Os ponteiros do velho relógio na parede da suíte 23 daquele motel barato indicam que são 04h25 e em breve o Sol surgirá. Hora de partir.
A necessidade da partida imediata não é movida pelo fim da pernoite ou por um compromisso inadiável, mas sim pelo fato de ser razoavelmente mais fácil de desovar um cadáver na escuridão da noite, enquanto a maioria das pessoas repousam no conforto de seus lares.
Igor deposita ligeiramente duas malas de viagem no porta-malas de seu carro: na primeira, encontram-se os membros cortados em alguns pedaços, na segunda o tronco. E a cabeça?
Bem, a cabeça ele costuma conservar em uma bela redoma de vidro, feita pelas próprias mãos e depositá-la em sua prateleira de troféus, ou melhor, cabeças de meretrizes mortas.
Esse era seu décimo primeiro troféu, embora tivesse começado sua coleção após alguns anos de prática de seu "esporte" preferido: MATAR.
Após fechar o porta-malas, entra no carro e admira o crânio da jovem no banco do passageiro.
- Puta merda, esqueci de perguntar o nome!
Ascende um cigarro e liga o automóvel, partindo do local.
Observando a estrada vazia, refletindo sobre o nome que deveria dar a cabeça decepada de uma prostituta em seu carro, o rapaz é tomado por infelizes lembranças do seu passado, quando se questionava qual seria o nome de sua mãe, ou como seus colegas do orfanato costumavam dizer, "a puta suja da sua mãe".
Não sabia muita coisa sobre sua genitora, exceto que era uma prostituta de "beira de estrada" e havia tentado o vender por duas ou três pedras de crack para um traficante, recebendo uma facada no rim direito de presente.
Ela havia sobrevivido e Igor encaminhado ao Abrigo Infantil Estadual , onde sofrera abusos físicos e sexuais de garotos mais velhos.
Portanto, naquele momento de sua vida, era um homem aparentemente realizado por ter superado as dificuldades e ter conquistado, ainda jovem, um elevado cargo na hierarquia de uma empresa multinacional.
Todavia, Igor tinha alguns segredos e um deles era manter o estranho hábito de assassinar e esquartejar garotas de programa como seu principal entretenimento nos tempos livres.
Ao contrário de Ted Bundy ou outros Serial Killers famosos, não era muito seletivo. Bastava vender seu corpo em qualquer esquina para se tornar uma vítima em potencial.
- Vou te chamar de Amelie - Sussura Igor, lançando a guimba do cigarro pela janela.
Após algumas horas ocupado se desfazendo das malas e ateando fogo nas mesmas, o rapaz chega em seu apartamento, toma um banho quente e se veste com um elegante costume marinho de estilo italiano, ajeita perfeitamente seus cabelos castanhos e está pronto para outro dia comum.
Por volta das 19h00 chega em casa, se sentindo exausto, afinal havia tido um longo dia de trabalho.
Se joga na cama ainda vestido e adormece instantaneamente, até ser acordado pelo barulho do vento batendo na janela de seu quarto e uma ereção desconfortável em seu membro.
- É hora de ir.
Mas não sem antes uma dose de whisky e um pino de cocaína.
Sob o efeito de entorpecentes, ele entra no carro vibrante, aumentando o volume do rádio, que para sua surpresa, está tocando uma de suas músicas favoritas: "When we were angels", mais precisamente a parte que diz, em sua tradução: "Todos os filmes de terror são reais em minha mente".
Segue pela rodovia, por aproximadamente 40 minutos, adentrando uma rua conhecida pelo ponto de prostituição sem qualquer discrição.
Avista diversas mulheres de todos os tipos: loiras, morenas, baixas, altas, gordas, magras, novas e velhas.
Contudo, para ele todas são iguais, principalmente por dentro, após serem estripadas.
Elas se aproximam, oferecendo seus corpos e os exibindo através de roupas justas, como verdadeiras vitrines de loja.
Igor vislumbra em frente a um estabelecimento fechado, uma dama um tanto acanhada, de corpo franzino, estatura baixa, vestida com um pequeno vestido azul desbotado, cabelos negros e finos, com raízes esbranquiçadas que adornam seu rosto fino, levemente envelhecido e manchado.
O homem para o carro e faz um sinal, para que ela se aproxime,
- Sessenta reais a hora - Interage a dama, exalando um forte cheiro de cigarro e álcool ao se aproximar.
- Entra - Diz Igor, com um semblante apático.
Retornam para a rodovia e se afastam cada vez mais da tal rua, até avistarem um letreiro de LED vermelho que tem algumas de suas letras apagadas, restando apenas a palavra "TEL".
Entram rapidamente na espelunca, sem a necessidade de apresentarem qualquer documento.
Quando o pagamento é realizado, o portão se abre e a recepcionista os entrega a chave da suíte 31.
Ao guardar o carro no estacionamento da suíte, Igor abre a porta, deixando a mulher entrar e o acompanha em seguida.
Sem perder tempo, ela diz:
- Vou tomar um banho, pois não tive tempo de...
-Não precisa! Tire a roupa! - Interrompe Igor.
Ela começa a se despir, sem retrucar.
Quando se encontra totalmente nua, o rapaz se aproxima, fitando-a dos pés a cabeça, passando as mãos grosseiramente pelo seu rosto e a beijando nos lábios pálidos.
Pousa as pontas dos dedos em seu pescoço, sentindo o pulsar da artéria carótida e desce delicadamente em direção ao seio, acariciando seu mamilo, o sentindo enrijecendo, a olha nos olhos.
- A propósito, qual é o seu nome?
- Eliza - diz a moça, sorrindo maliciosamente.
Igor a surpreende com um puxão nos cabelos, a virando de costas para ele grosseiramente.
A joga na cama e a faz ficar de quatro.
É possível notar uma mancha de nascença em suas costas magricelas, estranhamente parecida com a de Igor.
Isso o intriga momentaneamente, mas ignora.
Suas mãos pesadas percorrem o dorso da dama, até chegarem na lombar, onde torna-se perceptível uma cicatriz no lado direito.
O assassino prestes a atacar é paralisado subitamente, sentindo seu coração batendo forte em seu peito.
Finalmente havia a encontrado, a garota de seus sonhos, a garota que sempre desejou...sua mãe!
- Algum problema, amorzinho? - Pergunta Eliza, notando a quietude repentina.
- Nenhum - Grita Igor, tentando organizar seus pensamentos.
Nunca havia se sentido tão excitado!
Abre o zíper da calça e introduz seu mastro violentamente na vagina de sua mãe, que começa a gemer como uma cadela.
Ele entra em um transe quase que sobrenatural, sentindo-se em êxtase, deleitando-se com os delírios de um prazer maligno jamais alcançado anteriormente.
O orgasmo se aproxima e ele a leva para perto de si, ainda de costas para ele. Retira a faca de seu bolso e a introduz na garganta dela, que emite o som característico de quem sufoca com o próprio sangue, que escorre por todo seu corpo.
Mantendo a penetração, em poucos segundos ele emana um gemido alto e selvagem, revelando que o clímax havia chegado.
As 3h00 já estava pronto para partir, carregando o cadáver inteiro em seus braços, pois não pretendia esquartejá-la e muito menos desová-la, assim como fizera com as outras garotas.
A levaria para casa e a foderia até que seu corpo atingisse um avançado estágio de decomposição.
O necrófilo incestuoso abre o porta-malas e a deita em decúbito dorsal, observando seu corpo ensanguentado enquanto ascende um cigarro.
- Vou te chamar de mamãe.
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Infecção Cadavérica
KorkuUma viagem sem volta às profundezas mais obscuras da mente humana, buscando em seu âmago, o extremo da maldade e insensatez. Os temas abordados são torpes e não são indicados para pessoas sensíveis. Você tem coragem?