ᴇsᴄᴏɴᴅᴇɴᴅᴏ ᴀ ɢʀᴀᴠɪᴅᴇᴢ ᴅᴀ ᴍɪɴʜᴀ ᴄʜᴇғᴇ | ᴊʟ

∆Eʟᴀ ᴠᴀɪ ᴅᴏʀᴍɪʀ ᴀǫᴜɪ [ᴘᴀʀᴛᴇ 2]✓

✩｡:•.───── Iluminado pelo abajur oposto a mim, podia vê-la mais ou menos. Desfez o no da gravata, retirou os sapatos e retirou as abotoaduras.

- O quê isso significa? - Questionei-a ao vê-la levantar parte da coberta na cama.

- Estou indo dormir.

- Aqui?

- Sim. Onde mais seria? - Ela continuou se sentando a cama e em seguida enfiando-se em baixo das cobertas.

- Mas eu estou aqui! - Disse esticando meus braços impedindo-a de se ajeitar.

- Nesta cama cabem dois. - Ela me fez encolher os braços. - Além do mas, a uma senhora lá fora quê acredita em que somos casadas.

- Mas senhora...

A cara furiosa de moi chefe por eu ter usado o " Senhora" de novo foi o suficiente para me calar.

- É lalisa ou lisa . A partir de agora use meu nome Jennie. - Ela disse e desligou o abajur.

O quarto estava um breu e possuía um silêncio aterrador. Tentei até fechar os olhos e dormir, mas nenhuma posição ficava boa com minha barriga.

- O quê você tem? Dá para parar de se mexer tanto. - Ela murmurou.

- Não consigo, não estou confortável.

- Ah, o colchão não está bom? - A pergunta me fez rir.

- É por causa da barriga, não consigo uma posição boa. - E então na última parte disse para mim mesma.- Devia ter trago minha almofada...

- Sua o quê?

- É uma almofada em forma de gente, para eu encaixar a perna e poder dormir de lado. - Expliquei.

- Porquê precisa desse negócio? Não pode simplesmente dormir com o cara?

- Que cara?

- O pai da bebê. - Ela relutou em dizer, como se odiasse o "cara".

- Ele não vive comigo e não temos nenhum relacionamento amoroso. - Não sabia o porquê, mas seguia explicando.

- Acho que entendi.

Ficamos em silêncio por alguns minutos e até tentei achar a posição confortável, mas parecia cada vez mais impossível, mesmo com a ajuda dos travesseiros.

Minha chefe já devia estar irritado com meu vai e vem, mexe e remexe, até eu estava.

- Oh, chega por favor.

- Desculpa, acho que não conseguirei dormir. - Digo me sentando na cama.

O sinto se sentar também, acender o abajur e me encarar com o cabelo desarrumado.

- Está falando sério? - Ela pergunta-me e eu não consigo conter um riso, por sua aparência desarrumada.

Assenti com a cabeça e em seguida o vi jogar a coberta para os pés da cama.

- O quê está fazendo? - Perguntei.

- Vêm. - Ela disse se deitando de costas para o colchão e parecendo muito com minha almofada.

- Não é o quê estou pensando, é? - balancei a cabeça incrédula.

- Vamos, deita logo e encontra a tal posição que você precisa, mas não abusa. - Dizia ela e por mais quê eu estivesse com um pé atrás, fui porque me pareceu divertido o gesto.

Me deitei de lado, não queria ultrapassar ainda mais os limites, mas então ela mesmo puxou minha perna para cima de sua cintura, deitou minha cabeça em seu ombro e desligou a luz do abajur.

- Está bom assim?

Não queria dizer sim, por isso apenas assenti com a cabeça.

Nem tenho que dizer o quanto dormi bem, né?