Infecção Cadavérica

Capítulo 5 - Casa de Bonecas

- Está gostando do assado, Ramon?

- Muito saboroso! Qual o corte? – Responde Ramon, limpando os lábios com um guardanapo de tecido cor-de-rosa.

- Você é engraçado! – Responde Clara, erguendo a faca em sua direção e sorrindo.

O rapaz notara que a garota era um tanto peculiar desde as primeiras horas de conversa pelo aplicativo de relacionamento em que haviam se conhecido, mas ela era atraente demais para deixar de investir.

Estava acostumado a conhecer garotas pela internet, trocar alguns assuntos em comum como videogame, filmes e músicas e isso já era o suficiente para conseguir leva-las para cama, o que é absolutamente normal para um jovem de 22 anos.

Além de uma boa lábia com as garotas, era atraente e estiloso, de estatura mediana, cabelos castanhos com algumas mechas claras, sempre trajando calças folgadas, camisetas de banda, bonés ou bandanas na cabeça e acompanhado de seu skate ou violão.

Talvez por isso tenha conseguido a atenção de Clara após algumas horas de conversa pelo Tinder e recebido várias curtidas dela em suas fotos no Instagram.

Após verificar suas redes sociais, teve a impressão de que se tratava de uma mulher doce, delicada e romântica, contrariando sua predileção por filmes de terror e bandas de metal.

Após algumas semanas conversando pelas redes sociais, decidiram que deveriam se encontrar e combinaram na sexta-feira, as 19h na casa dela, que era um pouco afastada da cidade, mas Ramon convenceu o motorista do Uber a leva-lo até lá.

Ao descer do carro, avista a garota no portão de sua casa, prontamente o esperando, vestindo uma camiseta de sua banda favorita, meia calça preta com cinta-liga, contrastando com seus longos cabelos azuis e a pantufa de coelho em seus pequenos pés.

Ela o recebe com um sorriso de orelha a orelha e um abraço apertado, expressando demasiada alegria ao vislumbrá-lo (o que era um pouco estranho pois não tinham tanta intimidade).

Ao sentir seu abraço esmagador, Ramon percebe que ela tem cheiro de algodão doce ou pirulito.

Ao adentrar em sua residência, se sentiu na casa de bonecas de sua irmã mais nova: A decoração era impecável e delicada, com cores tons pasteis e um delicioso aroma de bolo saindo do forno pairava no ar.

Ao término do jantar, Clara retira os pratos em formato de coração da mesa e os coloca na máquina de lavar louças, baixando e revelando uma calcinha de renda preta por baixo da camiseta.

Ramon se excita imediatamente.

- Está satisfeito? – Pergunta a moça ao se levantar, o olhando com olhar malicioso (ou será apenas impressão?)

- Muito! Você é boa nisso!

Clara caminha na direção de Ramon, sentando em seu colo de frente para ele e tocando seu pênis.

Ele coloca as mãos em sua nuca, e lhe beija dando leves mordidas.

Ela levanta, o puxando para o corredor que leva ao seu quarto e abre a porta, revelando uma pequena cama de casal vitoriana, com quatro colunas para o mosquiteiro e em cada uma dessas colunas, havia uma algema.

- Isso vai ser interessante – sussurra Ramon, sentindo seu membro latejar.

A luz estava apagada, mas o quarto era cercado por faixas de LED, trazendo uma boa iluminação.

A esquerda, havia uma penteadeira com uma bandeja de perfumes e pinceis de maquiagem, em cima dela, uma prateleira com bonecas sem globos oculares e ursinhos com as bocas costuradas e olhinhos substituídos por botões.

A garota o joga na cama e pula em cima dele, tirando sua camisa e passando as unhas pelo seu tórax. Seu corpo se arrepia.

Ele retira sua camiseta, revelando seu espartilho preto rendado, de onde surge a cinta liga presa a meia que ele havia visto mais cedo.

- Caralho, que gostosa!

Clara sorri e agora ele tem certeza que de forma maliciosa.

Ela abre o zíper de sua calça e a retira em seguida, removendo também sua cueca.

Quando Ramon está totalmente despido e seu pênis molhado, Clara prende as quatro algemas em seus braços e pernas.

Ela finalmente segura seu pênis e começa a lamber e logo o coloca todo na boca, dando gemidinhos e o olhando nos olhos.

Delírio!

Após alguns minutos, ele sente que seus dentes estão muito afiados.

- Vai com calma, Clara!

Ela parece não ouvir e continua a gemer.

As pontas de seus dentes se tornam mais perceptíveis

- Clara, está machucando um pouco.

Ela para subitamente, com seu pênis em suas mãos, retirando um pelo de sua boca.

UFA!!!

Mas a pausa foi ligeira demais! Logo torna a sugar na sua glande, a mordendo com força dessa vez.

Ele grita de dor, movendo os braços e pernas, tentando se soltar, mas a cama de madeira maciça parece nem se mover.

- Porra!!! Você é louca? Me solta!

Morde cada vez mais forte...

Ele começa a chorar de dor e gritar desesperadamente

A garotinha levanta o rosto, o sangue escorre por sua boca. Engole o sangue e limpa seus lábios com a mão.

Ramon continua chorando e se debatendo como um peixe recém retirado d'água.

Ela se levanta e some de sua visão.

- Me solta sua puta!!! O que é que você está fazendo?!

SOCORROOO!!! SOCORROO!!!

De repente, uma trilha sonora surge, atrapalhando qualquer tipo de ruído que pudesse ouvir.

"Des yeux qui font baisser les miens
Un rire qui se perd sur sa bouche
Voila le portrait sans retouche..."

Puta que pariu, que vadia maluca!

Clara retorna, ainda com sangue em seus lábios e com um machado em sua mão.

- Por que você está fazendo isso?- Se debate mais forte, fazendo com que a cama se mova.

- Eu ainda não estou satisfeita.

- SOCORROOO!!! – Grita Ramon, chorando em desespero.

A moça sorri, caminhando em sua direção, sentando entre suas pernas ajoelhada, acaricia seu membro ferido, lambendo os dedos sangrentos.

Segura o machado com as duas mãos, o levantando algumas vezes, fingindo um ataque. Em todas dessas vezes o rapaz se assusta e se agita violentamente, emitindo gritos de horror.

- BUUU!!! – Ela faz uma careta e dá risada.

De repente, o golpeia com o machado, fazendo seu pênis voar longe e uma poça de sangue surgir entre seus membros inferiores.

Ele chora, uiva, berra...

Ela sobe em seu tronco, dando um beijo na testa e o acertando com o machado no pescoço.

O sangue esguicha por todo rosto da garota e ela apenas sorri, satisfeita.

Horas mais tarde, algumas partes de Ramon estavam no freezer, devidamente embaladas e identificadas com seu nome, ao lado de alguns pedaços de Pedro e Bruno.

Clara retira o bolo de baunilha do forno, o cobrindo com um delicioso glacê e o enfeitando com os belos olhos castanhos de Ramon e algumas de suas falanges.