Há tempos uma coisa não era tão comentada quanto á morte da Potter, talvez á última notícia que tivesse sido tão espalhada fosse á de sua sobrevivência, Hogwarts estava de luto á dois anos e mesmo assim as coisas pareciam não melhorar e a dor não parecia passar, Minerva McGonagall conhecida pela rigorosa bruxa que era, passará os últimos anos chorando escondida no seu dormitório se amaldiçoando e culpando por tê-la deixado ir, mais uma vez havia deixado um Potter morrer, sua infelicidade não passava despercebida aos alunos, mas ninguém comentava nada, sabiam que era um assunto delicado para diretora da Grifinória.
Tão pouco Dumbledore escapou da culpa, amaldiçoava todo dia á si mesmo pela morte da menina, sabia que havia criado ela e seu irmão da maneira errada, mas se tinha uma coisa que ele não queria era que a morte da garota acontecesse, não tão cedo...
O diretor andava de um lado para o outro em seu escritório, não sabia mais o que fazer se sentia encurralado, sua vida não tinha propósito, seu propósito era lutar e tramar contra Voldemort, mas o mesmo não existia mais, a ameaça foi extinta, mas ao invés de felicidade e alívio deixou destruição, não sabia o que fazer, Hogwarts parecia não fazer sentido, os Gêmeos Weasley não aprontavam, Hermione Granger não sentia vontade de estudar, Harry Potter não se metia em problemas, era como uma versão sem cor de seu antigo mundo caótico.
De repente, interrompendo totalmente a tortura mental que Dumbledore conduzia á si mesmo, uma luz extremamente clara o cegou e uma carta foi vista em sua mesa, o homem se aproximou da carta e a abriu logo exclamando e saindo do seu escritório correndo para o de Minerva, entrou sem bater e disse para a mesma em um só folego:
- Chame Harry e todos os outros, vamos finalmente arrumar as coisas! - Minerva ouviu o que Alvo havia acabado de dizer e saiu em disparada atrás de Harry Potter e o restante dos alunos que ela evitava nos últimos tempos, com uma ponta de esperança crescendo em si enquanto uma voz em sua cabeça gritava á plenos pulmões que ela não havia perdido seu segundo Lírio.
Harry se encontrava no mesmo lugar de sempre, sentado embaixo do Salgueiro lutador olhando o nada enquanto Rony e Hermione estavam ao seu lado, sem nada dizer, sem brigar e sem implicar um com o outro, o atual trio tinha tido anos difíceis, sentiam saudades de ser um quarteto.
Ao longe viram uma figura familiar correr ao encontro deles, Harry viu por visão periférica, mas nem se virou, nada do que a professora dissesse podia interessa-lo, pelo menos era o que pensava, mas quando ouviu a exclamação:
- Potter, Granger, Weasley, Dumbledore quer vê-los imediatamente, disse que é hora de concertar as coisas - o garoto de olhos verdes levantou em um pulo, seguindo a diretora que já havia dado as costas com Rony e Hermione em seu encalço.
Ao chegar à sala de Dumbledore, o mesmo nem ao menos os esperou sentar para dizer:
- O tempo nos deu uma chance, vamos voltar ao passado. - olhando diretamente para Harry viu o garoto vacilar sua expressão que havia sido mantida por dois anos, podia se ver algum sentimento no garoto, ele não acreditava no que ouvia, sua primeira reação foi perguntar:
- Para que ano? - a voz saiu rouca e vacilante, ele queria ter certeza de que salvaria sua irmã.
- Para 1978, iremos mudar tudo - pode se ouvir um suspiro geral da sala, Harry Potter se encontrava preso ao chão tentando racionar, iria fazer uma pergunta, mas Dumbledore poupou o seu trabalho - não iremos salvar somente Hanna, iremos salvar á todos! - disse o bruxo firmemente, escolham sete pessoas além de vocês, partiram o quanto antes! - disse se dirigindo ao trio que se entreolhou e saiu da sala em um grande alvoroço, que logo foi estranhado por todos seus colegas.
- Quem irá chamar? - Hermione foi a primeira a se pronunciar, fazia dois anos que a garota não sentia á adrenalina de agora, era a mesma adrenalina que sentia quando Hanna á arrastava pelos corredores de Hogwarts alegando que havia algo que a garota deveria ver, Mione sorriu com o pensamento lembrando-se de sua amiga correndo pelos pisos de cimento e quando olhou para o lado viu uma lufana em disparada... por um momento Hermione jurou ser a Potter ruiva.
- É mesmo Harry, quem vai chamar? - Rony questionou o amigo, Ronald Weasley se sentia ansioso como nunca antes, queria sua melhor amiga de volta e iria ter custe o que custar.
- Vocês já estão inclusos, então acho que os gêmeos, Neville, Gina, Luna, Remus, Sirius e Draco... - quando o último nome foi pronunciado Rony e Hermione se entreolharam sabendo o que o amigo estava fazendo, estava sendo o santo Potter, todos em Hogwarts ficaram chocados ao ver a reação de Malfoy á morte da garota Potter, geralmente o mesmo implicava e dizia coisas horríveis para ela, mas vê-la morta foi um baque para Malfoy que passou á se arrastar pelos corredores e se afastar completamente de qualquer coisa que remetesse á comensais da morte e artes das trevas.
Um a um o trio convocou todos á sala de Dumbledore que lhes explicou tudo que precisavam saber, os mais novos já estavam em Hogwarts, mas os dois mais velhos tiveram que aparatar de sua casa, eles foram até Harry lhe deram um beijo no cabelo e se postaram á seu lado deixando um espaço como sempre... O espaço de Hanna, ele sempre estaria ali, era quase como se ela não tivesse ido embora, tirando o fato de que ela tinha ido.
Depois dos avisos eles foram conduzidos para um pedestal no meio do escritório que parecia recém colocado, foram instruídos á colocarem uma das mãos no mesmo, mas antes de ir Harry viu sua professora de transfiguração colocar a mão em seu ombro e falar em um sussurro só para ele:
- Por favor, traga ela de volta - Harry olhou para o olhar suplicante da professora e respondeu:
- Nem que custe minha vida. - encostou a mão na pilastra que os outros já estavam aguardando e assim como a carta havia aparecido eles sumiram em um feixe de luz, e agora apareciam no bem conhecido por eles salão principal, mas com várias pessoas que anteriormente jantavam, olhando para os mesmos curiosas em com medo afinal, eram tempos de guerra.
Harry já havia passado por muito, não seria isso á para-lo, o mesmo deu um passo afrente localizou seus pais na mesa da Grifinória e disse em alto e bom som:
- Meu nome é Harry James Potter, e vim para ajudar os do passado á mudar o futuro!
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𝓦𝓲𝓽𝓱 𝓵𝓸𝓿𝓮, 𝔂𝓸𝓾𝓻 𝓭𝓪𝓾𝓰𝓱𝓽𝓮𝓻...
Hayran KurguHarry e Hanna Potter, os gêmeos que sobreviveram... Eram assim que Harry e Hanna eram chamados antes da vida de Harry tomar o único rumo que ele sabia que jamais suportaria, não aguentava á dor, mas o tempo era cruel e ao mesmo tempo piedoso, Harry...