Cherry & Rosie

Parque

Rosie

  Caminhávamos no parque de mãos dadas, tinha algumas famílias por ali e food trucks em uma parte próximo a um lago. Era agradável e como não estava um dia frio melhor ainda. Na verdade só de estar com o Cherry já estava ótimo.

— Está com fome bebê? — Ele soltou a minha mão para colocar o braço envolta do meu pescoço então peguei sua mão de novo.

— Um pouco.

Fomos até um dos food trucks. Cherry pediu um hambúrguer vegetariano e eu um com cheddar. Depois de pegarmos nos sentamos em uma mesa de piquenique vazia.

— Desculpa te trazer aqui...

Ele havia perdido o emprego no fim de semana então não estávamos saindo muito, mas não me importava com isso.

— Não se desculpa. Eu gosto daqui. — Sorri tocando sua mão por um momento para conforta-lo.

— É só que... Queria te levar em lugares legais. Restaurantes e essas coisas. — Ele deu de ombros seguindo de uma mordia no hambúrguer.

— Esse lugar é legal. Não poderia pedir um hambúrguer em um restaurante. Olha essa gostosura aqui.— Dei uma bela de uma mordida no meu lanche até revirando os olhos ao mastigar o fazendo rir. — São pequenos orgasmos nas minhas papilas gustativas.

—Você é incrível sabia?

Eu gostava de como ele me olhava. Fazia eu me sentir especial. Nunca ninguém olhou assim pra mim antes...

— Você também meu bem.

Quando terminamos jogamos as embalagens fora e voltamos a caminhar até achar um lugar na grama para sentar. Nem eu nem ele conseguíamos comprar alguma bebida aqui, eles são vendiam para maiores de 21. Nossas identidades falsas não colaram com eles. Até insistimos um pouco, mas não rolou.

Eu estava sentada entre as pernas do Cherry com a cabeça deitada em seu ombro enquanto ele dava tímidos beijos no meu pescoço.

— Faz cócegas. — Sussurrei o fazendo soltar um riso nasal.

— Não consigo evitar. — Ele deu outro beijo no meu pescoço me fazendo rir.

— Vem cá.

Levantei primeiro esticando a mão para ele em seguida. Quando caminhamos vi que havia alguns banheiros químicos em um canto quando não havia muitas pessoas próximos entramos em um deles.

Não era um dos mais agradáveis lugares nem tinha o melhor dos cheiros, mas eu precisava tomar ele ao menos um pouco.

O puxei pelo casaco beijando-o e sendo retribuída de forma intensa. Suas mãos apertavam a minha cintura a mantendo grudada a sua virilha, mas lentamente desceram até a minha bunda.

Não havia o menor espaço para transamos ali, além de um certo medo de derrubar esse lugar.

Me abaixei um pouco soltando o seu cinto. Ele ainda não estava muito excitado, mas quando comecei chupa-lo senti endurecer na minha boca.

Eu gostava de ver como eu conseguia dar prazer a ele. Como apertava o lábio para não gemer fechando os olhos e colocando a cabeça para trás.

Cherry segurou meu cabelo empurrando-se um pouco mais fundo na minha boca. Ele fazia isso com tanto cuidado que eu não engasgava, parecia não querer me machucar.

— Bebê eu vou gozar... — Sussurrou.

— Tudo bem.

Continuei a chupa-lo até sentir alguns jatos quentes invadindo a minha boca. Fiquei em pé enquanto ele ofegava o que me fez rir.

Sai primeiro e depois de um tempo Cherry veio atrás de mim. Ambos riamos baixo pelo que havíamos acabado de fazer. Algumas pessoas viram a gente saindo então nos olhavam estranho, mas sinceramente estávamos pouco nos fodendo para a opinião deles.

Fomos para o dormitório. O colega de quarto dele, Matt, estava lá. Ele era um cara de poucas palavras. Apenas nos cumprimentou, pegou um cd e foi embora nos deixando a sós.

Cherry e eu ficamos na cama abraçados com o som da pequena TV que havia ali de fundo, mas nenhum de nós dois prestava atenção de fato no que ela dizia.

Ele acariciava o meu cabelo de uma forma que começava a me dar sono então ficava cada vez mais difícil manter os olhos abertos, as vezes eu dava uma piscada mais longa tendo um pequeno cochilo nela e quando abria os olhos o via sorrindo como se estivesse satisfeito com que estava fazendo comigo.

— Vem cá bebê. Pode dormir um pouco.

Cherry me puxou para que eu pudesse deitar no seu peito continuando a acariciar o meu cabelo dessa vez também dando um beijo no topo da minha cabeça.

Eu me sentia melhor do que nunca em seus braços. Queria que todos os momentos que passei neles durasse para sempre e até ficava um pouco triste em saber que em algum momento eu precisaria sair daqui, me afastar do meu porto seguro aconchegante.

Ele desligou a televisão aparentemente também estava começando a ficar com sono, sua respiração estava pesada e agora ele somente me abraçava com o queixo apoiado no topo da minha cabeça.

Não tenho certeza do momento em que peguei no sono, só aconteceu.

Quando abri os olhos Cherry estava dormindo ao meu lado de bruços enquanto eu estava virada para ele. Soltei um riso nasal ao ver que não tirou os óculos e com cuidado os tirei colocando em mesa de cabeceira que ficava na frente da cama, só precisei esticar o braço pela fresta da sua cabeceira.

Cherry fungou e por um momento pensei que fosse acordar, mas isso não aconteceu.

Fiquei admirando sua silhueta. Do cabelo que caia na testa a ponta do nariz e seus finos lábios tão beijaveis entre abertos para que a respiração passasse. Como pode me atrair até dormindo profundamente?

Já estava ficando tarde e eu não podia passar a noite aqui hoje. Me levantei com cuidado procurando por papel e caneta escrevendo um bilhete para quando ele acordasse.

" Você estava dormindo tão bem que não quis te acordar quando sai. Espero que tenha tido bons sonhos.

- Sua R."

Acabei escrevendo em um post it com uma caneta vermelha e colando no travesseiro que eu estava deitada.

Sai com os meus tênis na mão para não fazer barulho os calçando no corredor. Do lado de fora parecia que ia chover então precisava correr para casa.