1993
A semana foi a melhor que eu tive em toda minha vida de estudante. Não houve nenhuma aula que eu não tivesse gostado. Mesmo o professor Snape não tendo sido muito amistoso, aprender sobre o poder de uma simples mistura de ingredientes é fascinante. Voar em uma vassoura então é maravilhoso! Apenas com uma aula já sabia o que iria pedir de presente no Natal.
Sábado acordei bem cedo para adiantar os deveres e poder passar a tarde toda com o papai sem me preocupar.
*
- Papai, - chamei entrando na sala de Defesa Contra as Artes das Trevas.- Aqui em cima - ele apareceu na porta do seu escritório no alto de um lance de escada em forma de caracol.
Eu corri pela sala e subi os degraus rapidamente dando um abraço forte e demorado em papai ao chegar até ele. Quando nos afastamos sorri para ele e recebi em resposta um sorriso e um convite para entrar.
Uma chaleira estava pendurada sobre as chamas da lareira e em cima da mesa dele duas xícaras e alguns biscoitos estavam dispostos em uma bandeja. Ele entrou depois de mim na sala e fechou a porta. Havia duas cadeiras, uma de frente para a outra entre a mesa e a lareira, onde nos sentamos.
- Então? Como foi sua semana? - perguntou papai.
- Incrível, nunca passei por nada igual. O castelo é lindo! Por dentro e por fora! E a biblioteca então! Quantos livros! E tem fantasmas! Fantasmas existem! - eu praticamente não respirava de tanta empolgação.
Papai sorriu. A chaleira começou a soltar fumaça. Ele fez menção de pegá-la, mas eu tirei minha varinha de dentro das vestes.
- Posso? - perguntei.
Papai sorriu aparentemente ansioso para ver o que eu já havia aprendido.
- Wingardium leviosa - disse apontando a varinha para a chaleira.
Ela se soltou do suporte e flutuou em direção à mesa obedecendo meu comando. Papai disse um feitiço convocatório e um descanso de panela parou bem abaixo dela. Eu desci a chaleira sobre o descanso.
- Muito bem! - exclamou ele. - Você vai se tornar uma bruxa muito talentosa.
Sorri para ele.
- A propósito - continuou ele colocando chá em minha xícara e na dele. - Parabéns por ter entrado para a Grifinória.
- Você foi dessa casa?
- Fui sim.
- E a mamãe?
- Ela era da Corvinal.
- Vocês estudaram aqui na mesma época?
- Quase. Sua mãe é três anos mais nova do que eu. Quando ela chegou à escola eu já estava no terceiro ano.
Eu tomei um pouco de chá.
- Pai, queria saber uma coisa - repousei a xícara sobre a mesa. Ele esperava minha pergunta - será que tem algum jeito para que eu possa registrar o seu sobrenome nos meus documentos?
Papai, que havia pego a xícara e bebido um pouco do chá, sorriu.
- Você quer meu sobrenome?
- Claro pai - sorri de volta.
- Bom - ele colocou a xícara sobre a mesa. - Não acho que será difícil.
- Mas, e o nome do Wesley... - eu não acreditava que me deixariam ser registrada com o nome de dois pais.
Papai chegou um pouco para frente em sua cadeira para ficar mais perto de mim.
- Você não foi registrada com o nome do Wesley.
- Mas... eu tenho o sobrenome dele - fiquei confusa com aquela declaração.
Papai sorriu. Seus olhos expressavam muito afeto.
- Você sabe o nome de solteira de sua mãe? - perguntou.
- Não.
Papai pegou uma pena e um pergaminho e escreveu: "Anne Sims Pollard".
- É o meu sobrenome. Mas você me perguntou sobre o nome de solteira dela.
- Isso mesmo. E esse é o nome do seu pai...
-... padrasto - falei baixinho o corrigindo.
Ele escreveu o nome do Wesley no papel. "Wesley Morgan Polard".
- O sobrenome que você usa não é dele. É o da sua mãe. O nome "Polard" do Wesley tem apenas uma letra "L", parece um detalhe bobo, mas faz toda a diferença.
- Eu achava que era um erro do cartório.
Papai sorriu - quando me divorciei de sua mãe em 84, consegui dar um jeito de tirar meu nome do seu registro. - Ele apontou para sua varinha indicando que havia usado mágica para conseguir esse feito - se eu continuasse por perto, como seu padrinho, e você tivesse meu sobrenome, logo nasceriam perguntas. Você é muito inteligente.
Eu sorri. Papai baixou a cabeça provavelmente voltando àquele ano quando ele havia decidido que seria melhor ir embora de casa.
- Eu não tenho raiva pelo que você fez - disse levantando o rosto dele com as mãos para que ele olhasse para mim. - Sei que você queria me proteger.
- Você sabe que não pode falar sobre isso para ninguém não é?
- Sei sim pai, fique tranquilo - toquei as cicatrizes no rosto dele com as pontas dos dedos. Ele sorriu. - Mas e meu sobrenome? Quero de volta.
- A gente resolve isso quando terminar o ano letivo, pode ser?
- Pode - sorri e dei um beijo em seu rosto. Depois peguei a pena que estava sobre a mesa e escrevi pela primeira vez meu nome completo: "Lana Pollard Lupin".
***
Que bagunça né! Ainda bem que consegui meu sobrenome de volta! Tenho muito orgulho de fazer parte da família Lupin!Espero que vocês estejam gostando das histórias! Não se esqueçam de votar e deixem um comentário! Me faz muito feliz saber a opinião de vocês!
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Livro 1 - Nada Permanece Igual...
Fiksi PenggemarMinha vida em Londres não era muito diferente das de outras meninas de 11 anos. Meus pais me amavam, eu estudava em uma boa escola e tinha uma amizade muito especial com meu padrinho, Remus Lupin. Porém, uma conversa ouvida sem querer revelou uma re...