴʜᴀ ᴄʜᴇғᴇ | ᴊʟ

∆Pᴇsᴀᴅᴇʟᴏs✓

✩｡:•.───── Eu estava em casa, era um dia chuvoso lá fora, estava com medo e podia pressentir que algo iria acontecer.

Ouço batidas fortes na porta, levanto e caio. A porta se abre mesmo sem eu ter destrancado e vejo uma silhueta femenina cruzar a porta acompanhado de um clarão de um raio.

- O quê é isso? - Minha visão é a pior.

- Jennie, não achou que iria conseguir escondê-la de mim pra sempre, achou? - A voz de minha chefe.

Tentei me por de pé, mas ela passou por mim antes de eu firmar as pernas.

- Vou levá-la, você não poderá vê-la nunca mais está me ouvindo.

Se ouvia um choro, um choro de bebê e ficava cada vez mais alto. Corri para tentar impedi-la.

No fim das contas não consegui, desejei voltar ao passado, ao dia em que descobri sobre minha gravidez.

Como uma miragem branca, uma névoa tomou me entorno e de repente eu estava no escritório a frente dela.

Lalisa Manoban a minha frente, trabalhando e revisando quilos de papeladas como sempre.

De repente ela para, abaixa os óculos de leitura e me olha como se atravessando minhas células.

Eu já havia estado naquela mesma cena inúmeras vezes, todas as noites em que trabalhávamos até tarde e o clima parecia bom.

- O quê quer Srta. Kim - Era a voz dela, mas a boca não se mexia.
Parecia estranho.

- Eu... - Estava congelada e não tinha a mínima ideia do quê estava acontecendo.

- Diga. - Ela disse em tom de ordem. - E diga de uma vez.

- Senhora... eu... - Comecei, mas sem ter condições de reunir as palavras certas.

Ela se levantou de trás de sua mesa e veio até mim. Parando a minha frente, tão próximo que recuei com um passo atrás.

- Quer esconder isso mais quanto tempo Jennie. Diga! - A pressão que ela  tinha sobre mim era tanta quê em algum momento não tinha a certeza de quê estava respirando.

Algo acontece, sinto uma espécie de toque sobre a minha cabeça e meu corpo parece relaxar sem explicação.

- Vamos Jennie.

- lalisa. - Tomo a coragem, que não sei de onde vêm. - O bebê é...

Não consigo admitir, travo e antes que tenha novamente a coragem para continuar, sinto meu corpo se chacoalhando.

Abro os olhos, percebo que estava em um pesadelo e tenho lalisa a minha frente.

Eu ainda tenho a minha bebê, então me abraço instintivamente protegendo-a.

- Jennie, sente algo? Têm algo errado com a bebê? - Ela me bombardeai com perguntas.

- O quê? Não, não, estamos bem. - Respondo o quê posso entender.

Vejo-a me encarar, desvio o olhar para fora e posso notar o sol se pondo do lado de fora.

- Quero ir pra casa. - Digo me levantando e saindo do quarto.

Posso sentir seu olhar preso em mim.
Não sei o quê se passa na cabeça de minha chefe, mas se ela chega a desconfiar de algo...

- Não quero pensar sobre isso. - Digo a mim mesma descendo as escadas. - Ficaremos bem. - Acaricio meu ventre e sorrio a sentindo chutar.